A PALAVRA DO FUNDADOR: 3° DOMINGO DO TEMPO COMUM - ANO B




O PODER LIBERTADOR DO PROFETA
POR: PE. TARCISIO AVELINO, TF

A Liturgia deste terceiro domingo do tempo comum do ano B nos fala da autoridade da Palavra de Deus que o profeta é chamado a tornar presente no mundo, libertando-o da escravidão do mal ao qual foi sujeito pelo homem ao qual Deus havia, desde a criação submetido o mundo.

Assim, a Primeira Leitura e o Evangelho têm profunda ligação pois trata-se da promessa e do cumprimento da promessa. NA Primeira Leitura, o povo apavorado coma as manifestações pavorosas do poder de Deus que acompanhava sempre os fenômenos da natureza quando Deus falava face a face com Moisés, pede a Deus um intermediário que lhes comunique Sua Palavra, tanto medo incute o poder, a força e a majestade de Deus, ao ponto de a Biblia afirmar que ninguém pode ver a Deus e permanecer vivo. De fato, Deus é tão imenso, belo e poderoso que nosso ser não suportaria Magestade, nosso corpo se desintegraria no mesmo instante que O Visse, fazendo-se, por isso, depois do pecado original, a morte na qual a alma, puro espírito como Deus se desprenda do corpo antes de se comparecer na Presença do Juiz ou que o corpo seja glorificado no dia do Juizo Final antes do momento em que O Juiz se tornará a recompensa para todos quantos, como na Segunda Leitura, foram solícitos com as coisas do Senhor.

Continuando, a Primeira Leitura afirma que Deus atendeu ao pedido do povo e sabemos de fato que foram muitos os profetas antes que chegasse o Profeta por excelência, Jesus, que, com Sua vida nos ensina que a missão de todo profeta é não só de anunciar A Verdade e denunciar a mentira e as injustiças, como também de tornar presente e alastrar o Reino que Ele veio inaugurar, com a eficácia da Palavra de Deus e com o testemunho da própria vida, o Reino que Ele veio inaugurar.

Todo batizado, é portanto chamado a ser profeta pois foi configurado a Cristo, Profeta, Sacerdote e Rei, mas dentre os Batizados Deus escolhe profetas para se destacarem dos outros por uma vida celibatária como a de Cristo, que é um constante anuncio de que esta vida é passageira, preparação para a outra vida, a eterna, onde "não nos casaremos nem nos daremos em casamento, pois seremos semelhantes aos anjos do Céu" (mt.22,30), ou seja, seremos assexuados porque o que no sexo é fome de complemento aqui na terra, lá será saciedade de comunhão e Deus nos preencherá de tal maneira que todas as pontes de que aqui necessitávamos para, pela comunhão nos sentirmos completos, cessarão quando Deus será tudo em todos.

Assim, a Segunda Leitura, nos fala dos consagrados, "eunucos por causa do Reino do Céu"  que, no contexto de hoje podem ser considerados os profetas destacados por Deus para que, com a Sua própria vida sejam uma profecia viva da vida eterna.

Se a missão do profeta é fazer acontecer na terra o Reino de Deus, faz parte integral de sua missão libertar tudo e a todos da tirania de Satanás que veio para roubar o que é do Criador, mas que já resgatou tudo pelo preço de Seu Sangue, lembrança constante que devemos ter para não cairmos nem no pecado venial, porta do pecado mortal que nos liga ao Maligno.

É por isso que Cristo, na oração que nos ensinou faz nos pedir constantemente: "livrai-nos do mal" pois embora já tenha derrotado o maligno na cruz, este, tem muito poder no mundo a começar do coração daqueles que, ao pecar rejeitam a comunhão com Deus que Cristo veio restabelecer ao sofrer em Si todas as consequências do pecado, máxime, a morte.


A PALAVRA DO FUNDADOR: 22° DOMINGO COMUM ANO B


VOCAÇÃO: CHAMADOS E ENVIADOS POR DEUS
POR: PE. TARCISIO AVELINO, TF
As Leituras deste domingo nos apresenta o exemplo do chamado de  André e do Profeta Samuel para nos ajudar a refletir sobre o tema VOCAÇÃO, que significa CHAMADO.
Deus chama sempre: nos chamou, primeiro, à vida, em segundo lugar chama todos à santidade, especialmente os batizados que são aqueles que tomaram consciência do chamado divino de ser seguidor de Cristo e a Ele aderiram tendo como programa de vida aquilo que Cristo mesmo nos apresenta como norma de vida que pode se resumir nesta frase: "sede santos como O Vosso Pai Celeste é santo". Em terceiro lugar Deus nos chama cada um a um estado de vida diferente, matrimonial, sacerdotal, celibatário  ou celibatário consagrado e, em quarto lugar, segundo o estado de vida de cada um Deus nos chama a missões específicas na Igreja e no dia dia de nossas vidas.
No entanto é difícil escutar a voz sutil de Deus que chama de diversas formas ou por sonhos, visões, revelações, mas principalmente Ele nos chama nos acontecimentos corriqueiros de nossas vidas, sendo necessário, mesmo que o chamado seja feito de forma deistinta que a Igreja reconheça e interprete essas inspirações divinas, como por exemplo, a vocação de Samuel que aparece na Prieira Leitura que só pôde ser compreendida com a ajuda do sacerdote Eli.
Outro exemplo típico temos a vocação dos primeiros discípulos de Cristo que não receberam diretamente de Deus seu chamado, mas, por meio de João Batista que lhes aponta Aquele que chama e ao qual unicamente devemos servir.
Comove-nos neste Evangelho, nãos somente o absoluto desinteresse de João em sua missão de ser voz que prepara os caminhos do Senhor, quando aponta o Cordeiro de Deus e convida seus discípulos por ele preparados, a seguir O Único Mestre. Comove-nos também a atitude de André que, apenas reconhecendo em Cristo o Messias esperado não hesita em conduzir a Ele seu irmão Simão Pedro.
Enquanto a pessoa não descobre qual é a sua vocação, ou seja, sua missão no mundo, não encontra a felicidade e a paz interior, pois não encontra o sentido de sua vida, sendo assim necessárias algumas disposições para se acolher e discernir o chamado e Deus como por exemplo a prontidão, a disponibilidade,e o desejo de conhecer e seguir o Senhor.
Cada cristão, segundo o seu estado de vida é vocacionado ao seguimento de Cristo, à santidade e ao apostolado.
A santidade que é a vocação e todo batizado significa separados do mundo para Deus, mas não para se fecharem para o mundo, mas para que, como João e André possamos conduzir a todos do mundo para Cristo, por isso, por sermos santos, ou seja, consagrados a Deus pelo Batismo, não nos pertencemos mais, como lemos na Segunda Leitura, fomos comprados pelo alto preço do Sangue de Cristo e devemos glorificar a Deus com o nosso corpo, do contrário, feitos, pelo Batismo membros do corpo de Cristo que é a Igreja, se pecamos, prejudicamos todo o corpo de Cristo do mesmo modo que faz sofrer o corpo inteiro quando um membro do corpo humano adoece.
Cristo foi chamado de Cordeiro de Deus porque se ofereceu Ao Pai como vitima de expiação pelos nossos pecados mas não uma vítima qualquer e sim um cordeiro que são animais tão dóceis que nem quando levados à morte não relutam.
Como batizados devemos também nos oferecer a Deus como vitimas  pela salvação do mundo que devemos reconduzir Ao Pai por Cristo, oferecendo-nos em holocausto de reparação pelos pecados do mundo e pela conversão dos pecadores pois, embora Cristo tenha pago o preço dos pecados do mundo inteiro, só pode disponibilizar os frutos de sua redenção para o pecador arrependido ou por aqueles pecadores que se abrem para Sua graça devido a oração e sofrimentos dos cristãos oferecidos Ao Pai por seu resgate.

"Vinde e vede" ou seja segui me e observai, ou contemplai e imitai-me é o convite, o chamado de Cristo a todos nós que lemos no Evangelho de hoje, se obecermos seremos pescadores de homens ou seja, com nossa vida atrairemos muitos a Essa Luz que dá sentido à vida de todos os que andam nas trevas, eis a vocação comum de todo cristão.
A PALAVRA DO FUNDADOR: HOMILIA DO BATISMO DO SENHOR
O BATISMO DE JESUS E O NOSSO BATISMO
POR PE. TARCISIO AVELINO, TF

Jesus que se submeteu a todas as Leis de Moisés e de seu tempo, ensinando-nos, com Sua vida a virtude contrária ao vício da desobediência pelo qual entrou o mal no mundo também se deixa batizar por João Batista num gesto de total solidariedade com a humanidade pecadora, santificando as águas nas quais seriam batizados os que seriam Seus discípulos, membros do novo povo que vem inaugurar, a Igreja, que, a partir daí se alastraria por todas nações e em todos os tempos até o fim do mundo.
O Batismo de Jesus é o principal testemunho que O Pai deu de Seu Filho, fazendo ouvir Sua voz dizendo: "Eis o meu filho amado no qual ponho todo o meu agrado", revelando o que aconteceria com todos os que aceitassem o novo Batismo que Ele vem inaugurar, pelo qual apaga o pecado original em nossa alma e nos imprime o sinal dos membros de Sua Igreja, a cruz na qual Cristo pagou o preço de nossos pecados, fazendo-nos filhos de Deus.
Se o Batismo de João era um Batismo de arrependimento dos pecados o que Cristo vem inaugurar é um Sacramento pelo qual a redenção operada na cruz opera em nossa alma apagando não só nossos pecados mas cancelando também toda pena merecida por eles, uma vez que Cristo já pagou todas nossas dívidas com o preço de Seu Sangue, por isso a Primeira e a Segunda Leituras profetizando o Messias como Servo Sofredor que viria tirar os pecados do mundo apresenta-nos Sua Missão que é a missão de todo batizado. Na Primeira Leitura temos: 1. A missão de libertar o povo de toda escravidão indicando-nos que Cristo é O Messias ao qual havia sido profetizado que caberia essa missão;2. A missão de estabelecer a justiça na terra, mostrando que Ele é o único  Sacerdote por excelência já que a missão dos sacerdotes como lemos na carta de S. Paulo aos Hebreus era a de ser um intercessor, uma ponte entre Deus e o povo, oferecendo sacrifícios em expiação dos pecados do povo. De fato, Cristo é o único Ser que tem duas naturezas ao mesmo tempo, a divina e a humana, podendo ser não somente o perfeito intercessor, mediador entre Deus e os homens, como também a única vítma perfeita capaz de saudar as dívidas que toda a humanidade já contraiu e contrairá com Deus até o fim do mundo. E finalmente temos na segunda Leitura a missão de Profeta quando lemos que Cristo foi enviado para anunciar a Boa Nova, já que a missão dos profetas além de denunciar e combater as injustiças era, principalmente a de anunciar A Verdade que desmascara toda injustiça.
Assim, o batismo de Cristo é o nosso Batismo pois santifica as águas nas quais teriam o novo nascimento pelo qual passaria todos os que aderissem a Cristo e celebrar O Batismo de Cristo é celebrar a inauguração do novo povo de Deus a Igreja na qual a porta de ingresso é justamente esse Sacramento que torna operante em cada batizando a redenção operada na cruz apagando em nós a mancha de Satanás, o pecado original e marcando em nossas almas o sinal pelo qual Cristo, O Filho unigênito nos fez filhos de Deus.

Portanto, a celebração do Batismo de Jesus leva-nos, diretamente a uma séria reflexão pois na Segunda Leitura S. Pedro resume toda a vida de Jeusus dizendo que Ele, ungido como O Espírito Santo "andou por toda a parte fazendo o bem", eis a missão de todo aquele, que, pelo Batismo se fez discípulo de Cristo.
A PALAVRA DO DO FUNDADOR: HOMILIA DA EPIFANIA DO SENHOR

VIMOS A SUA ESTRELA E VIEMOS ADORAR O SENHOR
POR: PE. TARCISIO AVELINO, TF
A Segunda Leitura nos põe de cheio dentro do significado da Epifania do Senhor, dizendo que os pagãos são admitidos à compreensão do mistério da manifestação de Deus ao mundo e Epifania significa justamente isso, a manifestação de Deus ao mundo, em círculos concêntricos que foram se alargando cada vez mais começando por Maria e José, depois aos pastores e hoje, Maria expõe seus filhos aos magos vindo do Oriente como representantes de todas as nações, os primeiros de uma fila interminável que, como lemos na Primeira Leitura chega de todos os lados do mundo há mais de dois mil anos trazendo suas riquezas para aquele pedacinho de chão no qual Deus escolheu pisar a terra de nosso planeta, de fato, quem vai à Terra Santa pode perceber os templos riquíssimos revestidos de pedras, tapeçaria, riquezas vindas de todas as nações para construir Igrejas em honra dos mistérios de Nosso Salvador que lá viveu encarnado, identificado com a humanidade que viera redimir.
Mas O Evangelho da festa de hoje nos apresenta vários elementos que podemos tomar como as várias atitudes que somos convidados a tomar diante deste Deus que se Encarnou e se MANIFESTOU ao mundo:
1.  A atitude dos reis magos que, apenas vendo o aparecimento da estrela e interpretando este fato como o nascimento de um Rei-Deus seguem-na sem titubear, perseverantemente, não desanimando nem mesmo quando ela desaparece no palácio de Herodes, alegrando-se imensamente quando veem na novamente ao sair do palácio. Aqui devemos imitar a sua fé perseverante que não desanima nem mesmo quando o mundo cruel e assassino com suas densas trevas ocultam o brilho da estrela que nos mostra o caminho que é nossa fé como também pode, esta estrela representa o testemunho dos santos e dos cristãos autênticos de todos os tempos que são, como o foi S. João Batista, setas a nos apontar O Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.
Para São Beda – como para os demais Doutores da Igreja que falaram deles – os três representavam as três raças humanas existentes, em idades diferentes. Neste sentido, eles representavam os reis e os povos de todo o mundo.

Também seus presentes têm um significado simbólico. Melquior deu ao Menino Jesus ouro, o que na Antiguidade queria dizer reconhecimento da realeza, pois era presente reservado aos reis. 

Gaspar ofereceu-Lhe incenso (ou olíbano), em reconhecimento da divindade. Este presente era reservado aos sacerdotes.

Por fim, Baltasar fez um tributo de mirra, em reconhecimento da humanidade. Mas como a mirra é símbolo de sofrimento, vêem-se nela preanunciadas as dores da Paixão redentora. A mirra era presente para um profeta. Era usada para embalsamar corpos e representava simbolicamente a imortalidade.
2. Somos também convidados a imitar o exemplo da Estrela de Belém que, com seu brilho e movimento indica o local onde está Jesus, no sentido do que dissera o próprio Jesus: "Assim, brilhe a vossa luz para que vendo vossas boas obras glorifiquem O Pai que está no Céu". (Mt.5,16) significando que nossa vida deve ser um testemunho luminoso que atraiam muitos para Cristo que, requer uma busca constante de coerência de nossa vida com nossa fé, nos mínimos detalhes que se expressa pelo significado de cada oferta oferecida pelos magos a Jesus. Vejamos:
3. A atitude dos dons oferecidos pelos magos, ou seja, deixar-nos oferecer ao Pai por Cristo em Cada Missa Celebrada, na patena elevada no altar como nos recomendou S. Paulo: "Oferecei-vos a Deus como hóstia pura, sem mancha" (Rm.12) Assim, vejamos:mDevek0smser como o  ouro que simboliza a realeza é a virtude da Caridade que é o Primeiro e o Segundo mandamentos, que, conforme disse Jesus perfazem o cumprimento de toda A Lei de Deus. Simboliza simboliza toda nossa vida vivida por amor a Deus e ao próximo, oferecida a Deus como oferta a Ele agradável.
Devemos ser também como o incenso, e oferecer não somente nossa oração mas nossa vida inteira, nosso ser transformado numa oração constante de agradecimento a Deus por nossa piedade que despertará sempre nos que nos cercam louvor e Ação de Graças a Ele pela nossa conduta.
E, finalmente devemos ser de tal modo penitentes como o foi também S. Joao Batista que provoque nos outros a contrição pelos seus pecados. Isso por uma vida austera e mortificada de silencio e simplicidade.

Assim estaremos não só como os Reis Magos apresentando-nos como oferta agradável a Deus como levando os outros, como o fez a Estrela de Belem, a descobrirem Este Deus que vem a nós como Criança para nos ensinar que é como crianças que devemos ir a Ele.