Saletianos - Fraternidade Ordem da Mãe de Deus

          VI DOMINGO DA PÁSCOA ANO A

                                 
                                         EU ME MANIFESTAREI
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF


         Neste sexto domingo da Páscoa Nosso Senhor nos dá mais nove pontos de seu testamento a nós legado por Ele no discurso da  Última Ceia sendo que se destaca a manifestação que Ele promete que fará de si depois que se ausentar visivelmente do mundo: “Quem me ama será amado por meu Pai e Eu o amarei e me manifestarei a Ele”.

Essas três promessas para os que amam a Cristo resumem todo o Evangelho de hoje no qual Ele fala do envio do Espírito Santo que é justamente a manifestação de Si mesmo pois A Santíssima Trindade são Três Pessoas em um Só Deus indivisível, onde uma das pessoas está estão as outras duas pois, como o Próprio Jesus hoje diz, Ele está no Pai e do do amor de ambos procede, desde toda eternidade o Espírito Santo que hoje, antes de Pentecostes Ele O promete sendo que esta Sua promessa é o primeiro dos doze pontos de Seus Testamento a nós apresentado no Evangelho. E então vejamos:

 1.  “Se me amais guardareis os meus mandamentos e eu  rogarei ao Pai e Ele vos dará um outro Defensor”. De fato, quem ama não busca, conforme lemos em 1Cor.13 seus próprios interesses mas os do amado então é natural que se amamos a Cristo busquemos em tudo Sua Santa Vontade e não a nossa Vontade. Quem não obedece os Mandamentos de Cristo, está em pecado, rompe com Deus, mas se os obedece, se torna semelhante a Ele e, na Lei espiritual se dá aqui, o contrário da lei física na qual os iguais se repelem, no plano espiritual os semelhantes se atraem e O Pai, vendo em nós pela nossa obediência, a semelhança com Seu Filho Jesus, nos envia o Seu Espírito para habitar em nós e quando vem O Espírito vem a Trindade inteira, por isso o Céu é Deus e em nossa alma em estado de graça Deus está.

2. “Para que permaneça sempre convosco, O Espírito da Verdade que o mundo não pode receber porque não o vê nem O conhece”. Mas nem nós que obedecemos a Cristo vemos o Espírito Santo, aqui trata-se de ver o Espírito Santo pelas Suas manifestações que são as Suas obras, não somente milagrosas mas também os Seus frutos que começa a brotar na alma dos discípulos de Cristo como lemos em Gálatas no  capítulo 5. Mas o que interessa aqui é que Cristo diz que Ele estará sempre conosco, subentendido se permanecermos em Estado de Graça, ou seja, na obediência aos Mandamentos de Cristo.

3. “Vós O conheceis porque permanece junto de vós e estará dentro de vós”. Enquanto Cristo não havia subido ao Pai O Espírito Santo permanecia somente junto a Eles pois habitava em Cristo que estava sempre com Eles mas depois de Pentecostes Deus escolheu fazer morada na alma do homem em Estado de Graça.

4. “Não vos deixarei órfãos, voltarei a vós”. Não somente nas Suas Aparições desde a Páscoa até a Ascenção como também pelo Espírito Santo que viria a nós depois de Pentecostes e em Sua Segunda vinda gloriosa na qual Ele virá buscar os que a Ele se assemelharam pela obediência a Sua Palavra.

5. “Pouco tempo ainda e o mundo não mais me verá, mas vós me vereis porque eu vivo e vós vivereis”. Aqui também se refere não somente às Suas Aparições depois da Ressurreição mas à visão beatífica pela qual O Verão eternamente todos os que O amarem nesta vida.

6. “Naquele dia sabereis que Eu estou no Pai e vós em mim e Eu em vós”. Porque o Céu é habitar em Deus.

7. Como o vs. 21 é uma reafirmação do primeiro ponto, Ele conclui conforme começamos com três promessas que podem ser os últimos pontos de Seu Testamento apresentado a nós no Evangelho de hoje. Vejamos: “Quem me ama será amado por Meu Pai” Amar é se dar. O Pai só pode se dar a quem O quiser receber e ninguém que rejeita O Filho estará em condições de suportar A Luz de Deus pois são Três Pessoas em um só Deus indivisível.

8. “Eu o amarei”. Da mesma forma. Se amar é se dar Cristo só pode se dar a quem O quiser receber e quem lhE desobedece lhE vira as costas, jamais será forçado a recebe-Lo.

9. “E me manifestarei a Ele”. Não só pelas obras de Seu Espírito em nós como também por uma vida de comunhão com Ele em que Cristo não cessa de prodigalizar Seus favores pelos constantes toques de Sua graça.