A PALAVRA DO FUNDADOR

HOMILIA: 1° DOMINGO ADVENTO ANO B

                SENTINELAS NA NOITE
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF
A Liturgia deste primeiro domingo do Advento ano B nos traz a importância da vigilância neste tempo em que mais, particularmente somos exortados a nos preparar para a vinda do Senhor. Ele já veio mas voltará e e necessário que estejamos preparados para recebe-lo, como nos adverte o Senhor na Parábola que nos apresenta no Evangelho de hoje, onde aprendemos que este tempo em que estamos aguardando Seu retorno “é como um homem que, ao partir para o estrangeiro, deixou sua casa sob a responsabilidade de seus empregados, distribuindo a cada um sua tarefa, e mandou o porteiro ficar vigiando. A pergunta que surge de imediato é esta: e qual é a minha tarefa? Ou será que, na Parábola sou o porteiro? A conclusão a que chegamos é que todos somos o porteiro já que não só no inicio desta Parábola somos exortados à vigilância como também toda a Biblia e principalmente em todo o novo testamento, todos os batizados são informados de que este tempo de espera que compreende toda a vida humana na terra, constitui-se de uma vigilância atenta e operante na qual a caridade, a humildade e a fé devem estar presentes em todas as nossas ações e que nossas ações que, na Parábola de hoje Cristo chama de tarefas distribuídas a cada um, constituem-se de boas ações, pois, se na Primeira vinda Ele veio como pastor para salvar, na Segunda Vinda Ele virá como Juiz, para recompensar a  cada um conforme a sua conduta.
“Cuidado! Ficai atentos, porque não sabeis quando será o momento”. Momento de que? O momento em que Ele virá para julgar os vivos e os mortos. Em que consiste este “ficai atentos”? num cuidado com o modo como vivemos cada instante pois não sabemos quando Ele virá e como a maioria dos conterrâneos de Cristo não estavam atentos quando Ele chegou, não perceberam Sua presença por isso não desfrutaram das graças que Ele veio trazer, tão abundantes como lemos na Primeira Leitura, concedidas não ao Povo Eleito, por sua displicência no modo como aguardavam o Messias, mas aos chamados gentios, ou pagãos, que somos cada um de nós que aderimos a Cristo merecendo não mais o nome de gentios mas de cristãos, por termos a honra de sermos discípulos Daquele que deveria ter sido apresentado ao mundo justamente por aqueles que O rejeitaram.
Se toda história dos judeus, povo eleito de Deus é um paradigma para os discípulos de Cristo de todos os tempos, deve encher nos de temor o fato de que o descuido com o qual eles aguardaram o Messias resultou na destruição total de Jerusalém e a dispersão de seu povo que tem durado dois mil anos!! Que homens devemos ser se não queremos ter o mesmo destino que eles pois depois da próxima vinda de Cristo não haverá mais tempo para recomeçar, será o tempo da recompensa segundo a conduta de cada um.
E qual deve ser a conduta de cada cristão? O Evangelho de hoje diz que deve ser a de se dedicar cada um, à tarefa para a qual foi destinado, que, no fundo é a mesma para todos como o próprio Cristo disse; “se Eu vosso mestre e Senhor vos lavei os pés é para que façais a mesma coisa que eu fiz”, ou seja, nossa tarefa é a de servir a todos como Ele O senhor o fez em toda Sua vida que entregou para nossa salvação.
A conduta que espera de cada um de nós é socorrer o próximo em todas as suas necessidades como Ele descreve me Mateus 25 o modo como será o Juízo dizendo “Vinde benditos de Meu Pai tomai posse do Reino pois tive fome e me destes de comer, tive sede e me destes de beber”... Para que possamos fazer o bem a Segunda Leitura nos lembra que Cristo se encarnou e nos concedeu todos os dons, ou seja, nos equipou a cada um segundo a tarefa que terá que desempenhar segundo a vocação de cada um.

Na Primeira Leitura, vemos o profeta achar a solução para o problema do mal no mundo devido ao mal uso da liberdade do homem, mas Deus se antecipou em nos socorrer vindo ao nosso encontro: “ah! Se rasgásseis o céu e descêsseis! Descestes” e “nunca se ouviu dizer que um Deus tenha feito tanto pelos que nele esperam”. Esperemos por tanto a salvação somente de Deus pois Ele já provou que nos ama tomando a inciativa de vir até nós quando estávamos mergulhados na maldade consequente de nossa ruptura com Ele e nos salvou! Correspondamos portanto, ao Seu amor, manifestando nosso amor por Ele nos serviços àqueles que Ele provou o quanto ama!! Assim não precisaremos temer o juiz que virá para salvar a todos os que Nele esperam. MARANATÁ, VEM SENHOR JESUS!!
       33° DOM. COMUM - CRISTO REI DO UNIVERSO 

POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

A celebração de hoje é uma síntese de todos os mistérios de Cristo celebrados ao longo do ano, por isso, é também a conclusão do Ano Litúrgico onde nos lembramos do que nos diz em 1Cor. 15,25: "É necessário que Cristo reine até que tenha posto todos os Seus inimgos debaixo de Seus pés" e, como lemos na Segunda Leitura: "o último inimigo a ser destruído será a morte porque foi pelo pecado que Cristo deixou de reinar justamente no coração daqueles aos quais Deus havia confiado o domínio sobre a terra dizendo: "crescei, dominai e subjugai a terra". 
Deus já havia encarregado o homem de dominar a terra antes deste cair no pecado da separação de Deus e daí, quando o homem desobedeceu o Rei do Universo para obedecer ao Maligno o mal passou a reinar neste mundo até que Deus se encarnou para, com Sua vida desmascarar a face do mal, permitindo o que O Maligno lhE infligisse tudo o que os homens teriam que sofrer como consequencia de sua ruptura com Deus, a fonte de todo o bem.
Na cruz do calvário Cristo desmascarou até onde vai a maldade do homem sem Deus e até onde vai o amor de Deus pelo homem. Na cruz do Calvário Cristo desmascarou os propósitos daquele que havia seduzido o homem no Paraíso, o diabo, e revelou a verdadeira identidade do homem pois quando O Filho de Deus se fez homem não deixou de ser Deus para revelar ao homem sua dignidade de filho de Deus, herdeiros de toda a criação que o homem havia entregue no poder daquele que só quer a nossa destruição.
É necessário que Cristo reine em nossos corações para que nele não reine O Maligno,  pois não existe, para Satanás casa vazia, ou é ocupada por Deus, O Único capaz de barrar sua entrada, ou é habitada por ele que não perde tempo em dominar a tudo e a todos com seu ódio vingativo contra Deus e contra Seus filhos. É necessário que Cristo reine sobre o universo porque sendo Ele o criador e o resgatador de tudo, é o dono de tudo, que, portanto merece e tem condições de tudo governar.
Mas o reinado de Cristo é muito diferente do reinado deste mundo que se impõe pela força e poder, O Todo poderoso se revelou a nós em Seu Filho, para, com Seu amor nos atrair sem nos forçar, por isso o reinado de Cristo não se mostra ainda, mas se dá a partir de cada coração que a Ele adere pela fé e pelo amor até chegar o dia, como lemos no Evangelho que virá devolver ao Pai todo o universo, incluindo aqueles aos quais tudo havia submetido, mas somente aqueles que, livremente a Ele tiverem aderido pela fé.
O Evangelho de hoje mostra que Ele não exigirá de nós grandes obras, mas somente as obras de misericórdia, pois se amar é servir, não terá condições de se unir Com O Amor eternamente, quem a Ele não tiver se assemelhado por uma vida de doação semelhante a Sua.

Homilia 33 DOMINGO COMUM A Colaboradores de Deus

XXXIII DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO A
COLABORADORES DE DEUS 
POR PE. TARCÍSIO AVELINO,TF

Hoje eu gostaria de desenvolver em 10 pontos as leituras da liturgia deste 33 domingo cujo tema de destaque seria a nossa responsabilidade em administrar os dons que Deus nós confiou. 
O primeiro ponto é o vs 14 do Evangelho onde Jesus fala de se mesmo referindo-se a um homem que confiou seus bens a adnistraçao de seus empregados antes de viajar. Só gostaria de esclarecer que estes empregados somos nós e que os talentos trata-se não só dos bens materiais como também dos Dons infusos recebidos no Batismo, como também dos dons efusos ou carismas que o Espírito Santo concede a cada um capitando-nos para o serviço que devemos, como discípulos de Cristo prestar ao nosso próximo. Além disso, as doenças e as condições de cada um como de pobreza, viuvez ou orfandade também são talentos confiados por Deus a nós já tudo se converte em bem quando entendemos que tudo quando aceito como vindo de Deus ou por Ele permitido pode ser oferecido em reparação de nossos pecados e pela conversão dos pecadores senão não seriamos exortados pela Palavra de Deus que nos ensina: "por tudo dai graças pois está é a vontade de Deus a vosso respeito" ( 1Ts.4,16) ora, como dar graças pelas adversidades sem perceber tudo como dom de Deus?
O segundo ponto é esclarecer que o lucro apresentado ao patrão quando do seu regresso trata-se do bem que temos a obrigação de fazer com tudo o que de Deus recebemos enquanto aguardamos vigilantes seu regresso como um ladrão conforme lemos na segunda leitura que nos ensina que como filhos da luz que somos temos que trabalhar sempre, ou seja, não perder a oportunidade de fazer o bem já que Ele virá, como sabemos, para retribuir a cada um conforme as suas obras.
O terceiro ponto é comentar que a Parábola afirma que "depois de muito tempo" o Senhor voltou. De fato dois mil anos se passou desde a scenção de Jesus mas aqui afirma que seguramente Ele regressará.
O quarto ponto é o vs 22 onde o senhor afirma ter nos dado pouco o que não nos pode confundir fazendo-nos pensar que pode ser que alguém possa não receber os dons necessários para su salvação pois como nos afirma S. Paulo: " não vos falta dom algum enquanto aguardais o dia do senhor.
O quinto ponto é que o terceiro servo diz ter enterrado, por medo, seus talentos o que nos prova que o medo paralisa- nos pelo que, mais de 365 vezes aparece na bíblia a seguinte odem: não tenhais medo. Devemos fazer exatamente o contraio do que nossos medidos mos ordenam e o ùnico medo que realmente devemos ter é o de ofender a Deus, ou seja, o despeças.
O sexto ponto é um esclarecimento ao que diz Jesus no vs. 29: "ao que tem será dadoemais e ao que não tem, até o que julga ter lhe serà tirado.orque somente ao que usou seu dom para servir Deus dará mais ao passo que, realmente não tem sentido dar um presente para quem não vai usar.
Finalmente o sétimo ponto ē a conclusão de que devemos ser como a mulher diligente da Primeira Leitura que trBalha incansavelmente para administrar e fazer render o salário que seu marido lhe põe nas mãos se não queremos ser lançados fora no fogo do inferno como o Evangelho nos faz ver que assim como haverá uma recompensa para os justos também haverå um castigo para os que se negaram a servir com os Dons que recebeu do Senhor

        2 DE NOVEMBRO DIA DE FINADOS
              
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

Tomando  como 1° Leitura Mb.12,43-46dentre as leituras propostas para a Solenidade de hoje e o Evangelho de S. Mateus cap. 5,25-26, fica fácil explicar que depois de celebrarmos a Solenidade de Todos os Santos no dia 1° de novembro a Igreja nos coloca a celebração do dia de finados para que possamos meditar nos três estados da Igreja que são a Igreja militante, os que nesta terra se preparam para o encontro com Deus depois da morte, a Igreja Triunfante que são os que já gozam da comunhão eterna com Deus que são os Santos, e a Igreja padecente composta daqueles que, no Purgatório, completam a purificação de seus pecados antes de entrarem no Céu.
Este trecho do livro dos Macabeus nos mostram a necessidade de orar pelos mortos: “Porque, se ele não esperasse
que os que tinham morrido haviam de ressuscitar,
teria sido em vão e supérfluo orar pelos mortos.
Além disso, pensava na magnífica recompensa
que está reservada àqueles que morrem piedosamente.
Era um santo e piedoso pensamento.
Por isso é que ele mandou oferecer
um sacrifício de expiação pelos mortos,
para que fossem libertos do seu pecado”. Comparado com o trecho do Evangelho acima proposto, vemos que, “enquanto estamos em caminho” ou seja, enquanto estamos nesta vida, temos que nos esforçar para não ficar devendo nada a ninguém, muito menos o amor que devemos a Deus e ao próximo, do contrário, Jesus menciona um prisão na qual depois do juízo se poderá “pagar até o último centavo” de nossas dívidas. São as pessoas que se encontram nessa “prisão” que nós celebramos hoje, as almas do Purgatório. Mas para entendermos melhor este Evangelho é preciso que entendamos melhor a doutrina sobre o pecado e a morte. Vejamos: Sempre que pecamos, rompemos com Deus e com a Comunhão dos santos, ou seja, com a comunhão de todos os que se encontram nos três estados da Igreja acima citados e não temos mais acesso aos bens conquistados por Cristo, que são as graças para nossa própria salvação e  para a salvação dos outros; graças estas que Deus quer fazer chegar as pessoas passando pela mediação de Cristo, de Maria, de todos os santos e de cada um de nós, pelo que um só pecado venial é mais prejudicial ao mundo do que uma bomba que destruísse completamente o planeta terra pois o pecado é a ruína da alma e por uma só alma Cristo derramaria todo o Seu Sangue mas não o faria por nada neste mundo que não seja os que criou à Sua imagem e Semelhança.
Cada pecado gera vícios em nós dos quais precisamos ser completamente purificados para estarmos em condições não só de encarar a Luz infinita de Deus no dia do Juízo, como também para nos unir com Ele eternamente no céu.
No Sacramento da confissão recebemos o cancelamento da pena eterna do pecado mortal e o perdão deles e de todos os pecados veniais porem, se o nosso arrependimento não for perfeito, permanecerá em nós o apego ao pecado que nos impedirá de uma comunhão maior com os irmãos nesta vida e com Deus nesta e na outra.  O Purgatório é para isso, é a última misericórdia de Deus concedendo que os que se esforçaram em vida para O glorificar com sua vida e  o comtemplam de pois da morte reconhecendo-se manchados e incapazes de suportar toda sua luz, possam completar sua purificação num fogo semelhante ao do inferno, porém, sofrido de uma maneira totalmente diferente pela certeza de Sua salvação eterna.
“Esforça-te enquanto estás em caminho” diz o Evangelho, porque só nesta vida pode se merecer o Céu, no Purgatório as almas não  poderão completar a medida dos méritos necessários para suportar a glória de Deus, serão pagarão suas dívidas pelo que os vivos por eles oferecerem em orações, esmolas e sacrifícios, dentre os quais nem um maior existe do que o da Santa Missa.

Se o menor sofrimento no Purgatório é muito maior do que os maiores sofrimentos desta vida, fica aqui para nós a seguinte mensagem desta solenidade, a de que devemos evitar o pecado a qualquer custo porque tal como se vive, tal será nossa morte e destino eternos.