III DOMINGO COMUM C:

HOJE SE CUMPRIU A ESCRITURA
POR: PE. TARCISIO AVELINO

O título desta homilia expressa a eficácia da Palavra de Deus que é gerada, desde toda eternidade pelo Pai até o dia em que, sem sair do Pai que continuou e continua gerando Seu Filho, se encarnou. A Mesma Palavra eficaz de Deus pela qual tudo fora criado está HOJE, diante de nossos olhos, proclamando o eterno HOJE de Deus no qual tudo o  que Ele pensa, deseja e diz acontece.
Desde o pecado original que Deus desejava restabelecer a comunhão com Ele  que, livremente o homem havia rompido e eis,que chegada a plenitude dos tempos O Verbo que "era Deus e estava em Deus" passou também a ser homem ao se encarnar e vir habitar entre nós para, como o próprio Jesus afirma: 1. Evangelizar os pobres; 2. Proclamar a remissão dos presos; 3. restituir a vista aos cegos; 4. Restituir a liberdade aos oprimidos  e, 5.proclamar o ano da graça do Senhor. A Palavra pela qual fôramos criados livres se encarnou para redimir a criação e não somente restituir-nos a liberdade original, como também para nos elevar à condição de filhos de Deus!
Desde o momento que Cristo pronunciou o seu "hoje se cumpriu essa Escritura que acabais de escutar" tem havido, há todo momento pessoas sendo curadas, cegos enxergando, presos sendo libertados, pois, o quinto ponto da missáo d Jesus resume todos os demais e nos dá o motivo, pois quando O Verbo se encarnou para nos redimir do pecado Ele proclamou o ANO DA GRAÇA DO SEHOR, da mesma forma que a Lei prescrevia que de 50 em 50 anos todos bens confiscados como penhor em pagamento de dívidas fossem devolvidos aos seus antigos proprietários, como forma de evitar as grandes desigualdades sociais, Cristo O Verbo Eterno de Deus se encarnou para sofrer em Si as consequencias de nossos pecados, e, destruindo o muro que nos separava uns dos outros e de Deus, constituindo como Seu corpo o novo povo que veio instituir, a Igreja, que, como o povo do Antigo Testamento, continua reunindo-se ao redor da mesa da Palavra, para se deixar interpelar por esta Palavra que provoca em nós lágrimas de arrependimento dos pecados mas também de alegria pela comunhaão restabelecida.
Na Primeira leitura vemos as características da Liturgia da Palvra que ainda perdura ainda hoje no Sacrifício da Nova Aliança, A Santa Missa, o povo congregado, o ministro proclama a Palavra de uma tribuna mais elevada, e profere a homilia, que, por sua vez suscita o louvor e o propósito de praticar a Palavra, cada com a alegria de ser filhos de Deus, membros de Seu corpo, onde, como lemos na Segunda Leitura, cada um continua cumprindo a missão de Jesus, porém, cada um segundo o dom que tiver recebido, mas todos congregados pela mesma Palavra da qual recebemos as instruções precisas para agir.
Hoje se cumpre a Escritura, quando cada Cristão assume sua missão no corpo de Cristo, a Igreja, cegos são curados pois a Palavra pregada e testemunhada, é eficaz para fazer os que pensam enxergar passarem a ver O Único Caminho da felicidade e da paz, Cristo,oprimidos e prisioneiros da depressão, do medo, do pânico, do pecado são libertados quando cristãos despertam neles, pela força de seu testemunho, a fé que os faz aderir Àquele que tudo pode e no qual tudo podemos. Porque foi promulgada uma NOVA ALIANÇA na qual se inaugurou o ANO DA GRAÇA DO SENHOR por excelência, no qual o único Sacerdote capaz de oferecer um sacrifício de valor infinito se ofereceu a si mesmo e, como Deus que assume nossa natureza humana e resgata nossa comunhão com O Nosso Criador e princípio, restabelece no homem o equilíbrio completo desalterando nossa sede e preenchendo todos os anseios de nosso coração.
II DOMINGO DO TEMPO COMUM C
                    II DOMINGO DO TEMPO COMUM C


            FAZEI TUDO O QUE ELE VOS DISSER
                                       POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

Não é a toa que a Igreja nos apresenta as Bodas de Caná no logo no início do Tempo Comum, não só porque trata-se do primeiro milagre de Cristo, ocorrido logo no início de Sua vida pública, como também porque traz a frase do Evangelho na qual se resume a vida de todo cristão e a vida dAquela que é o modelo de todo discípulo de Cristo, Maria Santíssima: "fazei tudo o que Ele vos disser", mas principalmente porque este as Bodas de Caná traz uma sinopse de toda a missão de Cristo neste mundo que, ao se encarnar no seio de Maria, inaugurou a Nova Aliança na qual Deus vem desposar nossa humanidade, dando início a uma Fésta de casamento na qual não falta o vinho da graça de Deus que, vem tirar o pecado do mundo que as talhas inamovíveis contidas nestas bodas de Caná não conseguiram, com toda a água nelas contidas, purificar o mínimo pecado que nenhum sacrifício nem abluções prescritas no Antigo Testamento conseguiram realizar.

Eram para isso que serviam as talhas presentes nestas bodas, para as abluções dos judeus, para as purificações rituais prescritas antes das refeições, pedindo perdão doos pecados. Essas talhas, pesadas, imensas e inamovíveis representam, o peso no qual se haviam tornado as inúmeras leis de abluções e purificações que, no Antigo Testamento não haviam conseguido apagar sequer o mínimo pecado venial. Cristo é o esposo da nova humanidade, a Igreja, representada por Maria Santíssima, cuja missão é fazer chegar a todos o vinho do amor que se doa até consumir-se pelo bem do próximo e a seu serviço. Maria é a figura da Igreja, sempre solícita a interceder junto a Jesus para que não falte para a humanidade o vinho novo da graça e do perdão, por isso a segunda leitura fala dos carismas, dons de serviço que Deus concede a cada membro da Igreja para fazer tudo o que Ele nos diz, para isso "a cada um é concedido um dom diferente, para que todos precisando de cada um possam exercitar o dom do amor, que pelo pecado estava adormecido em nós, através do serviço atento e solícito que Jesus veio nos ensinar e do qual Maria é o exemplo mais perfeito de imitação.

Assim, o Evangelho de hoje não só nos revela que chegaram para nós os tempos messiânicos profetizado pela Primeira Leitura: "Assim como um jovem casa-se com uma virgem o Teu Criador vai desposar-te".

Embora Jesus tenha dito a Maria que a "Sua hora ainda não havia chegado", a hora em que, do alto da Cruz sofreria em si as consequencias de todo nosso pecado que nos havia separado de Deus, rompendo definitivamente o muro que separava nós, a noiva de Seu Criador e Esposo, Ele realiza o primeiro milagre no e com o evento das Bodas de Caná nos apresenta antecipadamente toda Sua missão neste mundo que se consumará no céu quando seremos um com Ele eternamente e então nossa alegria não terá fim, como não tem fim o vinho, simbolo da alegria, que não falta na vida em que Cristo está presente como nas bodas de Caná.
Fazei tudo o que Ele vos disser. E o que Ele nos diz? Amai-vos uns aos outros como Eu vos amei. E como Ele nos amou? Gastando Sua vida a serviço de todos até dar a maior prova de amor, dando Sua vida para que tenhamos vida plena. Eis o conselho que Maria nos dá no Evangelho de hoje, missão para a qual todos estamos capacitados pelos dons do Espírito que não nos falta como lemos na segunda leitura!




15 DE JANEIRO: N. SRA. MÃE DOS POBRES
 
 
A VIDENTE
Maria Beco
    Mariette Beco, de 11 anos. Era a mais velha de seus 11 irmãos. A família de Mariette não praticava a religião, sendo seus membros católicos apenas de nome.

Nesse ambiente, que não era hostil à religião mas vivia num clima de indiferentismo religioso, a vidente fizera a primeira comunhão e por vezes rezava, antes de dormir, algumas orações num Rosário que havia encontrado por acaso.
Aparição, surpresa e receio
Casa da família Beco
Na noite de 15 de janeiro de 1933, Mariette, enquanto cuidava de um irmãozinho, olhava pela janela à espera de outro irmão. Viu ela então, através da janela, uma senhora no jardim da casa. Pensando tratar-se de um reflexo da lâmpada no vidro sobre a mesa, moveu-o do lugar onde estava. Apesar disso, a visão persistia.

Sentindo medo, chamou a mãe, dizendo que havia uma senhora no jardim da residência. A mãe ordenou-lhe que se calasse. Mariette insistiu: “Mamãe, parece que é a Virgem”. A mãe não acreditou mas ficou preocupada, porque a menina não falava de coisas religiosas. Acercou-se então da janela e nada percebeu. A criança exclamou: “Mamãe, é a Virgem, Ela está sorrindo”. A mãe retrucou: “É uma bruxa”.
Mariette continuou vendo a Santíssima Virgem, que lhe fez um gesto para ir até o jardim. Mas a mãe não a deixou sair e trancou a porta. Quando Mariette retornou à janela, Nossa Senhora havia desaparecido.
Assim terminou a primeira aparição. À noite, ao comentar o episódio em casa, ninguém acreditou na menina.
No dia seguinte, Mariette contou o fato à sua melhor amiga, que também não acreditou mas aconselhou-a a narrar tudo ao pároco. Este pensou que o fato fosse conseqüência das recentes aparições em Beauraing, e, sem negar o ocorrido, aconselhou prudência. Entretanto, dias depois, o sacerdote ficou deveras surpreso com a volta de Mariette ao catecismo, após três meses de ausência. Mais ainda: Mariette, anteriormente a menos interessada nas aulas, agora respondia bem às perguntas e interessava-se muito pela religião.
O sacerdote, de modo prudente, chamou discretamente a menina e pediu-lhe para repetir o que tinha visto. Sem parecer dar importância ao acontecido, deu-lhe conselhos e mandou um relatório ao bispo.
A segunda aparição
A capela das Aparições
No dia 18 de janeiro, Nossa Senhora voltou a aparecer. Era noite e fazia muito frio: 12 graus abaixo de zero. Mariette, vendo novamente a Virgem, venceu o medo e a escuridão, saiu da casa e dirigiu-se ao jardim. Ajoelhou-se e ficou rezando aproximadamente 20 minutos em silêncio e olhando a Virgem. O pai foi atrás da filha, procurando falar com ela. Mas esta parecia não o ouvir. Então foi chamar o sacerdote do local e, como não o encontrou, deixou-lhe um recado. Voltou à casa e viu sua filha caminhando, como que seguindo Nossa Senhora, que a conduzia até uma pequena fonte. A Virgem ordenou-lhe então colocar as mãos na água. Quando a menina obedeceu, Nossa Senhora disse: “Esta fonte me está reservada. Até logo, boa noite”. E desapareceu por cima dos pinheiros.

Tendo recebido o recado, o sacerdote, Pe. Luiz Jamin, foi à casa da família Beco. Estava surpreso, pois sabia que essa família não praticava a religião. Ao chegar, Mariette já se encontrava dormindo. O pai relatou o acontecimento ao sacerdote e, ao terminar, pediu para confessar-se e comungar no dia seguinte. E de fato ele, que não comungava desde sua primeira comunhão, voltou à prática da religião.
A Virgem, nossa protetora
A casa do peregrino
No dia seguinte, quinta-feira, 19 de janeiro, Mariette novamente viu a Santíssima Virgem. O pai, que nesse momento acompanhava a filha, nada percebeu. Mariette fez uma pergunta, usando uma graciosa fórmula: “Quem a senhora é, minha bela dama?”

— “Sou a Virgem dos pobres”, respondeu a aparição.
A menina indagou por que a fonte estava reservada a Ela. A Mãe de Deus explicou que a fonte estava reservada para os enfermos de todas as nações.
Em oito posteriores aparições, Nossa Senhora afirmou que Ela era a Mãe do Salvador e pediu para se rezar muito. Revelou um segredo a Mariette, que esta não contou. No local das aparições foi erigida uma capela, conforme o pedido da Virgem, sendo até hoje local de contínuas peregrinações.
Lição: rezar pelas conversões
O aspecto que mais chamou a atenção nessas aparições foram as conversões que elas ocasionaram. Não foram milagres físicos, mas sim milagres espirituais. Pessoas que haviam abandonado a Religião católica voltaram a praticá-la. Qual o motivo?
Hoje em dia, devido à propagação dos erros socialistas, quando se fala de pobres, em geral, as pessoas pensam logo naqueles que não têm dinheiro e estão com fome. Esquecem-se de que existe uma categoria de pessoas numa situação muito mais dramática: aqueles que não têm fé. São espiritualmente subnutridos, espiritualmente pobres. Mesmo que sejam muito ricos materialmente, falta-lhes o necessário à vida espiritual. Foi para esses que Nossa Senhora apareceu, a fim de alimentar aqueles que têm fome de Deus. Ela não distribuiu dinheiro, nem cestas-básicas ou qualquer bem material, mas sim um bem muitíssimo mais elevado e importante: a fé.
A família Beco voltou à prática da religião, e com isso passou a desfrutrar de todos os benefícios espirituais.
Nossa Senhora apareceu e disse poucas palavras, mas sua presença despertou na vidente e em muitas almas o interesse e a alegria pelas coisas do Céu. Uma lição para nós. Se desejamos que nosso próximo volte à prática da religião, devemos apresentar-lhe as maravilhas do Céu, as belezas da prática da virtude, falar-lhe de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe.
Nossa Senhora não é um mito. Ela é uma pessoa de carne e osso, que viveu nesta Terra e está no Céu em corpo e alma, sempre prestes a nos ajudar. Portanto, falemos d’Ela em nossas relações sociais, peçamos ardentemente para nosso próximo graças espirituais. E veremos, como sucedeu com a vidente Mariette, como muitos retornarão à prática das virtudes. ?
 
BATISMO DO SENHOR

A MISSÃO DE CRISTO E A DO CRISTÃO
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO


"Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo". com este testemunho de João temos o resumo completo de toda a missão que Jesus veio realizar neste mundo, por isso, convinha que o tempo do natal se encerrasse com o Batismo do Senhor, encerrando assim, como a inauguração de sua vida pública no Batismo, a celebração dos pouquíssimos fatos narrados nos trinta anos que viveu oculto em Nazaré, porque esta solenidade nos traz a finalidade, o motivo pelo qual pudemos, no natal contemplar Deus feito criança na mangedoura do Presépio: Deus se encarnou para nos batizar como O Espírito Santo e com o fogo de Seu amor. Deus assumiu nossa humanidade para nos conceder Sua divindade. Deus desceu aos abismos de nossos pecados para nos estender a mão e nos elevar à dignidade de filhos.

È pelo Batismo que que nós recebemos todos os frutos da vida terrena do Verbo Encarnado, porque a missão dEle nesta terra foi nos elevar à condição de filhos, por isso, o testemunho que o Pai dá do Filho durante o Batismo é, ao mesmo tempo a revelação do que acontece conosco em nosso Batismo: "Este é o meu filho amado no qual ponho todo o meu agrado" e qual é o agrado que O Pai pôs no Seu Unigênito e coloca em todos os que nEle se tornam filhos de Deus pelo Batismo? O Espírito Santo.

Cristo, mesmo sem ter pecado, se deixa batizar com um Batismo de Penitencia para santificar a água do novo Batismo que vem inaugurar no qual lava nossos pecados e nos faz filhos de Deus.

O mesmo Espírito Santo que, no dia do Seu Batismo consagou Jesus para sua missão é que capacita aquele que, pelo Batismo se torna cristão, para a mesma missão de Cristo como lemos na Primeira Leitura: "Pus Meu Espírito sobre Ele, 1. Ele promoverá o julgamento das nações" não somente no dia do Juízo mas do alto da Cruz de onde, desmascarando para nós até onde vai o amor de Deus por nós e até onde vai a maldade do homem sem Deus nos obriga a uma resposta: ou continuamos escravos do pecado e servos da morte com os requintes monstruosos que aniquilou nosso semelhante, humilde e manso Jesus na Cruz, ou aderimos a Ele para que tenhamos e promovamos a vida plena para todos. Assim como Cristo do alto da cruz promoveu o juízo, obrigando a todos os que confrontam com O Crucificado ao julgamento de suas atitudes, também o cristão cm sua vida, provocará, necessáriamente uma reflexão e um juízo de todo aquele que se confronta com ele. 2."Estabelecer a justiça na terra", porque ao assumir nosso corpo para pagar em nosso lugar o salário do pecado que é a morte, Ele nos tornou justos, também o cristão justifica todo aquele que, através do testemunho de sua vida, faz aderir `Aquele que nos justificou. 3."abrir os olhos aos cegos": já que esta mesma Primeira Leitura diz que Ele é a "Luz das nações", iluminando, com Sua vida O Caminho para aqueles que jaziam nas trevas do desespero. Também o cristão ouviu dos lábios de Seu Mestre: "Vós sois a luz do mundo" já que quem adere a Cristo, aponta com sua própria vida, O Caminho que leva ao Pai.4. "tirar os cativos da prisão e libertar do cárcere os que jaziam nas trevas" Se a raiz de toda escravidão é o pecado e se Cristo é O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, compreende-se porque Ele veio nos tirar de toda prisão e o mesmo faz o cristão, cada vez que, com seu testemunho, leva alguém a aderir a Cristo.

A Segunda Leitura nos diz que esta graça do Batismo é para todos pois "Deus não faz distinção de pessoas", assim a Festa do Batismo do Senhor é a solenidade na qual o Pai dando testemunho de Seu Filho, por Ele santifica as águas pelas quais todos os que a Ele viessem a aderir se tornariam Seus filhos.
CIENCIA CONFIRMA A FÉ
Venezuela: surpreendentes descobertas na imagem de Nossa Senhora de Coromoto
Novas descobertas: Em um olho, vê-se uma figura humana
Por Nieves San Martín

CARACAS, sexta-feira, 4 de setembro de 2009 (ZENIT.org).- Em uma coletiva de imprensa celebrada nesta quinta-feira, na sede da Conferência Episcopal Venezuelana (CEV), por ocasião da restauração da imagem Nossa Senhora de Coromoto, patrona da Venezuela, apresentaram-se as novas descobertas relativas à diminuta imagem, relacionada com a primeira evangelização desta terra.
Segundo a tradição –informa a CEV em uma nota enviada a ZENIT–, entre finais de 1651 e princípios de 1652, uma Bela Senhora apareceu ao cacique da tribo Coromoto e a sua esposa indicando-lhes: "vão para a casa dos brancos, para que lhes coloquem água na cabeça e assim poderão ir ao céu".

Depois de atender o pedido de tão bela Senhora, os índios saíram da selva e receberam os ensinamentos do Evangelho, recebendo um bom número deles o sacramento do Batismo.

Contudo, o cacique, ao sentir que havia perdido a liberdade, decide fugir novamente para a selva; na madrugada de 8 de setembro de 1652, a Bela Senhora aparece novamente ao cacique junto a sua esposa, sua cunhada Isabel e o filho desta. Ao vê-la pede que o deixe em paz, dizendo-lhe que não mais a obedecerá. Levanta-se para tomar o arco e matar a Senhora, mas esta se aproxima dele para abraçá-lo, caindo assim suas armas. Decide tomar por um braço a Senhora para tirá-la de seu lar; neste momento ocorre o milagre: a Bela Senhora desaparece, deixando na mão do Cacique sua diminuta imagem.

A partir desse momento, começa uma grande história de favores e milagres, devoção e renovação da fé nesta terra, das mãos de Nossa Senhora de Coromoto. Até que no ano 1942 é exaltada no título de Patrona da Venezuela.

A diminuta imagem mede 2,5 cm de altura por 2 de largura. Através dos 357 anos que transcorreu desde sua aparição, foi exposta a diferentes fatores que haviam produzido seu deterioro.

Por este motivo os membros da Fundação Maria Caminho a Jesus, com sede em Maracaibo, a partir de 2002 iniciaram uma campanha para restaurar os danos que ocultavam grande parte da imagem da Virgem com o menino Jesus. Tal Fundação se fez cargo, junto a Dom José Manuel Brito, reitor do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Coromoto, de impulsionar o projeto e contatar o grupo de especialistas que participaram no mesmo, e também conseguir os meios econômicos para financiar o processo.

No início de 2009, o bispo de Guanare José Sotero Valero Ruz, apresentou o projeto à Conferência Episcopal Venezuelana, a qual depois de receber vários diagnósticos sobre o estado da Relíquia, outorgou a permissão para proceder a restauração.

De 9 a 15 de março de 2009, em um laboratório instalado para este processo, na casa La Bella Señora, dentro das imediações do Santuário Nacional de Nossa Senhora de Coromoto, a equipe de trabalho composta pelos restauradores Pablo Enrique González e Nancy Jiménez, acompanhados por José Luis Matheus, diretor da Fundação Zuliana e Dom José Manuel Brito como custódios do processo, iniciaram os trabalhos de conservação da imagem; conseguindo realizar com êxito uma série de descobertas que até o momento eram desconhecidas.

Ao longo do processo, descobriram-se elementos desconhecidos. O primeiro fato que chamou a atenção foi, que uma vez analisadas as águas empregadas no tratamento, o pH mostrou-se ser neutro, fato inexplicável.

Foi detectada a presença de vários símbolos, os quais segundo indagações do antropólogo Nemesio Montiel, são de origem indígena.

Por observação microscópica, conseguiu-se identificar nos olhos da Virgem, de menos de 1 milímetro, a presença da iris, fato particularmente desconcertante pois se pensava que os olhos da imagem eram simples pontos.

Ao aprofundar no estudo do olho esquerdo de Nossa Senhora, pôde-se definir um olho com as características de um olho humano; se diferencia com clareza o orbe ocular, o conduto lacrimal, a iris e um pequeno ponto de luz no mesmo.

Maximizando o ponto de luz, pôde-se observar que o mesmo parece formar a imagem de uma figura humana com características muito específicas.

A coroa da Virgem e o Menino são tipicamente indígenas.

A restauração da Sagrada Imagem da Patrona de nossa Pátria constitui um verdadeiro marco histórico, pois é a primeira vez que a venerada imagem é submetida a um processo como este, que sem dúvida alguma contribuirá a renovação da fé de todos os venezuelanos", afirma a CEV na nota.

Esta restauração, além de ser expressão do resultado do esforço de uma equipe multidisciplinar, é um chamado a voltar nossas vidas para Deus, e viver o convite que Nossa Senhora fez a nossos antepassados, quando os convidou a reconciliar-se e unir-se como verdadeiros irmãos em Deus, apesar de que as culturas espanholas e indígenas tinham visões e interesses totalmente opostos. É um chamado à fraternidade e à aceitação do outro; é um sinal de esperança, de alegria e de fé. É a comprovação de que apesar das dificuldades, se nos unimos como verdadeiros irmãos, é possível alcançar resultados que derivam em bem-estar para todos".

E conclui exortando a unir-se na oração: "Virgem Santa de Coromoto, patrona da Venezuela, renovai a Fé, em toda a extensão de nossa pátria. Amém".


(fonte: ZENIT)
EPIFANIA DO SENHOR


VIMOS A SUA ESTRELA E VIEMOS ADORÁ-LO

POR PE. TARCISIO AVELINO


"Ascende as luzes, Jerusalém, porque chegou a tua luz, apereceu sobre ti a glória do Senhor". Esta profecia de Isaías, indica que seria durante a noite que Deus manifestaria Sua glória ao mundo enviando O Messias Seu Filho. "Ascende as luzes significa "desperta, acorda", mas significa, para nós hoje, que nos deixemos inundar pela Fonte da qual procede toda a luz. É por isso que a primeira leitura diz: "Nuvens escuras cobrem os povos; sobre ti apareceu O Senhor", para dizer que quando chegou a plenitude dos tempos, ou seja, quando o mundo já não tinha mais onde colocar tanto pecado, simbolizado pelas trevas mais escuras da noite, quando todas as circunstâncias se tornaram favoráveis à divulgação do Evangelho, porque o Império romano dominava o mundo e o latim se espalhou como linguagem universal, e o mundo se tornou tão "globalizado" quanto era possível na época, Deus fez brilhar, no meio desta noite de pecados da humanidade a Sua glória, vindo a nós não como um Juiz terrível para condenar ou castigar mas na pessoa de uma criancinha indefesa, para nos inspirar a total confiança que uma criança inspira. De uma criança ninguém desconfia ou tem medo. Essa é a glória que Deus fez brilhar sobre o seu povo, simbolizada pela estrela que conduziu os magos até Jesus.
"Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo" naqueles tempos os estudiosos dos astros acreditavam que o surgimento de uma nova estrela significava o nascimento de um novo rei na direção de onde surgia a estrela em algum lugar do mundo. Certamente a que os magos viram deve ter sido de tal magnitude e de natureza que se dispuseram a segui-la a até encontrar o rei tão importante que acabava de nascer.

"Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo". Qual é a "estrela que te guiou até Jesus?" Ninguém veio até Jesus sem o testemunho de outrem. Os primeiros e únicos testemunhos da manifestação de Deus na mangedoura do presépio, recém nascido foram os pastores, gente simples e ignorante, totalmente incapazes de cumprir as exigencias da religião oficial, e os magos, estrangeiros, totalmente desconsiderados pelo povo no qual O Messias acabava de nascer. Deus se compraz em escolher o que é fraco e desprezível aos olhos do mundo para se manifestar, porque, conscientes de sua pequenez estão mais abertos para captar os ensinamentos do Mistério.

"Os pagãos são admitidos `a mesma herança, são membros do mesmo corpo", esse versículo da Segunda Leitura indica que os magos vindos do oriente representam todas as nações do mundo, profetizadas na Primeira Leitura, que viriam a Jerusalém por ter se tornado palco dos eventos da Salvação da humanidade pela vida do Verbo de Deus Encarnado. Depois de ter se manifestado, e este é o significado da palavra EPIFANIA, manifestação de Deus, depois de ter se manifestado para os mais pequeninos de Seu povo, os pastores, únicos em condições de captar as lições do Deus-Menino, Deus passa a se revelar aos pagãos, uma vez que os seus O rejeitaram, representado pela repetida frase "e não havia lugar para Ele na hospedaria" que ouvimos no natal.

"Vimos a sua estrela no oriente e viemos adorá-lo". E você, já conduziu muitos até Jesus? Para isso é preciso ser como os presentes que os magos trazem até o Menino-Deus: É preciso que sejamos como o ouro, símbolo da realeza deste Menino, O Rei dos Reis, e assumirmos nossa missão de batizados, já que pelo Batismo fomos configurados a Cristo Profeta, Sacerdote e Rei. Assumir a nossa realeza significa reinarmos com Cristo não só no governo de nossa própria vontade, subjugando-a à Vontade dAquele que mais do que nós mesmos quer o nosso bem ao ponto de se dar a nós como uma Criancinha. É preciso nos configurarmos a Cristo Sacerdote e, juntamente com Ele nos oferecermos a Deus como hóstias sem mancha em reparação dos pecados do mundo, e, como os sacerdotes oferecem nossas orações a Deus, significado do incenso, que representa a pureza e perfume que devem ter nossas orações para subirem como a fumaça branca ao céu. É preciso que também sejamos como a mirra, que, usada para conservar e embalsamar os cadáveres, indicavam que Aquele Menino que é Deus que recebe nossas orações e O Rei dos Reis que governa o mundo, é também humano, passaria pela morte e precisaria da mirra, símbolo da incorruptibilidade de Seu Corpo sem pecado, também nós somos chamados a sermos plenamente humanos, criados à imagem e semelhança de Deus se não quizermos nos desfigurar eternamente como os cadáveres se decompõem depois da morte.

É preciso, portanto, sermos um presente para O Menino Jesus, buscando nos configurar inteiramente a Ele, sendo para Ele neste dia de Sua manifestação ao mundo, dia de Sua Epifania, como o ouro que reflete a luz e, com o testemunho de nossa vida refletirmos a luz de Cristo e, como a estrela que guiou os magos conduzirmos outros para Cristo.É preciso sermos puros com a castidade de Cristo e perfumados com o perfume das virtudes de Cristo para sermos como o branco e perfumado incenso que, ao ser queimado e consumido para o louvor de Deus eleva sua branca e perfumada fumaça ao céu. É preciso que sejamos homens no sentido pleno da palavra, santos, como Ele é santo para que, após nossa morte sejamos incorruptíveis como a mirra preserva os corpos da deterioração após a morte. Só assim poderemos manifestar Cristo ao mundo e com a nossa vida conduzirmos todos para O Caminho que conduz à Vida, assim seja.
MORRE A VIDENTE DE NOSSA SENHORA
MAE DOS POBRES      Mariette Beco

Na manhã de sexta-feira 02 de dezembro, Mariette Beco, a quem a Virgem Maria apareceu oito vezes desde o 15 de janeiro à 02 de marco de 1933, morreu, aos 90 anos, em um lar de idosos em Banneux, Bélgica. A notícia de sua morte logo se espalhou entre os peregrinos, despertando uma emoção viva. O Reitor do Santuário de Banneux, o padre Leo Palm, teve vários encontros com Mariette. Ele se lembra dela como uma pessoa amada por sua família. Mariette também lamentou as duas filhas, uma que morreu em seu childhoud, a mais velha, o segundo, que morreu em 2008, com 61 anos.

As aparições de Banneux foram oficialmente reconhecidas pela Igreja em 1949 por Dom Kerkhofs, bispo de Liege. Durante sua visita a Banneux, o Papa João Paulo II teve um encontro com Mariette Beco.
Em 2008, o ano das cerimónias oficiais do 75 º aniversário das Aparições, Mariette Beco solicitado Padre Joseph Cassart, então Reitor do Santuário de apenas dar a conhecer uma carta na qual ela fez sua última declaração sobre as Aparições: "Eu não era mais do que um carteiro que entrega que leva a correspondencia. Uma vez que a carta tenha sido entregue, o carteiro, já não tem mais nenhuma importância ". Assim como seus antecessores Dom Aloys Jousten, atual bispo de Liege, reafirmou solenemente o caráter autêntico das Aparições, em memória do reconhecimento oficial 60 anos antes, em 2009. Durante toda a sua vida, Mariette provou ser perfeitamente discreta. Ela veio como a primavera  para a pequena Capela das Aparições como despercebida da melhor maneira possível, orando à Virgem Maria e agora  já partiu para a ver outra vez para sempre.