XXII DOMINGO COMUM C
QUERES SER O PRIMEIRO OU O ÚLTIMO?
por: PE. TARCISIO AVELINO, TF

Ah se sobésseis quem te fala!!!!! É A Própria Humildade em pessoa!!! Deus Encarnado!!! Que se rebaixou tanto ao ponto de ficar pequeno menor do que um grão de poeira dentro do Seio de Uma Mulher!! O Rei dos Reis!!! O Senhor dos Senhores!!! DEUS!!! E como se não bastasse, não se contentou em se fazer pequeno como uma criança quiz descer ainda mais nascendo no coxo onde animais se alimentam!!! E como se não bastasse, quiz descer ainda mais se fazendo o servo de todos. E como se não bastasse quiz morrer entre os criminosos como se fosse dos piores criminosos de seu tempo!!!! Ele O Santo dos Santos diante do qual só um sacerdote podia chegar uma só vez por ano!!!! E como se não bastasse quiz se tornar uma coisa, desceu ainda mais baixo para se dar a nós em alimento, ficando prisioneiro do nosso amor em todos os sacrários da terra até o fim do mundo!!!!! Sim!!! Quem hoje nos ensina sobre a Humildade, o alicerce de todas as virtudes é A Própria Humildade Encarnada!! Como lemos na Segunda Leitura: "Não vos aproximastes de uma realidade palpável mas vos aproximastes de Deus, O Juiz de todos, de Jesus, mediador da Nova Aliança”. Sim, O Todo Poderoso se encarnou e não se contentou habitar entre nós mas quis habitar EM nós!!!! Daí a reverencia profunda que Cristo nos ensina ter pelas pessoas não escolhendo os primeiros lugares, não porque não gostemos deles, seria uma falsa humildade! Mas porque a reverencia que temos por cada pessoa é tal que, naturalmente cedemos nosso lugar para qualquer um!!!!!!! É filho de Deus!!!!!!!!!!! TEMPLO DE ESPÍRITO SANTO!!!! E mesmo que a pessoa pareça não se comportar como tal, mais compaixão dela teremos pois não tem consciência de sua dignidade!!! Mais prontamente lhe cederemos nosso lugar para que, justamente tome consciência de seu valor de filha de Deus!!! Isto é a humildade, não é meramente um gesto externo de  ceder sempre a vez mas uma consciência profunda e real de quem se é diante de Deus de das pessoas que faz com que  todos, independentemente dos bens que possuam ou do cargo que ocupem ou papel ou profissão, todos somos irmãos, filhos do mesmo Pai, e se alguma vez temos que receber alguma honra pelo Ministério que representamos neste mundo, dado por Deus, recebemos, como os sacerdotes, bispos e o Papa, recebemos, não por causa de nossa pessoa mas por Aquele que representamos diante dos homens!!! Por isso devemos sim, aceitar, humildemente, as honras que a Igreja estipulou que se deve prestar a Deus quando representado em cada uma das funções eclesiásticas, por que são devidas a Deus e não a nós!!!! A mesma coisa se diz quando temos que prestar honras a alguém neste mundo por causa da autoridade que representam diante de nós, devemos honrá-los não só por serem filhos de Deus mas também por aqueles que representam diante de nós! “Dai a Deus o que é de Deus e a César o que é de César” também quer dizer dai  a Deus toda glória e honra e aos homens a glória e  a honra que se deve a um filho de Deus!!!
Este tema da Humildade é particularmente importante neste mundo em que se honra os animais como se fossem gente e se trata o ser humano como se fosse menos do que animal porque se leva cães para a mesa e para a cama e não se importa com um semelhante que tem que comer lixo para sobreviver!! Quem são os verdadeiros loucos, os que preferem o manicômio por não aceitar a loucura insana de nossa ordem social, ou os que preferem viver dentro dela como se fosse normal o ser humano ser tratado como verme? A humildade é a virtude própria daqueles que não temem chegar as ultimas consequências de suas reflexões a luz da Palavra de Deus, chegando sempre a conclusão que diante de Deus somos pó como o é todos os nossos semelhantes, por isso não há dificuldade nenhuma em, independentemente do cargo ou posição social que ocupemos de ceder o lugar e a vez para os outros, nem de se inclinar para lavar os pés de quem quer que seja, pois a humildade é a verdade, disse Santa Teresa, é a consciência profunda de quem somos nós e de quem é Deus.


HOMILIA XXI DOMINGO COMUM C


ESTREITA É A PORTA QUE LEVA À VIDA

POR PE. TARCISIO AVELINO, TF

"Esforçai-vos por entrar pela porta estreita porque são muitos os que tentarão por ela entrar e não conseguirão". À pergunta pelo número dos que se salvam Jesus responde com o COMO. Se esforçando por entrar pela porta estreita, no entanto, a resposta de Jesus revela que não é um esforço qualquer já que diz que "muitos TENTARÃO e não conseguirão", isto mostra que, embora a salvação seja um dom de Deus, é preciso que façamos a nossa parte para tentarmos responder e nossa resposta não poderá consistir somente num esforço por ser fiel à missa dominical, nem basta também que estejamos engajados na Igreja, "porque muitos naquele dia dirão, Senhor, mas eu comi na tua presença", referindo-se a Eucaristia, ou eu estava sempre nas missas e ajudando na paróquia, era fiel dizimista, etc. Podemos fazer muitas coisas para Deus mas se não atentarmos para o principal que é a nossa conversão, não conseguiremos atravessar a porta estreita. Mas para isso, nao basta um esforço qualquer, é preciso todo esforço que pudermos empregar, como o próprio Cristo disse em outra ocasião que "o Reino dos Céus a todo momento sofre violência e são os violentos que o conquistam", referindo-se à violencia que temos que fazer a nós mesmos para tomarmos nossa cruz, renunciarmos a nós mesmos para seguirmos a Cristo.
Este esforço para seguir a Cristo nos é descrito pela Segunda Leitura : Primeiro: "não desprezes a correção do Senhor (...) é para vossa educação que sofreis e é como filhos que Deus vos trata". Aqui aprendemos que o sofrimento é um modo pelo qual Deus nos corrige como a Seus filhos. Já que o pecado original como todo pecado é ruptura com A Vida, sua consequencia natural é o sofrimento e a morte. Então, é preciso que soframos com paciência e mansidão, por amor a Deus oferecendo pela salavação de todos, imitando a Cristo que, com sua vida nos ensinou como entrar pela porta estreita.
Segundo: "Firmai as maos cansadas e os joelhos enfraquecidos; acertai os passos dos vossos pés, para que não se extravie o que é manco, mas antes seja curado". Aqui temos uma outra lição, do modo como enfrentamos o sofrimento depende a cura, ou melhor, a salvação dos que, por ainda não conhecerem a Cristo, estão mancando pela vida.
"Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça", Cristo diz isso para aqueles que a Ele disseram ter pregado  e ensinado em Seu Nome, resumindo na palavra "injustiça", todo pecado e má vontade com a qual tentamos imitá-lo no modo de mortificarmos nossa vontade própria e servir os irmãos. De nosso testemunho depende a salvação de outros.
A resposta de Cristo no Evangelho de hoje confirma a Primeira Leitura que o povo eleito, os judeus conheciam mas que tinham entendido tão mal, pensando que só pelo fato de pertencer ao Povo Eleito, já era garantia de salvação. Isso é um alerta para nós hoje que não basta sermos do número dos que estão engajados na Igreja, é preciso sermos testumunhas de Cristo para cumprirmos o mandato universal de ir pelo mundo inteiro e a todos pregar o Evangelho que não se prega com palavras mas com o exemplo de uma vida coerente.




CORPOS INCORRUPTOS

- Apenas na Igreja Católica se registram mais de 1200 casos no mundo

Lembra-te que és pó e ao pó retornarás

 
 
 (Foto: Santa Bernadete Soubirous 1844-1879)
No livro do Eclesiastes, se lê esta frase: 'Lembra-te que és pó. E ao pó retornarás'. Além de lembrar ao homem sua condição perecível e transitória, esta sentença recorda a aniquilação física, a decomposição do organismo, após a morte. A realidade é constatada quase universalmente. Digo quase universalmente, por se darem exceções, embora raríssimas, de não decomposição física. Exceção esta conhecida pelo nome de Incorrupção.
A Incorrupção é a preservação do corpo humano da deteriorização que comumente afeta todo organismo poucos dias após a morte. É evidente que são excluídas as mumificações, as saponificações e outros processos químicos de preservação dos corpos dos mortos; pois seriam incorrupções artificiais.
O primeiro documento de autenticidade indiscutível que relata uma Incorrupção, data do século IV e é redigido por Paulino, secretário de Santo Ambrósio, Bispo de Milão: este documento é redigido em forma de carta dirigida ao Bispo de Hipona, Santo Agostinho. Paulino descreve o descobrimento feito por Ambrósio: 'Por este tempo, ele (Ambrósio) encontrou o corpo do mártir Nazário que se encontrava enterrado num jardim fora da cidade de Milão; recolheu o corpo e o transladou para a Basílica dos Apóstolos. No túmulo foi encontrada a cabeça que fora decepada pelos inimigos, em perfeito estado, como se tivesse apenas sido colocada junto ao corpo, do qual emanava sangue vivo e uma fragrância que superava todos os perfumes'. Tinham transcorrido 200 anos do martírio.
Mais preciso e mais digno de crédito é o relato de Eugippius acerca do corpo de São Severino, bispo de Noricum, morto em 482. Seis anos após sua morte, o corpo foi encontrado incorrupto. Embora existam muitos outros casos a partir do século IV até o século XVI, interessam-nos mais as preservações a partir do século XVI, por possuirmos fontes históricas mais comprovadas e mais fidedignas.
Em 19 de outubro de 1634, falecia a Madre Inês de Jesus, priora de Langeac. Seu corpo, sem sofrer qualquer processo de extração de entranhas ou de embalsamento, foi sepultado na sala capitular, ao lado de outros membros da comunidade. Passados alguns anos, o Sr. Bispo, em vista do processo de Beatificação, ordenou que seus restos fossem exumados. O corpo foi encontrado sem sinal de decomposição. Transladações e verificações foram realizadas até o ano de 1770. Em 1698 e 1770, cientistas, cirurgiões e médicos declararam que humanamente, a preservação do corpo era inexplicável.

São Vicente de Paula faleceu em 1660, para atender aos pedidos de canonização a exumação do corpo foi feita em 1712, depois de mais de 50 anos de sua morte. Aberto o túmulo, na expressão de uma testemunha ocular 'tudo estava como quando foi enterrado'. Quantos puderam vê-lo, observaram que seu corpo estava em perfeitas condições e os médicos atestaram que o corpo não podia ter sido preservado por meio natural algum, durante tanto tempo.
A beata Maria Ana de Jesus, terciária da ordem de Nossa Senhora da Redenção, nascida em Madrid e falecida na mesma cidade em 1642; teve o corpo preservado da decomposição. Pouco depois de sua morte, o Cardeal Treso, Bispo de Málaga e presidente da Castela; que a conhecera pessoalmente em vida, no processo de beatificação, declara ter estado presente na primeira exumação e afirma: 'Eu ví e me assombrei ao presenciar que o corpo morto há anos, sem que tivessem sido retiradas as vísceras ou embalsamado, pudesse estar tão perfeitamente conservado que nem sequer o abdômen e nem as faces oferecessem sinal de deteriorização, com exceção de uma mancha nos lábios, embora esta já a tivesse em vida'.
Em 1731, tendo já transcorridos 107 anos da morte da Serva de Deus, teve lugar uma inspeção oficial e mais completa, por ordem das autoridades eclesiasticas interessadas na causa da Beatificação. Os restos mortais se apresentavam suaves, flexíveis e elásticos ao tacto. Esta investigação teve lugar em Madrid, tendo sido fácil reunir médicos e peritos. Nove professores de medicina e cirurgia tomaram parte nas investigações e depuseram como testemunhas. Foram feitas incisões na parte carnosa e no peito; foram estudados os orifícios naturais por onde poderiam Ter sido introduzidos preservativos contra a putrefação. Foi uma verdadeira dissecação.
Após completar as investigações, os médicos declararam:
'Os órgãos internos, as vísceras e os tecidos carnosos, estavam todos eles intactos, sãos, úmidos e elásticos'.
Baseada nesse testemunho, a Congregação dos Ritos aceitou a preservação como fato milagroso, apesar de 35 anos mais tarde, antes que fosse publicado o decreto de beatificação, uma terceira inspeção revelasse que na oportunidade, o corpo já não era mais flexível e brando. Os tecidos tinham endurecido, mas não estavam decompostos.

(Foto: São Vicente de Paula 1580-1660)
Uma outra narração nos chama a atenção; é a do mártir jesuíta André Bobola, que tendo combatido com sua palavra, os cismáticos russos, tornando-se conhecido como o "apóstolo de Pinsk", atraiu o ódio de seus adversários, os cossacos; e foi submetido a um cruel martírio. Em mãos dos cossacos, e recusando-se a aceitar o cisma russo, foi açoitado, ultrajado de uma maneira incrível. Foi praticamnte esfolado vivo, cortada uma mão, enfiados estiletes de madeira por debaixo das unhas, arrancada sua língua, e sua fisionomia tão deformada que mal parecia homem. "Sangrava, afirmava uma testemunha, como um boi no matadouro". Após horas de tormento, saciados já os sanguinários e dando apenas sinais de vida, desferiram-lhe um golpe de espada na garganta. Após jogar o deformado cadáver numa esterqueira, retiraram-se os cossacos e os católicos recolheram os restos mutilados e os enterraram às pressas na cripta da Igreja dos Jesuítas, em Pinsk.
Quarenta e quatro anos mais tarde, o reitor do colégio dos jesuítas de Pinsk, por uma visão ou sonho que acreditou ser sobrenatural, fez uma investigação para encontrar o corpo do mártir. Foi encontrado, segundo todas as aparências, exatamente no mesmo estado em que fora depositado: com as mutilações, continuava integro e incorrupto; as articulações continuavam flexíveis; a carne, nas partes menos afetadas pelas mutilações era elástica e o sangue que cobria o cadáver parecia recém-coagulado. O último exame ordenado pela Santa Sé, teve lugar em 1730 - setenta anos depois da morte. Seis eclesiásticos e cinco médicos mantiveram as declaraçoes anteriores. Também eles declararam que o corpo, exceto as feridas causadas pelos assassinos, estava intacto; a carne conservava-se flexível e que sua preservação não poderia ser atribuída a uma causa natural. Em 1835, a preservação do corpo foi aceita pela Congregação dos Ritos, como um dos milagres exigidos para a beatificação. Segundo testemunhas, nenhum corpo dos depositados na cripta onde se encontrava o corpo de André Bobola foi preservado.
Não se pode afirmar que tal fato pertença somente aos séculos passados; Santa Madalena Sogia Barat, fundadora da sociedade do Sagrado Coração, faleceu em 1865; vinte e oito anos mais terde, seu corpo foi encontrado quase pefeitamente inteiro, embora o ataúde estivesse parcialmente podre e recoberto de mofo. Imunidade idêntica foi outorgada a Joào batista Vianney, o célebre Cura De Ars que morreu em 1859 e foi beatificado em 1905. Identico privilégio coube à vidente de Lourdes, Bernardete Soubirous; faleceu em 1879 com a idade de 34 anos. Em 1909, passados 30 anos, o corpo foi exumado e uma testemunha afirma: "Não havia o menor indício de corrupção. Seu rosto aparecia levemente escurecido e os olhos um tanto afundados, parecendo estar dormindo". O corpo foi novamente encerrado num ataúde juntamente com um informe do estado em que foi encontrado.
 (Foto: Santa Clara de Assis 1194-1253)
Poderíamos continuar a enumerar fatos, mas os já citados são suficiente para dar um idéia do fenômeno da Incorrupção e sua inexplicabilidade. Digo inexplicabilidade, porque, apesar de existirem outros tipos de incorupção, não coincidem com a exposta.
Corrupção total do corpo e preservação integral de certos órgãos - Se a preservação total ou parcial da corrupção de alguns corpos é um assunto intrigante para a ciência e enigmático também para a Igreja, para a qual a simples constatação da incorrupção não é critério de santidade, e portanto, milagre evidente, muito mais intrigante e enigmática é a preservação de um determinado membro de um corpo que foi reduzido a pó. Será, logicamente, muito mais difícil para a ciência encontrar uma explicação para tal preservação e um caminho muito mais aberto e claro para a Igreja afirmar o fato como miraculoso.
Nenhum exemplo poderia ser mais sugestivo para discernir a Providência Divina do que a preservação parcial do coração de santa Brígida, da língua de Santo Antonio, de São João Nepomuceno e da beata Batista Varani.
Santa Brígida, da Suécia faleceu em 23 de julho de 1373. Seus restos mortais foram exumados; tudo estava reduzido a pó encontrando-se o coração incorrupto.
A atitude da Igreja Católica mostrou-se sempre muito cautelosa perante fatos inusitados, inclusive perante a incorrupção dos corpos de pessoas santas. Num levantamento feito pelo competente e autorizado estudioso de Parapsicologia, Pe. Herbert Thurston, S.J, com 42 santos célebres por sua vida, obra e santidade, entre os quais muitos foram encontrados incorruptos depois de anos, assevera o mesmo autor que nenhum deles foi canonizado por ter sido preservado da corrupção.
Há aqueles que afirmam que a sobriedade na comida e na bebida, característica de todos os ascetas, podem modificar completamente as condições do metabolismo normal e tende a aliminar certa classe de micróbios que são mais ativos no processo de putrefação; poderíamos replicar que existem muitas pessoas pobres ou doentes ou por opção que são abstêmias, e uma vez mortas, a lei da decomposição as acompanha normalmente.
A experiência comum mostra que não concorrendo condições extremas excepcionais, por exemplo, um frio intenso, a decomposição chega, mais cedo ou mais tarde e que antes de passados 15 dias da morte, são visíveis os primeiros sinais.
E o problema tornar-se-á ainda mais insolúvel para o cientista ao constatar que as incorrupções são verificadas em místicos e santos (em ambiente religioso).
Muitos segredos da natureza já foram desvendados, dado o contínuo progresso das diversas ciências. Há outros, entretanto, que são indescifráveis porque não só superam as forças e leis da natureza, como também, e isto é significativo, são característicos do catolicismo, e só dele.

 (Foto: São João Vianey 1786-1859)
Não consta historicamente, apesar de aprofundadas pesquisas na procura, que pessoas de outros credos e em qualquer outro tempo, tenham manifestado ausência de rigidez cadavérica. No catolicismo, ela é exclusiva de pessoas que em vida, manifestaram uma santidade excepcional, mas não de todos os grandes santos, pois nenhum milagre tem regras fixas.
O primeiro caso de que temos notícias data de 1160 e a primeira pessoa em que foi verificado foi Rainerio de Pisa. Quem relata o fato é um contemporâneo e,ao que tudo indica, digno de crédito. "Seus menbros não demonstravam depois da morte, nenhum sinal de rigidez. Pelo contrário, conservavam-se úmidos e molhados de suor e eram tão flexíveis como os de um homem vivo".
Pouco mais de meio século depois (1226), ocorreu a morte de São Francisco e Assis. O novo superior da Ordem, o irmão Elias, num comunicado aos demais confrades, descreveu minuciosamanete como durante os últimos dias, Francisco era incapaz de levantar a cabeça. Seus membros "estavam rígidos como os de um morto". Mas depois de sua morte... os membros antes rígidos se tornaram flexíveis.
Pelo menos 50 casos bem estudados de ausência de rigidez cadavérica existem entre santos da Igreja católica, desde o século 12 até nossos dias.
Exemplos - Parece oportuno agora falar um pouco sobre o aspecto fisiológico da questão do "Rigor mortis".
Thurston revisou os manuais clásicos ingleses, franceses, alemães, espanhóis e italianos sobre jurisprudência médica: "Não descobri nenhum que reconhecesse a possibilidade de alguém estar isento da rigidez cadavérica".
Há alguma variação com respeito a hora do aparecimento e término da rigidez: pode variar algumas horas dependendo do clima e do continente. Para a Inglaterra, por exemplo, o Prof. Glaister declara: "Ordinariamente a rigidez começa no pescoço, mandíbula e no rosto, cinco ou seis horas após a morte. Após dez horas, abrange toda a parte superior do corpo, e doze a dezoito horas após a morte, afetará todo o corpo". Segundo E. Harnack, médico alemão, na maioria dos casos, a rigidez chega a ser completa no prazo de 5 a 6 horas após a morte.
"Com toda a probabilidade, a rigidez terminará na maioria dos casos, transcorridas 36 horas", dando origem à corrupção. Segundo os clássicos alemães, porém, a rigidez cadavérica dura habitualmente 72 horas.
O "rigor mortis" pode demorar em aparecer até 16 horas após a morte e permanecer até 21 dias, mas ambos são casos e circunstâncias raríssimas, como determinadas substâncias usadas na medicação. Nas doenças de consumpção, de curta ou prolongada duração, a rigidez pode começar imediatamente após a morte e desaparecer logo, iniciando-se imediatamente a putrefação.
O número de casos em que não se verificaram traços de rigidez cadavérica é grande para enumerar e discutir um por um.
Cadáveres que destilam óleo - Surpreendente constatação: Certos cadáveres, anos após a sepultura e até séculos depois, destilam um líquido semelhante ao óleo vegetal. Outros, em idênticas condições, sem causa que o justifique, emitem água.
É relativamente comum que este líquido brote de qualquer incisão feita nos corpos preservados da corrupção.
Os católicos gregos, antes do cisma da Igreja oriental, tinham um nome especial para determinados e numerosos casos de cadáveres de santos: "movoblútai", isto é, "destiladores de óleo".
O Papa Bento XIV exige (e garante nestes casos) para afirmar a realidade do prodígio da água e do óleo, que tenham sido removidas todas as causas naturais, como a infiltração da água ou a possibilidade de Ter sido colocado algum líquido. Os restos mortais devem ficar em lugar apropriado e completamente seco, excluindo-se qualquer possibilidade de intervenção humana.
Aqui nos defrontamos com um fenômeno de todo inusitado e inexplicável para o qual a ciência não pode encontrar nenhuma explicação razoável e satisfatória, apesar de tratar-se de casos fáceis de examinar e constatar qualquer vestígio de explicação, caso esta fosse possível. A evidência do fato é indiscutível.
A Parapsicologia não encontra sequer uma hipótese que possa dar uma pista ou tênue esperança de solução. A Parapsicologia no seu caminhar no estudo do maravilhoso, se defronta, uma vez mais, com o absoluto Senhor da Vida, que pode manifestar-se igualmente na morte, para testemunhar a Doutrina e santidade de seus santos.

Pe. Oscar Quevedo
ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA

BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES
por: PE. TARCISIO AVELINO, TF

“Bendita és tu entre as mulheres” Porque? Porque foi escolhida para ser, como a própria Isabel continua dizendo segundo o Evangelho de hoje, “a mãe do Senhor” e por que foi, entre todas escolhida para ser a Mãe de Deus? Isabel continua dizendo de Maria, “Feliz aquela que acreditou porque será cumprido tudo o que O Senhor lhe prometeu”. E o que Deus prometera a Maria? O mesmo que havia prometido a toda a sua descendência e que promete a cada um de nós através de Sua Palavra, que Maria em seu cântico do Magnigificat, tão bem demonstra conhecer. Dentre as muitas promessas que Deus nos faz em Sua Palavra hoje se dá destaque para aquela que diz: “Ele não permitirá que o justo conheça a corrupção” (Sl.15,10), ou seja, a decomposição de seu corpo pois ela é a consequência do pecado, tanto que a Igreja possui mais de 1200 corpos incorruptos de seus santos que, séculos depois de sepultados foram encontrados íntegros como podemos comprovar no link do site ULTIMAS MISERICÓRDIAS. (http://www.ultimasmisericordias.com.br/Pagina/3098/CORPOS-INCORRUPTOS-Apenas-na-Igreja-Catolica-se-registram-mais-de-1200-casos-no-mundo), no entanto, com Maria foi diferente pois ela sendo a “Cheia de graça” conforme a saudação que recebera da boca do próprio Deus através da Anunciação do Arcanjo S. Gabriel, não teria porque estar aguardando a ressurreição do último dia já que a Segunda Leitura diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos que morreram”, ora, sabemos que primícias significa os primeiros frutos de uma colheita o que significa que após os primeiros necessariamente seguem-se outros fruto. Quem poderia seguir logo após Cristo, a ressurreição de seu corpo do que aquela que chamada pela própria Verdade de “cheia de graça”, foi preservada, em antecipação aos méritos de Cristo na Cruz da mancha do pecado original que é a raiz da morte?
De fato, se Maria foi escolhida e preparada por Deus para ser associada da forma mais intima da obra de nossa redenção, não teria sentido que ficasse embaixo da terra o corpo daquela que de seu corpo e sangue deu origem ao corpo e sangue de Nosso Salvador, por isso a Igreja sempre viu, na Arca da Aliança que João descreve no livro do Apocalipse, como lemos na Primeira Leitura, a glorificação da Igreja que hoje é que traz a Nova Arca da Aliança, Cristo que, com Seu Corpo e Sangue, selou A Nova e Eterna Aliança e  quis ficar presente em todos os Sacrários do Mundo inteiro. Ora, Maria, é figura de toda a Igreja, é a primícia de toda Igreja pois tudo o que celebramos hoje é o que vai acontecer com todos os que, como ela acreditam nas Promessas de Deus e cumprem Sua Vontade expressa em Sua Palavra. Ela é a nova Arca da Aliança que trouxe  em si não mais as Palavras de Deus gravadas em tábuas de pedra mas A Palavra de Deus Encarnada que veio habitar entre nós.
Assim, celebrar a Assunção de Maria é celebrar o destino final da Igreja, quando, com a  ressurreição de nossos corpos se cumprirá “tudo o que da parte do Senhor foi prometido” a todo aquele que crê porque crer implica em ação, já que a fé sem obras é morta.

Que possamos, hoje, olhando para Maria, fixar os olhos na meta que desejamos alcançar para que, trilhando os passos dela, ou seja, imitando seu exemplo, possamos chegar onde ela chegou. Amém.