HOMILIA DO XIII DOMINGO DO TEMPO COMUM - C

O SEGUIMENTO DE JESUS

POR: PE. TARCISIO AVELINO, OMD
A Liturgia de hoje nos narra quatro casos de vocação para nos ensinar como seguir a Jesus.
Jesus disse: "Eu sou O Caminho, a Verdade e a Vida, ninguém vai ao Pai senão por mim", então é natural que se pergunte: E como ir ao Pai por Cristo? É seguindo a Jesus Cristo. É o que nos responde a Liturgia de hoje.
Dentre os quatro vocacionados citados na Liturgia de hoje dois foram chamados e dois tomaram a iniciativa do seguimento dos caminhos de Deus.
O primeiro caso de vocação aparece quando uma pessoa cheia de entusiasmo, vendo Jesus subindo para Jerusalém, afirma: "Eu te seguirei aonde quer que fores!" Ao que Jesus responde: "As raposas tem suas tocas e aves do céu tem seus ninhos, mas o filho do homem não tem onde reclinar a cabeca". O que significa esta resposta de Jesus? Para respondermos é preciso analisar o modo como essa primeira pessoa abordou a Jesus, com total confiança em si mesmo, ao passo que Cristo disse: "sem mim nada podeis fazer" e, "não fostes vos que me escolhestes mas Eu quem vos escolhi" para que? Para seguirmos a vocação que Ele deu a cada um de nós no entanto, vemos, pela resposta de Jesus que a intenção desta primeira pessoa a abordar Jesus era a de abandonar tudo para segui-lO pois a resposta dEle foi pesar as verdadeiras implicações deste seguimento, significa não ter pouso certo pois Ele já tinha deixado Sua família na qual viverá trinta anos para agora, se dedicar inteiramente a pregacao da Boa Nova do Evangelho e da conversão, estando totalmente dedicado a isso a ponto de não ter paradeiro certo, indo sempre onde o Espírito Santo lhe impelia. A resposta de Jesus e como se Ele dissesse: "estais disposto a assumir todas as consequências deste seguimento? 
O segundo caso de vocação é o chamado que Cristo dirige a cada um de nós: "segue-me", embora neste caso específico do Evangelho pareça ser um chamamento para uma total consagração de vida pois a resposta do que foi chamado e a seguida resposta de Jesus nos levam a crer que assim o seja, vejamos: "Deixa primeiro eu enterrar meus pais", resposta de Jesus: "deixa que os mortos enterrem seus mortos e tu venha e sgue-me". Ou seja, deixa que aqueles que não aderiram ao Evangelho da Vida se ocupem uns com os outros, ao passo que tu que ouvistes e escutastes essa Boa Nova, obedeça -a e siga-me". O que descobriu-se chamado por Deus para uma total consagração de vida não deve deixar com que nada atrase sequer um segundo para dar sua resposta, mostrando a urgência de evangelizar pois, como dissera N. Senhora em Fátima: "todo momento existem centenas de pessoas indo para o inferno por não haver quem reze e se sacrifique por eles". Se vão para o inferno é porque não houve quem lhes anunciasse o Evangelho ou lhes convencessem da Verdade.
O terceiro caso de vocação trata-se novamente de uma pessoa que também escolheu seguir a Cristo mas a este Cristo não repreende e aceita, o que nos leva a perguntar: Mas qual a diferença do primeiro para o terceiro vocacionado se ambos escolheram por iniciativa própria seguir a Cristo?A diferença só pode estar no significado do seguimento para o primeiro e o terceiro vocacionado, para o primeiro significava o chamado especial de consagrar toda a vida ao serviço do Evangelho ao que Jesus responde que Ele não tem condições de assumir essa total renúncia ao passo que este terceiro caso de vocação se refere ao seguimento de Cristo ao qual todo batizado está obrigado. Também neste chamado existe uma restrição: "deixa-me primeiro despedir-me de meus parentes"ao que Jesus responde: "Quem põe a mão no arado e olha para trás não está apto para O Reino de Deus" significando que ao seguimento de Cristo ao qual está obrigado todo o batizado nada se deve antepor , a ênfase na restrição feita por este terceiro desejoso de seguir a Cristo é a palavra: "deixa-me primeiro" e a resposta de Cristo é o mesmo que Ele já dissera em outra ocasião sobre este mesmo assunto": "Buscai primeiro  O Reino de Deus e a Sua Justiça, e tudo o mais vos será acrescentado". Ou seja, em se tratando do seguimento a Cristo como obediência à Sua Palavra que se pode resumir na Palavra conversão não se deixa para amanhã, pois nesta mesma noite Deus pode nos pedir contas de nossas vidas e quem tiver deixando para depois para mudar de vida não estará preparado para encarar a Luz de Deus que nos surpreende no exato momento de nossa morte, quando nossa alma, saindo do corpo é imediatamente julgada.
E finalmente o quarto caso de vocação é o do profeta Eliseu por Elias, o que nos leva imediatamente a perguntar: porque Elias permitiu Eliseu ir primeiro se despedir de seus pais e Jesus não o permitiu no terceiro caso de vocação? Basta que analisemos os dois vocacionados para notarmos uma grande diferença entre os dois: o terceiro vocacionado que se apresentou à Jesus no Evangelho de hoje trata-se de um vocacionado a aderir à Cristo, dever de todo batizado ao qual nada se deve antepor, seguir a Cristo aqui, é no sentido de aderir à Cristo pela fé e obedecer a Sua Palavra ao passo que o chamado de Eliseu é para o total seguimento na cosnagracao de sua vida como profeta, sendo que Eliseu, matando os bois e fazendo do arado a lenha para a fogueira para assa-lo como alimento para despedida de sua família mostrava que, desfazendo-se, imediatamente ao chamado, do seu ganha-pão, sua resposta é um sim é que a despedida é, já, o primeiro passo da resposta positiva a este chamado de total consagração da vida.
Para finalizar,  a segunda Leitura nos ensina que o seguimento de Cristo significa liberdade em relação à Lei da qual Ele nos libertou pagando tudo o que devíamos pela desobediência a esta mesma Lei mas também liberdade para amar, único mandamento da Nova Aliança que Ele veio inaugurar e no qual reduziu toda a Lei, isto é ir à frente de Jesus para prepar-lhe um povo disposto a recebê-lo não pelo temor dos trovões nem pela força física como Tiago e João tentaram fazer no início do Evangelho mas pela força do amor que se doando atrai para O Amor que é Deus.




























 

XII DOMINGO DO TEMPO COMUM C: QUEM É JESUS?

POR: PE. TARCISIO AVELINO,OMD
A Liturgia de hoje nos apresenta algo típico de Lucas: Jesus em oração sempre que está para comunicar uma grande revelação ou para realizar uma grande missão. De fato, o contexto do Evangelho de hoje é o caminho de Jerusalém quando Ele está para consumar Sua missão nesta terra, missão de Redentor e precisa esclarece-lá para Seus discípulos, fazendo-se, primeiramente, para isso, necessário revelar a Eles Sua verdadeira identidade em meio à tantas opiniões que pululavam a Seu respeito aos ouvidos de Seus discípulos por onde esses iam passando. E, como sempre, Jesus nos surpreende com Sua metodologia, o faz levando seus discípulos a tirar as conclusões a partir de tudo o que tinham presenciado nestes três anos em que com eles convivera, pois, geralmente temos muitas respostas dentro de nós, apenas não as encontramos por preguiça de juntar os fatos e raciocinar para tirarmos nossas conclusões. Sendo assim, a pergunta que hoje Ele dirige aos seus primeiros discípulos dirige também a cada um de nós como foi dirigida a Seus discípulos de todos os tempos pois só poderia ser considerado discípulo de alguém quem realmente conhece seu mestre para não só aprender o que Ele diz como também o que verdadeiramente o mestre queria dizer com cada afirmação. Ninguém entenderá o pensamento de Seu mestre se não o conhecer profundamente. Não basta lermos a resposta de Pedro que não foi refutado por Jesus e a aceitarmos passivamente, é preciso deixar que essa pergunta do Mestre nos obrigue a um raciocínio sério do que Cristo vem representando para nós em todos os anos de nossa pratica da religião para que possamos verdadeiramente estar convictos de que Ele realmente seja o Messias para mim, porque se eu realmente acreditar que Ele seja o Messias toda minha vida será em função desta verdade e se não o é ainda é porque ainda não estou convicto desta verdade.
Depois que Pedro chega à conclusão da verdade sobre Jesus este, apressa-se em corrigir a mentalidade de Messias que Seus discípulos tinham para que possam tirar as consequências verdadeiras da missão deste Messias específico pelo qual abandonaram tudo e passaram a seguir para que possam se decidir definitivamente por Ele agora que está para concluir Sua missão nesta terra, por isso a palavra chave do Evangelho de hoje é a Palavra "necessidade": "É necessário que o Filho de Deus sofra, morra e ressuscite"porque? Deus em Sua Onipotência não poderia redimir de infinitos modos a humanidade? Sim! No entanto escolheu faze lo do modo que mais revelasse Sua identidade e que mais respeitasse a liberdade do homem em aderir ou não ao Seu convite de reconciliação.
Sendo assim a necessidade do sofrimento do Filho de Deus está no fato de que por esse meio ficaria mais claro para o homem, sem coagir o homem revelando Seu Poder e Força, quem é Deus,é amor, quem é o homem, filho do amor, o que é o pecado é a ruptura com Este Deus que é amor é fonte da vida e de todo todo bem e, finalmente as últimas consequências do pecado, estar separado desta fonte de vida é morrer neste mundo e no outro como filhos do Amor, entregues por toda eternidade a um espiritismo de ódio que, por obcecarmos a ele e não a Deus, adquire de fazer conosco, o direito de fazer, por toda eternidade, o que fez com Cristo na cruz. Ao mesmo tempo, fazia-se necessário Cristo sofrer, morrer e ressuscitar para mostrar ao homem até onde vai a maldade de homem sem Deus. Além disso fazia-se necessário que o Filho de Deus sofresse e morresse para mostrar até aonde vai o amor de Deus por cada um de nós e para apaziguar nossa consciência de filhos do Justo que nos condenava a todo momento por termos vilipendiado Esse amor Eterno que nos ama totalmente, gratuitamente, incondicionalmente e pessoalmente. 
É neste sentido que a Primeira Leitura se aplica ao Messias dizendo que essa necessidade dEle sofrer e morrer era para atrair os corações dos homens pelo amor abrindo esses corações ao Espírito Santo que viria com o dom da súplica e da Piedade, ora se a piedade aperfeiçoa em nós a virtude da Justiça pela qual damos a cada um o que lhe é devido, o Espírito Santo derramado nos corações dos que, atraídos pelo amor revelado na cruz aderem à Cristo pela fé. São convencidos pelo Espiritio Santo do pecado, e, por Ele, levamos a suplicar o perdão pelo arrependimento que Ele também concede juntamente com o dom da Piedade que desperta em nós de devolver a Deus toda glória que nos recusamos a dar em toda nossa vida e não só isso, a gastar nossa vida para reparar a glória que Ele, Sumo Bem deixou de receber em toda história da humanidade, pelo que Cristo nos convida hoje a gastarmos nossas vidas. Só assim imitaremos Nosso Mestre e convenceremos a todos da Mensagem dEle que Ele nos envia a anunciar fazendo que todos experimentem em nossa vida doada a serviço de todos esse amor do Pai que, como lemos na Segunda Leitura desperta em nós a consciência de irmaos, de filhos do mesmo Pai. Tudo isso acontece em nós se correspondermos ao Dom da Pieidade que O Espírito desperta verdadeiramente em todos os que se deixam atrair pelo crucificado ou seja, se interpelar por Ele pois o dom da piedade vai desenvolvendo-se em quem não lhe impõe resistência em quatro graus: 1. Ternura filial para com Deus; 2. Abandono a Deus como a criancinha que, confiando totalmente no Seu cuidado não se preocupa com nada;3. Amor pelo próximo como meu irmão;4. Finalmente o zelo por cada elemento da criação, por ter sido pensado por Aquele que me ama e não fez nada inútil. 
Ainda faz se necessário responder a pergunta: porque era necessário que Cristo ressuscitasse? Porque Ele é Deus! Nada pode ser mais forte do que Deus e Deus é amor! Portanto a conclusão da mensagem de hoje é essa: deixe-se atrair e seduzir pelo amora agora para que este amor te impulsione a se dar inteiro a Ele na pessoa de seus irmãos aos quais Ele se entregou para que em cada missa vc possa se entregar a Ele na patena por Cristo, com Cristo e em Cristo, já que no final da vida Deus só tomará para Si aquilo que foi gasto para Ele.


























 










HOMILIA DO XI DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

"TEUS PECADOS ESTÃO PERDOADOS"
POR: PE. TARCISIO AVELINO, OMD
Que noticia maravilhosa!!! A parábola que Jesus contou ao fariseu Simão no Evangelho de hoje bem como as leituras da Liturgia de hoje nos põe de cheio no tema do perdão dos pecados. Como obter o perdão de nossos pecados? 
Em primeiro lugar reconhecendo estes pecados  como nos diz a própria Palavra de Deus: "se dissermos que não temos pecado somos mentirosos e a Palavra de Deus não está em nós, se reconhecemos os nossos pecados Deus é fiel e justo para nos perdoar é nos purificar de toda injustica". A grande diferença do fariseu Simão e da mulher pecadora é que está se reconhecia pecadora por isso, sentindo-se amada por Jesus como nenhum homem jamais a havia amado, sentindo se por Ele acolhida como pessoa e não como objeto de prazer, sentiu despertar nela sua essencia perdida, sua identidade de filha do Amor e como somente o amor é capaz de chorar as ofensas feitas ao amado, essa mulher deu livre curso às suas lágrimas e tal era sua dor que nem sequer se importou com a rejeição que poderia receber e da humilhação pois, pertencendo à cultura judaica sabia muito bem que os profetas e rabinos, como era considerado Jesus, jamais se deixavam tocar por pecadores, pelo menos publicamente. E nem sequer imagina as consequências que poderia ter seus gestos pois sua dor e seu amor a tornavam corajosa e forte para tentar reparar a ingratidão com a qual tinha vivido toda sua vida, negando o amor e a obediência ao Único Homem que a merecia e que acabara de conhecer na pessoa de Jesus. Tudo indica que ela já havia conhecido Jesus antes ou que pelo menos já havia tomado conhecimento de sua proverbial misericórdia com os pecadores e viu naquele momento sua oportunidade de demonstrar arrependimento por não ter se guardado para servir Ao Único que merece ser servido com total dedicação.
A segunda Leitura nos ajuda a entender um pouco como era a mentalidade dos fariseus para entendermos um pouco do porque do pensamento do fariseu Simão, os fariseus pensavam que pela fidelidade à Lei de Moisés se poderia alcançar a salvação mas Paulo diz que a salvação é dom gratuito de Deus ofertado em Seu FIlho Jesus que nos perdoou de graça pagando o preço de nossas dívidas. E que este perdão já concedido só é recebido por aqueles que aderem à Cristo pela fé, ou seja, aqueles que, acreditando na Redenção operada na cruz abrem seu coração para receber este perdão e se decidem a se converter e a seguir a Cristo. É a fé que salva e não a pratica da Lei embora esta seja necessária para tornar coerente nossa fé, já que a fé sem obras é morta. Esta mulher acreditou que diante dela estava o único que lhe poderia perdoar os pecados e lhe restituir sua dignidade perdida, mas não ficou só na fé, partiu para as atitudes, enfrenta os riscos e dá Vascão às suas lágrimas de arrependimento demonstrando todo seu amor e reverência ao único que merece ser amado com todo nosso ser, fazendo valer para ela as palavras do salmo que diz: "os que lançam as sementes entre lágrimas ceifarão com alegria" (Sl.126). Ela lançou suas sementes de gestos de arrependimento e reverência e colheu a paz da consciência justificada, debruçou-se pecadora sobre os pés da Misericórdia Encarnada e se levantou nova criatura, justificada pelo Amor de Deus que entregou Seu Filho Único para que todo aquele que Nele crer não pereça mas tenha a vida eterna (Jo.3,16) por isso pode ouvir com A Palavra eficaz que produz o que significa: "vai em paz, a tua fé te salvou", ao contrário do fariseu que, em seu orgulho de cumpridor da Lei não se achava devedor nem dos gestos de acolhida dos hóspedes que a Lei que julgava obedecer fielmente ordenava, é muito menos do orgulho e soberba de se tornar juiz dos outros, sem julgar a si próprio. Por isso a que reconheceu seus muitos pecados pode receber a misericórdia que a justificou ao passo que o grande pecador que se achava justo, não mostrando as feridas para o Único Médico capaz de cura-lãs continuou enfermo porque recebeu a fonte da cura em sua casa mas não O recebeu em seu coração.
A Primeira Leitura nos mostra também outro grande pecador, adúltero e assassino, o rei Davi que depois de se deitar com a esposa de seu mais fiel general trama sua morte para esconder dele seu pecado esquecendo-se que não o podia esconder diante Daquele que "não dorme nem cochila"(Sl.120) mas obtém o perdão imediatamente após seu reconhecimento de culpa sem se justificar, mas 
O castigo anunciado pelo profeta Natan nos mostra que o pecado não gera somente a culpa que Deus perdoa apenas reconhecido e confessado o pecado mas gera também a pena que são as conequencias do pecado que servirão para purificar o vício que o pecado deixa em nós. O autor deste segundo livro de Samuel escreveu esta história muitos anos depois do ocorrido e não interpretou mal ao colocar na boca do profeta as consequências do pecado de Davi na morte de seu filho como um castigo de Deus pois realmente Deus usa as consequências de nossos pecados como remédio para nos purificar dos vícios que o pecado deixa em nós, desde que saibamos sofre las com paciência e oferecendo para este fim. Como Betsabet não era a esposa que Deus escolhera para Davi, desde toda eternidade, pode ser, por exemplo que havia incompatibilidade genética entre os dois e o filho que nasceu de ambos morrera em consequencia disto, dando a Davi uma ocasião de se purificar de sua falta.
A mensagem de hoje é que peçamos a Deus o dom das lágrimas, do arrependimento verdadeiro é perfeito capaz de purificar não somente a culpa de nosso pecado como também a pena por ele gerada como o próprio Davi rezara depois de seu pecado ao compor o salm 50: "um coração contrito e humilhado ó Meu Deus não desprezais". Amém. 









 












HOMILIA DO 11 DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

"E HAVERÁ VIDA AONDE CHEGAR O RIO"
POR: PE. TARCISIO AVELINO, OMD
No livro do Profeta Ezequiel capítulo 47,9 nos narra a visão do profeta de um rio que brotava do templo e por onde este rio passava ia brotando árvores frutíferas e abundante fartura de vegetação e vida até chegar no mar morto fazendo este mar se tornar abundante de vida ao encontro destas duas águas. A liturgia de hoje nos fala de dois cortejos, o cortejo da morte daqueles que nesta vida caminham na contra mão de Deus e o cortejo da vida, daqueles que seguem Jesus, como no Evangelho de hoje que narra a entrada dele na cidade de Naim acompanhado por numerosa multidão alegre e feliz com as palavras de vida que Ele comunicava e com os milagres que haviam presenciado. Sabemos que os milagres de Jesus são também chamado de sinais porque para além do fato em si existe uma mensagem muito mais profunda do que a que conseguimos captar, então vejamos a mensagem que o milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim nos tem a dizer neste dia de hoje. 
O Evangelho começa falando que a multidão que seguia Jesus se deparou com o cortejo fúnebre que acompanhava o cadáver do filho da viúva de Naim podemos ver neste o símbolo da vida humana nesta terra que, depois da Encarnação do Verbo de Deus se divide apenas em duas categorias a dos que aderiram à Mensagem de Cristo e a dos que se opõem a ela e seguem o cortejo fúnebre daqueles que pensam que a vida termina no tumulo, como essa multidão que seguia está viúva, no entanto este já era o quarto dia para este povo que cumprira com ela o ritual de funeral conforme o costume da cultura onde Jesus vivia. Para eles a alma do morto permanecia rondando o corpo por quatro dias e após estes, não havia mais esperança de que o morto tornasse a vida. Aquela mulher com o cortejo que com ela chorava estava indo enterrar sua última esperança pois a viúva naquele tempo não tinha direito a nada se ficasse sem filhos, nem sequer aos bens deixados pelo marido então aquele filho era sua ancora de esperança, onde está tua ancora de esperança? Lamento lhe dizer que se não tiver em Jesus, único caminho da vida plena, então pode desistir de tudo pois aquele povo seguira o ritual de funeral com aquela mulher por quatro dias e no entanto, se Jesus não tivesse aparecido na contra mão de seu caminho rumo ao cemitério, esta mulher teria que, talvez recorrer a única solução que lhe restava, a prostituicao para sobreviver pois quando voltasse do velório, nem sua casa lhe pertenceria mais e não havia compaixão para com elas mas graças à misericórdia de Deus esta viúva e a viúva da Primeira Leitura, símbolos da humanidade mergulhada na morte do pecado antes da vinda de Jesus, foram visitadas por Iahweh, sim Deus nos visitou em seu Filho Jesus que disse: "Eu vim para que todos tenham vida é vida em plenitude" e também: "aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá". 
Mesmo para aqueles que conhecem a Jesus terão que passar pela morte para entrar na  vida eterna, mas esta eternidade só será de luz e alegria sem fim para aqueles que, como os do cortejo fúnebre da viúva de Naim obedecerem à sua Palavra: "levante-se!" É o que hoje diz a voce A Palavra viva, Encarnada e eficaz de Deus, Jesus Cristo, Nosso Senhor: "levante se do teu medo, de teu desespero, de teu desanimo, de tua culpa" pois "Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo” e deu a vida para nos salvar, e todo aquele que Nele crer viverá para sempre!
A segunda leitura nos narra nos traz o testemunho de outra pessoa que, na contra-mao de Jesus, na estrada de Damasco para onde se encaminhava para matar os Cristãos se encontrou com Cristo e, obedecendo à Sua Palavra, tornou-se o maior ressuscitador de cadáveres da história, Paulo de Tarso, e essa é a mensagem do Evangelho de hoje, se como Elias, Paulo e o povo de Naim obedecermos a Palavra de Deus semearemos vida por onde passarmos e encontraremos a vida plena que só tem quem já conhece a Jesus.