O FARISEU E O PUBLICANO 
HOMILIA DO  30 Domingo Comum C
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF




Para nos ensinar as características da verdadeira oração o Evangelho de hoje nos traz a Parábola do Fariseu e do Publicano, citando o primeiro e o último lugares ocupados, na escala dos que praticam a religião , na mentalidade do povo de judeu.
De fato, não havia, na mentalidade do povo de Jesus, categoria de pessoas mais religiosas do que os fariseus e o fariseu escolhido por Jesus para a parábola de hoje era uma jóia, dentre os fariseus que ultrapassavam a fidelidedade à obediência aos preceitos de sua religião.
Não havia, também, na mentalidade do povo de Deus, pessoas mais infiéis à religião e por isso mesmo detestáveis do que os publicanos, na maioria das vezes judeus, considerados traidores de seu povo por terem se tornado funcionários do Império Romano que escravisava a nação no tempo de Jesus, na coletoria dos impostos. Ainda por cima, como se não bastasse isso, cobravam acima do estipulado, para se beneficiarem de sua função.
É justamente estes dois extremos de pessoas na escala dos que praticavam a religião que Jesus toma para nos ensinar as características da verdadeira oração que são, segundo o que se pode depreender deste Evangelho: 1. A verdadeira oração deve ser uma oração humilde. Se tomarmos a definição de Santa Teresa: “a humildade é a verdade” entendemos que somente o publicano saiu justificado justamente porque porque só ele se apresentou diante de Deus na verdade do que todos nós somos diante de Deus, pecadores, como lemos em 1Jo1,4: “se dissermos que não temos pecado somos mentirosos e enganamo-nos a nós mesmos, no entanto, se reconhecemos nossos pecados, Deus aí está, fiel e justo para nos perdoar e nos purificar de toda injustiça”. Por isso Jesus conclui dizendo que quem se humilhar será exaltado, porque se humilhar significa se rebaixar, somente se for a humildade em Deus que realmente se rebaixou ao se aniquilar na encarnação para sofrer e morrer por nossa salvação. Quanto a nós a humildade é a verdade de reconhecer que somos, sempre pecadores, ou seja, desobedientes aos Mandamentos de Deus. Nunca conseguimos viver cem por cento fiéis aos mandamentos da Lei de Deus.
2. A verdadeira oração é aquela que em tudo busca a glória de Deus como Paulo que, ao final de sua carreira, reconhece todo bem que fez em sua vida dizendo: “combati o bom combate, terminei minha carreira, guardei a fé”, mas, diferentemente do fariseu, Paulo reconhece que foi apenas instrumento nas mãos de Deus e que foi Deus quem tudo realizou por meio dele dizendo: “ O Senhor esteve ao meu lado e me deu forças; Ele fez que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente, e ouvida por todas as nações; e eu fui libertado da boca do leão”. Ou seja, sempre é Deus quem faz tudo pois “sem mim nada podeis fazer” (Jo.15,5), disse Jesus.
3. A verdadeira oração é aquela na qual nao não me comparo com ninguém pois acabarei me achando melhor ou pior do que o outro, sendo que somos amados por Deus como se fôssemos o único filho que Ele tem, por isso não há termos de comparação nossa com quem quer que seja, já que cada um tem sua história de vida, seus traumas e só Deus sabe porque se comportam de um jeito ou de outro. O fariseu não tinha o direito de se comparar com o publicano porque se torna juiz dele, para afirmar que é melhor do que o outro, no entanto a Palavra de Deus diz: “o homem vê a aparência mas Deus vê o coração”, por isso diz também: “há um só legislador e Juiz. Quem és tu para julgar o teu irmão?”(Tg.4,12) é por isso que Jesus diz que somente o publicano voltou para casa justificado, ou seja, tornado justo, porque somente réus é que podem ser absolvidos ao passo que ao juiz, posição na qual se colocou o fariseu, usurpando a posição que só a Deus é devida, ao juiz cabe absolver. Ele não só não absolveu o publicano, pelo contrário o censurou interiormente, como também, por ter se colocado no lugar dO Juiz e não no seu devido lugar, o de réu, não alcançou a absolvição para si.
4. A verdadeira oração é sincera, não adianta tentarmos usar o bem que fazemos como capa para tentarmos esconder quem somos diante de Deus pois “Nada, em toda a criação, está oculto aos olhos de Deus. Tudo está descoberto e exposto diante dos olhos daquele a quem havemos de prestar contas” (Hb.4,13). Assim, ou me deixou julgar por Deus agora, equanto estou em caminho, ou serei julgado no Juízo final. Então, pe preciso deixarmos que Ele veja nossas misérias agora, já que o médico só pode curar as feridas se a ele as mostramos, é preciso, portanto que não abramos mão nunca do direito que temos de ter um espaço onde podemos ser quem somos na certeza de sermos amados, compreendidos e aceito em toda a verdade do que somos, como lemos em Romanos 7,24: “sou o que sou diante de Deus e nada mais”.

Essas são as posturas que garantem que nossa oração é oração verdadeira e não monólogos, nos quais falamos conosco mesmo diante de Deus, pois toda verdadeira oração é diálogo onde falamos e deixamos que Deus nos responda através do confronto com Sua Palavra. Só assim poderemos ter como garantia o que lemos na Primeira Leitura: “quem serve a Deus como Ele o quer, será bem acolhido e suas súplicas subirão até as nuvens”. Só saberá se se serve a Deus como Ele o quer se se deixar julgar pela palavra de Deus, do contrário, como o fariseu, pensaremos estar agradando a Deus, no entanto, há muito ele já se havia distanciado do único mandamento pelo qual se cumpre todos os demais, o do amor.
XXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM C












O PODER DA ORAÇÃO
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

A Liturgia de hoje gira em torno da importancia da oração perseverante que já nos é dada logo antes da Parábola do juiz iníquo com essa finalidade contada por Jesus: “contou aos discípulos uma parábola para mostrar a necessidade de orar sempre, e nunca desistir” e conta esta parábola na qual mostra um juiz iníquo “que não temia a Deus e não respeitava homem algum” que muda sua atitude em não fazer justiça a uma viúva, não por ter mudado seu coração mas somente para não ser mais importunado pela insistência desta mulher e conclui: “E Deus, não fará justiça aos seus escolhidos, que dia e noite gritam por Ele sem cessar? Será que vai fazê-los esperar? Eu vos digo que lhes fará justiça bem depressa” ao que nós podemos argumentar dizendo, mas comigo e com todas as pessoas que conheço não tem sido bem assim. A gente ora por anos a fio pedindo uma graça e nada de obtermos a resposta!!! Então surge logo a pergunta: Para que então perseverar numa oração insistente se não temos visto acontecer isso que Jesus insinua dizendo que Deus que é amor atenderá sempre a oração que fazemos insistentemente, sem nos deixar esperar? É exatamente sobre isso que eu gostaria de tratar neste momento. Sobre a NECESSIDADE de orar sempre sem nunca desistir. Numa análise de relance sobre essa NECESSIDADE encontrei logo 5 motivos: 1. Deus parece demorar porque o tempo de Deus não é o nosso tempo como lemos em 2 Pedro 3,8 que “um dia para Deus é como mil anos e mil anos como o dia de ontem que passou”. Ou seja, o tempo de Deus não é o nosso por isso não podemos comparar nossos critérios com os de Deus já que os muitos meses e anos que passamos em oração para conseguir alguma graça de Deus deve ser por Ele usado em reparação dos nossos pecados pelos quais teríamos que passar muito tempo no Purgatório. O tempo de Deus é sempre visto em relação à nossa eternidade. 2. A aparente demora de Deus é porque antes de nos conceder o que Ele nos pede Ele tem que preparar-nos para receber o que estamos pedindo porque talvez se respondesse prontamente, rapidamente deixaríamos de recorrer a Ele e nos perderíamos para sempre. 3. A necessidade de orar sempre sem nunca desistir também poderia ser porque a demora de Deus em nos atender seria para que durante o tempo que passamos na oração possamos ir aumentando nossa fé já que a obtemos, bem como todas as graças necessárias para nossa  salvação, somente através da oração pela qual nos tornamos mais aptos a corresponder a todas as graças que Ele não cessa de nos conceder com essa finalidade. 4. O quarto motivo se deve ao fato de que mais importante do que o que pedimos é o tempo que gastamos pedindo já que Deus nos ama tanto que gostaria que orássemos sem cessar, ou seja, qua nunca nos apartássemos de Sua presença, já que quem ama gosta de sempre estar perto daquele que ama e, não tendo ninguém que nos ame mais do que Deus e sabendo que só na hora da necessidade é que nos lembramos de entrar na presença dEle para pedir, então, desejando Ele estar mais tempo conosco, demora em nos atender para que gastemos mais tempo na presença dEle pedindo o que necessitamos. 5.Finalmente, o quinto motivo pelo qual devemos orar sempre sem jamais desistir, mesmo que pareça que Deus demora em nos atender nos é revelado na Primeira Leitura onde vemos que à medida que Moisés mantém os braços erguiddos em preçe a Deus é que Israel vence a batalha. Desde o princípio, depois do pecado original a humanidade se mergulhou numa batalha que só terá fim no Juízo final como dissera Deus à serpente maligna que era o maligno disfarçado para tentar Adão e Eva: “porei inimizade entre a tua descendencia e a que dela nascerá”. Assim como foi pelo pecado que se inciou uma batalha ininterrupta para a humanidade, também é pelo pecado que se iniciam as guerras no mundo e cada que vez que Israel pecava, seu afastamento de Deus o tornava voluntário aos ataques de seus inimigos, a vitória então dependia de seu  retorno a Deus pelo que entendemos que se pelo afastamento de Deus nos tornamos vulneráveis aos ataques do Inimigo, a vitória nos ataques depende de nossa união com Ele que se dá justamente pela oração. Quanto mais tempo passamos em oração mais força teremos no combate, pelo que se fez necessário Moisés interceder pelos que combatiam “até ao pôr do sol”.

No entanto, sabemos que a oração é um diálogo entre o homem e Deus pelo que nos perguntamos que diálogo é esse que nunca ouvimos a resposta de Deus, ao que respondo que ouvimos a Deus sempre que ouvimos Sua Palavra proclamada na Liturgia, ou quando  a lemos particularmente ou quando ouvimos uma boa homilia. É Deus que nos fala. Por isso na Segunda Leitura S. Paulo exorta a Timóteo e a nós que não só recorramos sempre às Escrituras como também que preguemos A Palavra de Deus oportuna e inoportunamente já que “toda Escritura é inspirada por Deus e útil para ensinar para argumentar, para corrigir e para educar na justiça, afim de que o homem de Deus seja perfeito e qualificado para toda boa obra”
Assim, resumindo, a necessidade de orar sempre sem jamais desanimar é que estamos sempre em combate e a Primeira Leitura mostra que não é pelo número de combatentes nem pela força dos mesmos ou  pela força das armas que se obtém a vitória mas pela nossa comunhão com O Todo Poderoso.



 

 12 DE OUTUBRO: NOSSA SENHORA APARECIDA,


RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL
POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

A solenidade da Padroeira de nosso Brasil vem nos ensinar que desde o princípio, pelo mal uso que o homem fez de sua liberedade, escolhendo obedecer outra voz que não a de Seu Criador, que, no Paraíso o fazia plenamente feliz, é uma constante batalha, por isso o livro do Apocalipse que lemos na Segunda Leitura, nos fala de uma mulher vestida de Sol, tendo  a lua sob os pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Essa mulher é a Igreja que recebeu de Deus o poder de vencer todas as ciladas do Maligno prometendo que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mas essa mulher é também Maria pois, assim como a Igreja recebeu de Deus o poder de ligar e desligar na terra e no céu, a lua sob os pes de Maria representa a autoridade de Rainha do Céu e da Terra que Ela recebeu de Deus ao constituí-la Mãe de Seu Filho, e, por consequencia, mae de todos os que Dele viriam a nascer pela graça. Se foi pelo sim de Maria que nasceu um novo povo de Deus pelo nascimento de Seu Filho que veio morrer pelos nossos pecados, dizemos que Maria é nossa mãe não simplesmente por título de adoção, mas de fato, pois ao no-la dar do alto da cruz na pessoa do discipulo amado, figura de todo discípulo de Cristo, Ele está apenas nos informando que, no momento em que está para consumar o Seu Sim ao Pai, morrendo por nós, Ela se torna mãe de todos os renascidos pela graça dAquele que dEla nasceu!
Sim. A Liturgia de hoje vem nos lembrar que desde o início, pelo não da primeira Eva se iniciou para a humanidade uma batalha que só terminará no fim do mundo quando O Filho do Homem vier destruir Satanás “com o sopro de Sua boca”, como lemos também no livro do Apocalipse.
Assim como a vitória de Cristo na Cruz já é nossa vitória conforme lemos em Romanos 8,28, o dragão que persegue a mulher, conforme vemos na Segunda Leitura, é uma perseguição de uma batalha que já está ganha pelo sim de Maria. Desde o Sim que Ela deu Ao Pai no dia da Anunciação que recebera do Arcanjo Gabriel, essa batalha já foi ganha, para todos os que, como discípulos de Cristo a reconhecerem como Mãe.
No entanto, se a Liturgia de hoje vem nos lembrar que nossa vida neste mundo consiste numa batalha, desde o início até o fim, também a Liturgia de hoje nos ensina que nesta batalha não estamos sozinhos pois em todas as nossas vicissitudes temos a Mãe de Deus e nossa sempre ao nosso lado, tão atenta a nossas necessidades a tal ponto que, mesmo antes de recorrermos a Ela, Ela as conhece uma a uma e roga que Seu Filho aja em nosso favor, quanto mais quando a Ela recorremos com fé e insistencia, como nos ensina S. Bernardo que nenhum dos que a Ela recorreram foram decepcionados.
Assim como a Rainha Ester na Primeira Leitura conseguiu junto ao Rei Assuero a revogação  da morte de seu povo  pelo decreto que ele havia publicado, depois de intensa oração e jejum e esmerada preocupação com suas vestes, atraindo assim sobre si o olhar complacente do Rei que a recebeu com agrado, Maria pela Sua constante intercessão como resposta aos filhos que não cessam de recorrer a Ela, conseguiu, aparecendo negra na rede dos pescadores no Rio Paraíba, a libertação para os seus filhos que, por terem nascido negros viviam oprimidos como escravos, por toda sorte de maus tratos e espancamentos. Essa certeza nos é dada pela prontidão com a qual Seu Filho, mesmo não tendo chegado Sua hora, realizou a transformação da água em vinho, a Seu pedido, nas bodas de Caná como lemos no Evangelho.

Que os católicos jamais se esqueçam de recorrer a Deus por Maria, já que é por meio dEla que Ele escolheu nos conceder todas as graças no Seu Filho Jesus. Amém.
FÁTIMA
Quase cinco séculos antes das aparições, prenúncio do triunfo de Fátima

No século XV, o Céu revelou a esplêndida vitória de Nossa Senhora de Fátima. Assim como a investida do Islã foi esmagada em terras lusas na época da fundação de Fátima, os "erros da Rússia" serão vencidos em nossa época.


Luís Dufaur

No remoto dia 16 de outubro de 1454, no Mosteiro de Santa Maria Madalena das religiosas dominicanas de Alba, no sul de Turim, Itália, Soror Filipina agonizava.
Em torno do leito dessa dominicana de santa vida, tinha-se reunido toda a comunidade religiosa, acompanhando-a com as orações pelos moribundos. Estavam presentes a abadessa e fundadora do mosteiro, Bem-aventurada Margarida de Sabóia, e o confessor das religiosas, Pe. Bellini. Todos eles foram testemunhas do fato extraordinário que então se passou. Os presentes lavraram um documento que, através de diversas vicissitudes históricas, chegou até nossos dias, endereçado "àquelas pessoas que nos anos futuros lerão estas folhas".(1) Há quatro anos, em 2000, as próprias dominicanas de Alba publicaram os documentos relativos ao caso.(2)
Prenúncio dos "erros da Rússia" de 1917
Nossa Senhora advertiu os homens em 1917 contra os "erros da Rússia". Acima, ilustração representando o assassinato da família imperial russa pelos comunistas.
"Aconteceu - diz um dos documentos - que durante a agonia ela [Soror Filipina] recebeu do Céu uma magnificís­si­ma visão ou revelação, durante a qual, diante do Padre Bellini, da Abadessa Fun­dadora e de todas as monjas, manifestou em alta voz coisas ocultas. [...] Raptada por uma alegria celeste, voltando o seu olhar para o alto, saudou nomina­­lmente e em alta voz os celícolas(3) que lhe vinham ao encontro, ou seja: a Santíssima Senhora do Rosá­rio, Santa Catarina de Siena, o Beato Umberto, o abade Guilherme de Sabóia; falava de acontecimentos futuros, prósperos e funestos para a Casa Sabauda, até um tempo, não precisado, de terríveis guerras, do exílio de Umberto de Sabóia em Portugal, de um certo monstro do Oriente, tribulação da humanidade, mas que seria morto por Nossa Senhora do Santo Rosário de Fátima, se todos os homens a tivessem invocado com grande penitência. Depois do que, expirou nos braços da prima, a santa nossa Madre Margarida de Sabóia".(4)
Surpreendente advertência em consonância com Fátima
Irmã Lúcia tendo a seu lado o Bispo de Leiria
Sim, em 1454, pouco mais de quatro séculos e meio antes das aparições da Cova da Iria, o Céu desvendou a uma alma de elite o castigo que significaria para o mundo pecador um "monstro do Oriente, tribulação da humanidade", figura que parece bem encarnar os "erros da Rússia" contra os quais Nossa Senhora advertiu os homens em 1917.
Além do mais, indicou um sinal da época em que ocorreria a "tribulação": por ocasião do exílio do rei Umberto II da Itália. Este verificou-se depois da II Guerra Mundial, poucos anos após a Irmã Lúcia tornar público o conteúdo da mensagem revelada em Fátima!
No século XV, a revelação também sublinhava a condição posta por Nossa Senhora em 1917: uma "grande penitência" para o mundo livrar-se do flagelo da"tribulação da humanidade" vinda do Oriente.
Em 1454, como em 1917, o Céu anunciou o triunfo final da Santíssima Virgem. Um dos documentos agora publicados diz que o "monstro do Oriente, tribulação da humanidade", [...]"seria morto por Nossa Senhora do Santo Rosário de Fátima".(5) Num outro documento, lê-se a mesma asserção, nos seguintes termos: "Satanás fará uma guerra terrível, porém perderá, porque a Virgem Santíssima Mãe de Deus e do Santíssimo Rosário de Fátima, 'mais forte que um exército em ordem de batalha', vencê-lo-á para sempre".(6)
Ponte prodigiosa entre o passado e o futuro
Considerando essa visão, inúmeras perguntas afloram ao espírito. Elas são até perplexitantes. Que relação haveria entre o mosteiro das dominicanas, na pequena cidade de Alba, e a então desconhecida aldeia de Fátima, numa época de escassas e incertas comunicações? Como explicar o fato de a Providência ter comunicado com tanta anterioridade o anúncio da intervenção de Nossa Senhora em Fátima, e, entretanto, ter permitido que só se viesse a conhecê-lo no terceiro milênio?
Lendo com atenção os documentos publicados em 2000, encontramos respostas a essas e outras interrogações. Mais ainda. Desponta uma série de acontecimentos históricos, humanos e celestes, que lançam ponte por cima dos séculos. Uma ponte que liga: a) a vocação de Portugal, tal qual desabrochava em seus albores; b) os acontecimentos de 1917; c) nossa época; d) o vindouro triunfo do Imaculado Coração de Maria, anunciado em Fátima.
Como se liga essa trama de acontecimentos?
A dominicana Soror Filipina, de alta nobreza
Castelo de Tomar
Soror Filipina era de estirpe principesca. Seu pai, Felipe II de Sabóia, Príncipe de Acaia, nascera em 1344, e desde jovem teve que defender militarmente seus direitos sobre o feudo paterno. Acabou sendo deserdado pela madrasta, traído e entregue à morte. Foi amarrado com correntes e lançado nas águas gélidas do lago Avigliana, perto da abadia de San Michele delle Chiuse, entre o Piemonte e a Sabóia, em 20 de dezembro de 1368.
Nesse mesmo ano nascia sua filha única, Umberta Felipa, no castelo de Sarre. Ela nunca conheceu o pai. Mas, conhecendo seu terrível destino, tornou-se religiosa, com o fim de obter-lhe a graça da salvação eterna. E para que seu holocausto fosse mais perfeito, entrou em religião sob o nome de Filipina dei Storgi, para não ser objeto de preferências, ocultando seu nome principesco.
Na hora da execução, o Príncipe Felipe havia posto no pescoço uma medalha. Era esta do Bem-aventurado Umberto III (+ 1189), conde soberano da Sabóia e herói na defesa do Papado contra as injustas pretensões do Imperador Frederico Barbarroxa. Um antepassado seu, portanto.
Quando o corpo de Felipe desapareceu sob as águas, os assassinos fugiram. Porém, por inverossímil que pareça, o príncipe não morrera. Por um milagre - que ele atribuía à medalha do Beato Umberto -, voltou à tona sem ser visto por ninguém. Partiu então para o exílio, levando desde então vida de penitente. Usando um pseudônimo, peregrinou pelos santuários da França, Suíça e Espanha. Até que chegou... a Fátima, em Portugal.
Por que Fátima? O que havia lá?
Fátima: terra mariana e de Cruzada
Sob o reinado de D. Dinis (no circulo com sua esposa, a Rainha Santa Isabel), a Ordem de Cristo viria estabelecer-se em Tomar (foto abaixo), no castelo que fora da Ordem dos Templários.
Os documentos agora publicados mencionam "uma igreja numa cidadezinha que se chama Fátima, edificada por uma antepassada de nossa Santa Fundadora Margarida de Sabóia, Mafalda rainha de Portugal".(7)
A rainha Mafalda (+ 1157) foi esposa de D. Afonso Henriques (1128 - 1185), fundador do reino português. Ela era filha de Amadeu III da Sabóia (+ 1148), Conde do Sacro Império Romano Alemão, falecido na 2ª Cruzada, e irmã do Beato Umberto, a quem o príncipe devia a vida. Era também uma antepassada do príncipe em desgraça.
A região de Fátima e vizinhanças fora conquistada aos mouros pela espada do rei D. Afonso. A seguir, este rei precisou garantir o povoamento e o controle da área conquistada, porque as incursões maometanas eram contínuas. Por isso D. Afonso, com a participação de Da. Mafalda, concedeu grandes extensões dessas terras a duas ordens religiosas de escol, além de outorgar castelos a nobres portugueses, paladinos da Reconquista.
Uma foi a Ordem de Cister (cistercienses), fundada por São Bernardo de Claraval, o grande apóstolo marial da Idade Média e primo do rei. Os cistercienses erigiram a célebre abadia de Santa Maria de Alcobaça, berço da cultura lusitana, a menos de 40 quilômetros a oeste de Fátima.
A outra foi a Ordem do Templo (templários), ordem militar de cavalaria constituída também sob o influxo de São Bernardo, para defender a Terra Santa. Após polêmica proibição, os templários foram expulsos da Europa e se refugiaram em Portugal. Seu quartel-general estava localizado em Tomar, aproximadamente a 30 km a leste de Fátima. Em 1318, sob o reinado de D. Diniz, transformou-se no quartel-general da Ordem de Cristo. A cruz dos Templários-Ordem de Cristo figurava nas velas das naus de Pedro Álvares Cabral, o descobridor de nosso País. Essa cruz foi a insígnia que tremulou, durante os primeiros anos de nossa história, nos estandartes e bandeiras da Terra de Santa Cruz.
Região de batalhas em prol da Cristandade
Batalha de Aljubarrota
Esse conjunto de fatores explica por que Fátima e circunvizinhanças estavam profundamente impregnadas pela irradiação marial cisterciense e pelo espírito de cruzada templário, que emanavam dos dois grandes pólos abaciais: Alcobaça e Tomar. Tal irradiação redundou na construção de múltiplas fortalezas da Ordem do Templo e abadias, igrejas e capelas dedicadas a Nossa Senhora, em plena época de cruzadas. "A luta contra o Islã - confirma o Cônego Barthas - continuou ao longo de todo o século XII. Vários dos belos feitos de armas que fizeram de Portugal o cavaleiro da Cruz contra o Crescente se desenrolaram na região que circunda Fátima".(8)
Fátima estava localizada num cruzamento das rotas que ligavam os castelos de Leiria, Tomar, Santarém, Ourém e Porto de Mós, percorridas por reis, nobres e cavaleiros templários. Uma velha tradição, ainda viva em 1917, contava que, passando o Beato Nun'Álvares Pereira por Fátima em 1385, seu cavalo "teria ajoelhado e, à vista disso, D. Nuno teria dito: 'aqui há de dar-se um grande milagre'".(9) Na Serra de Fátima, o bem-aventurado condestável teria planejado a histórica batalha de Aljubarrota, que garantiu a independência de Portugal.
Na origem da cidade de Fátima figura um pequeno mosteiro erigido por cistercienses vindos de Alcobaça.(10)

 Daquele cenóbio só restam os fundamentos, que servem de base para a atual igreja paroquial, erigida no século XVIII. As tradições locais também fazem numerosas referências a antigas capelas junto às quais moraram outrora ermitões com fama de santidade.
Além do mais, a rainha Mafalda incentivou a criação de numerosas abadias e igrejas em outras localidades do reino, várias das quais ainda existentes.
Qual delas teria sido "a igreja construída por Mafalda (ou Matilde) de Sabóia, irmã do Beato Umberto e primeira rainha de Portugal, em honra e por devoção à Santíssima Virgem, no lugar chamado 'Rocha de Fátima'", que Felipe foi visitar, e de que falam os documentos?(11)
É difícil dizê-lo. Ficamos aguardando esclarecimentos que as pesquisas históricas possam trazer.
Morte do Príncipe Felipe sem encontrar a filha
Duquesa de Mântua, Margarida de Sabóia-Gonzaga, regente de Portugal em 1638
O fato é que o Príncipe Felipe, após anos de ausência, voltou para a sua terra natal. Apresentou-se primeiro ao bispo de Tarantasia, D. Eduardo de Sabóia (+ 1395), seu tio. Depois iniciou a procura de sua filha, dissimulado sob pseudônimo.
Os anos passaram-se. As rugas surgidas na face, as roupas de mendigo, nada lembravam em Felipe o jovem e temido chefe de armas que outrora fora. Ninguém o reconheceu. E sua procura foi infrutífera, apesar de visitar casas de familiares. Entre elas a da sua sobrinha, a Bem-aventurada Margarida de Sabóia-Acaia.(12) Na última vez que esteve com ela, em dezembro de 1418, desvendou-lhe sua verdadeira identidade, narrou-lhe o milagre na hora da execução e a vida posterior. Por fim, confiou-lhe a sua mais preciosa relíquia - a medalha do Beato Umberto -, pedindo que a entregasse à sua filha, caso ela aparecesse.
"Uma vez feita esta extrema revelação - diz um dos documentos -, por disposição divina, ele expirou na noite seguinte na igreja de São Francisco, sobre o sepulcro do irmão Ludovico de Sabóia, enquanto ansiava voltar ao túmulo do Beato Umberto em Altacomba".(13-14)
Holocausto aceito e o prenúncio de Fátima
A Beata Margarida ficou com a medalha. A filha do Príncipe Felipe tinha, juntamente com sua genitora, desaparecido havia muito tempo. Na realidade, ela entrara"junto com a mãe no mosteiro Santa Catarina de Alba, tomando o nome de Soror Filipina, pelo pai que ela acreditava morto".(15)
Anos depois, a Bem-aventurada Margarida foi a Alba. Ali fundou o mosteiro de Santa Maria Madalena. Certo dia, Soror Filipina pediu sua transferência para o novo mosteiro. Tinha para isso uma autorização do Papa Nicolau V, datada de 16 de janeiro de 1448. Mas apenas na hora da morte confessou à abadessa ser sua prima. Também foi só nesse momento que Soror Filipina tomou conhecimento, por meio da Beata Margarida, da virtuosa morte de seu pai, por cuja salvação oferecera sua vida religiosa, assim como da passagem dele por Fátima. E enlevada, recebeu a milagrosa medalha.
Soror Filipina passou toda a sua vida na ignorância da aceitação de seu sacrifício. Na hora da morte, a admirável arquitetonia de sua vida se lhe apresentou de modo fulgurante. Mais ainda, o Céu premiou-a com a visão do triunfo futuro de Nossa Senhora sobre "um certo monstro do Oriente, tribulação da humanidade",[...] que seria morto por Nossa Senhora do Santo Rosário de Fátima, se todos os homens a tivessem invocado com grande penitência".(16)
Providencial conservação dos documentos
Uma velha tradição narra que o Beato Nun'Álvares Pereira, na serra de Fátima, teria dito: Aqui há de dar-se um grande milagre". Naquele mesmo lugar, ela teria planejado o histórico batalha de Aljubarrota
A história, entretanto, não termina aí. Como foi dito, em 1454 todos os presentes lavraram documento para a posteridade, narrando a portentosa visão de Soror Filipina.
Dois séculos depois, em 1638, o Padre Jacinto Baresio O.P. publicou uma história da nobre família Sabóia, a pedido da Duquesa de Mântua, Margarida de Sabóia-Gonzaga, então vice-rainha (regente) de Portugal. Na hora de escrevê-lo, o Pe. Baresio analisou a crônica de Soror Filipina e julgou que o episódio da execução do príncipe Felipe poderia macular a reputação da dinastia. Então simplesmente queimou-a...
Porém, assim que ele partiu, a abadessa e as mais antigas religiosas do mosteiro, que tinham lido o original, reconstituíram seu conteúdo, rubricando cada uma o texto em sinal de autenticidade, em 7 de outubro de 1640.
Em 1655, uma religiosa que só anotou suas iniciais deixou mais um documento escrito, confirmando tudo quanto dizia o anterior, nos seguintes termos:
"Dizem as memórias escritas que lá, na Lusitânia, há uma igreja numa cidadinha que se chama Fátima, edificada por uma antepassada de nossa Santa Fundadora Margarida de Sabóia, Mafalda rainha de Portugal e filha de Amadeu terceiro de Sabóia, e que uma estátua da Vir­ge­m Santíssima falará sobre acontecimentos futuros muito graves, porque Satanás fará uma guerra terrível; porém perderá, porque a Virgem Santíssima Mãe de Deus e do Santíssimo Ro­sá­rio de Fátima, 'mais forte que um exército em ordem de batalha', vencê-lo-á para sempre".

A. D. 1655. São Domingos, te confio estas folhas.

Soror C. R. M."(17)

No século XIX, nova visão confirma o anúncio
Caravelas com a Cruz da Ordem de Cristo, como as do descobrimento do Brasil
Mas também estes outros manuscritos caíram no esquecimento. Em boa parte devido às perseguições religiosas, que por duas vezes fecharam o convento das dominicanas de Alba.
E assim transcorreram mais dois séculos. Até que em 1855(18) a então Abadessa Benedita Deogratias Ghibellini"recebeu a revelação, de uma alma santa, do conteúdo daquela crônica desaparecida e o confiou verbalmente à sua sucessora, com a obrigação de transmiti-la, sempre em segredo e não publicamente, até que se tenha verificado cada coisa".(19)
Em 22 de maio de 1923, a Priora Madre Stefana Mattei comunicou o segredo a Soror Lúcia Mantello. Esta fez um breve estágio nas dominicanas antes de se tornar religiosa salesiana. Ela não teve em mãos os antigos documentos, e apenas transcreveu esta outra revelação transmitida por cada abadessa à sua sucessora, e que fazia referência às crônicas que estavam desaparecidas.
Nos apontamentos esquemáticos de soror Lúcia, lê-se:
"Uma antiqüíssima crônica do Mosteiro narrava a visão de Soror Filipina dei Storgi [...]. Soror Filipina moribunda (16 outubro 1454) tem uma visão (a Beata e as freiras estão presentes) [...]. ­Personagens da visão: Nossa Senhora do Rosário, São Domingos, Santa Catarina de Siena, o Beato Umberto, o abade Guilherme de Sabóia-Acaia: todos vêm ao encontro. Depois, após uma interrupção, um olhar no futuro: [...] Umberto II no exílio em Portugal; [...] Nossa Senhora de Fátima salvará a humanidade [...]. Amém!"(20)
Quando os documentos de séculos anteriores foram reencontrados, a concordância entre eles serviu de preciosa prova recíproca da autenticidade de ambas as revelações.
Confirmações posteriores do triunfo da Virgem
No Ocidente, os erros da Rússia acarretam todo tipo de calamidades. Uma delas, muito atual, pode ser considerada o terrorismo islâmico que efetuou o atentado contra o edifício do T.C., em Nova York
Os documentos que aqui analisamos dão uma idéia da imensidade do plano que a Providência tem a respeito de Fátima. Iniciou esse plano por ocasião da fundação do Reino de Portugal, e o foi preparando ao longo dos séculos. Além do mais, foi comunicando-o a certas almas muito queridas por Maria Santíssima. Elas ficaram como testemunhas, para nos reconfortar neste tempo do auge da tribulação. E nos dizem, através de uma narração providencial, que no final, contra todas as aparências em sentido contrário, o maligno será derrotado e Nossa Senhora triunfará!
Hoje, o "monstro do Oriente, tribulação da humanidade", revelado a Soror Filipina, desencadeia suas mais "terríveis guerras". Com efeito, no Ocidente os "erros da Rússia" causam revoluções, lutas de classe, invasões de toda espécie; e a onda de imoralidade e irreligião que devasta as sociedades, a família, a cultura e até a ordem eclesiástica. No Oriente, esses mesmos erros penetraram até no mundo maometano e de acordo com o artigo A verdade sonegada sobre o fundamentalismo islâmico, de nossa edição de novembro/2001, deram origem em profundidade, ao fundamentalismo islâmico, que hoje aterroriza o mundo inteiro. O mesmo Islã, que na região de Fátima fora esmagado, volta agora com furor redobrado pela ação do vírus revolucionário.(21)
Porém, quanto mais iminente parece a instauração do caos final, contra toda verossimilhança humana e natural dar-se-á a vitória do Imaculado Coração de Maria, conforme a promessa de Nossa Senhora em Fátima, em 1917. Dela participarão os homens que, tocados pela graça, fizerem penitência e tenham uma grande conversão.
Admirável entrelaçamento de fatos históricos
Os fatos ligados ao local escolhido por Nossa Senhora apresentam-nos um ideal de devoção a Ela e de excelência de Civilização Cristã, sob o signo da Cruz e da espada. Fátima é terra de eleição da Virgem Santíssima e, por isso mesmo, terra de cruzada.
A história do príncipe Felipe de Sabóia-Acaia e de sua filha soror Filipina fala-nos da beleza e da grandeza de duas formas de penitência. Uma, a do pecador. Outra, a do inocente. Os dois trilharam a via da penitência, em meio aos acontecimentos mais inverossímeis. No fim, os inverossímeis, aceitos com coração contrito e humilhado, deram num superior acerto.
Os fatos históricos ligados ao local escolhido por Nossa Senhora apresentam-nos um ideal de devoção a Ela e de excelência de Civilização Cristã, sob o signo da Cruz e da espada. Fátima é terra de eleição da Virgem Santíssima e, por isso mesmo, terra de cruzada.
Tendo esse panorama histórico como fundo de quadro, compreende-se que a penitência e a conversão colocarão a humanidade arrependida na trilha dos séculos de fé e de heroísmo em que Fátima nasceu. Ou seja, uma época na qual um São Bernardo pregava as excelsitudes de Maria e exortava ardentemente à cruzada; em que um D. Afonso Henriques, nobres e templários conduziam à vitória o estandarte da Cruz, derrotando a então soberba islâmica. E mais tarde seus sucessores, atravessando os oceanos, aportaram com o estandarte da Cruz, estampado nas velas de suas embarcações, em lugares distantes como o Brasil, cujo primeiro nome foi Terra de Santa Cruz.
XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM C




SE TIVERDES FÉ
POR: PE. TARCISIO AVELINO, TF
 O PODER DA FÉ
A  Liturgia de hoje nos ensina sobre o poder da fé mostrando que mesmo que seja pequenina como um grão de mostarda que é segundo a Bíblia o menor de todos os grãos mas que torna-se a maior de todas as hortaliças.
Sabemos que a fé é um dom de Deus que recebemos no dia do Batismo, ora, também sabemos que Deus não é mesquinho e que não faz nada imperfeito, por isso não poderia de modo algum nos dar uma fé insuficiente para realizarmos tudo o que precisamos com ela, então a conclusão que tiramos é que se Cristo compara a fé como o menor dos grãos não é para dizer que é possível que alguns a tenham tão pequena mas para mostrar que não importa o tamanho de nossa fé o que importa é termos fé porque por menor que ela fosse podemos grandes coisas com ela.
Na Primeira Leitura vemos o que comumente acontece com muitos de nós quando vemos a maldade imperando e o ímpio parecendo sempre triunfar em detrimento do justo que não aceita os meios ilícitos para vencer na vida. O profeta Habacuque queixa-se a Deus: “Senhor, até quando chamarei sem que me atendas. Porque me fazes ver iniquidades quando Tu mesmo vês a maldade?” Deus lhe responde: “Escreve esta visão (...) refere-se a um prazo definido (...) se demorar espera, pois ela virá com certeza, e não tardará. Quem não é correto vai morrer, as o justo viverá por sua fé”. Deus pede que não desanimemos mas que creiamos que Ele está no controle de tudo. De fato o salmo 120 diz que não dorme nem cochila Aquele que te guarda e te vigia. Então se “Deus é amor” só pode permitir o mal para dele tirar um bem como lemos em Romanos 8,27 que “tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. Deus permite o mal para respeitar a liberdade do homem que escolhe viver longe dele que é O Amor, ocasionando então todas as consequencias provocadas pelo ódio e pelo egoísmo mas Deus que já provou em Seu Filho o quanto nos ama e que é fiel, promete que a vitória do mal no mundo, que fez sofrer terrivelmente o Seu próprio Filho encarnado tem um prazo definido que findará no tempo por Ele determinado e que só vai alcançar a vitória de não sucumbir às tentações e viver eternamente aquele que colocar a sua fé em prática, ou seja, o justo.
Mas o que significa colocar a fé em prática? Significa, continuar, mesmo em meios às maiores adversidades, confiando e esperando em Deus. Isso é o que S. Paulo pede ao bispo Timóteo na Segunda Leitura: “Exorto-te a reavivar a chama do dom de Deus que recebeste pela imposição das minhas mãos” Embora, Paulo se refira aqui ao Dom do sacerdócio, podemos aplicá-lo ao Dom da Fé e a todos os dons. Todos os dons devem ser reavivados pelo exercicio constante que deles devemos fazer nas situações que deles necessitarmos ao longo do nosso dia.
Assim o Dom da Fé deve ser exercitado, dizendo às “amoreiras e montes” que bloquearem nosso caminho no dia a dia: “arranca-te daqui e planta-te no mar”. É claro que isso é possível pela fé. Se é possível para um paranormal com a força de sua mente, quanto mais o é possível por aqueles que pela fé se unem ao Deus Todo Poderoso como lemos em Hebreus 4,13: “Tudo posso nAquele que me fortalece” Tudo é tudo, embora a amoreira á qual Cristo se refere aqui seja apenas uma figura bem como os montes que nos textos paralelos a este Evangelho, Ele se refere afirmando também ser possivel transportá-los pelo poder da fé, sejam apenas figuras de exemplos, Ele através disto nos ensina que “Tudo é possível ao que crê” e que justamente porque pela fé nos unimos ao Deus dos impossíveis, não importa o tamanho que ela tenha mas sim o tamanho do Deus no qual a depositamos.

Com a parábola do servo inútil Cristo nos ensina a não nos ensoberbecermos se com nossa fé virmos grandes milagres serem operados através de nós pois quem tudo faz é Deus, somos apenas servos inúteis que nEle depositamos nossa confiança, sempre lembrados que se Ele quer contar conosco não é porque de nós precise mas simplesmente para partilhar conosco a alegria que o Pai sente quando vê um filho regressar  em Sua casa. É isso que Ele quer que façamos com nossa fé, que a usemos para atrair muitos a Ele.

PARAPSICOLOGIA É ACEITA COMO CIÊNCIA?
Embora tenhamos que reconhecer os muitos contributos que os estudos na área de parapsicologia deram para muitos fenômenos tidos como espíritas bem como sobre casas assombradas, etc, temos que salientar que a parapsicologia tem destruído a fé de muitos quando se pretende como ciência, não sendo ainda reconhecida pelo meio científico como tal e se o fosse, não poderia concluir nada corretamente ao embrenhar-se em assuntos do campo da fé que está acima da razão, portanto, não podendo ser estudada por nenhuma ciência e se o pudesse, seria pela teologia. assim, achei oportuno postar aqui as considerações verdadeiramente científicas sobre este assunto.
Deus lhes abençoe. PE. TARCÍSIO

Projeto Ciência e Pseudociências

Parapsicologia 2
            Segundo Albino Aresi “Parapsicologia estuda fenômenos paranormais, tanto subjetivos como objetivos (psigama e psikappa), a fim de comprovar a sua natureza e suas causas agentes, supondo-se que dependem em tudo do próprio psiquismo humano, impressionando pelos sentidos através do cérebro”.
          -     O que são os fenômenos paranormais?
-          Porque ocorrem?
-          Sabe-se como ocorrem?
-          O que é psiquismo humano?
-          E a posição da ciência sobre essa pseudociência?
Para entender-se melhor o conceito acima, é necessário uma pesquisa complexa sobre o assunto, porém, este artigo, constitui-se de uma síntese de vários aspectos da Parapsicologia e da visão científica, que possui o objetivo de apresentar a Parapsicologia e não defende-la.
            Em hipótese alguma pretendemos afirmar a existência da Parapsicologia no mundo científico, e sim a expor, apresentando as divergências entre a mesma e a ciência, cabendo ao leitor definir sua própria opinião em relação a esta pseudociência.
             PARAPSICOLOGIA EM MAIS DETALHES
            As origens dessa pseudociência não podem ser estabelecidas, pois se perdeu na história da humanidade quase todos os documentos que relatem sobre. A sua origem oculta aumenta ainda mais a descrença por parte da Ciência, pois fica difícil crer em algo que não possui origem determinada.
            Muitos parapsicólogos reivindicam o fato da parapsicologia não possuir aceitação devida e ser considerada uma pseudociência dentre o universo científico. Outros representantes vão ainda mais longe. Afirmam que esta é uma ciência já reconhecida.             Mas o que é certo de se afirmar, é que não ocorre a aceitação da ciência com esta e outras pseudociências. Em resumo, a parapsicologia ainda carrega o título de pseudociência.
            Todo estudo que é realizado gira em torno de um objetivo. Portanto, a parapsicologia também possui um objeto de estudo, qual seja, os fenômenos paranormais. Tais fenômenos fogem de toda a normalidade e são inexplicáveis através de um meio natural ou de uma teoria científica. As pessoas que possuem a capacidade de desenvolver estes fenômenos, como a telepatia (leitura de pensamentos ou sentimentos de uma pessoa) são denominadas sensitivas. Existe ainda a hipótese de que esses fenômenos são ocasionados através do inconsciente, uma área do cérebro que é induzida por símbolos.
            Não há muitas experiências que obtiveram resultados capazes de mudar a posição de pseudociência da Parapsicologia. As que tiveram resultados bem sucedidos são de números insignificantes e muitas delas não possuem muita credibilidade, pois foram comprovados muitos atos fraudulentos, o que implica ainda mais a situação indefinida da parapsicologia.
            Os fenômenos, quando comprovadamente fraudulentos, dificultam ainda mais a aceitação da parapsicologia no rol das ciências. A maioria deles são realizados buscando alcançar resultados secundários, quer financeiros, ou para alcançar a fama e nunca em prol da pseudociência estudada.
            Os congressos internacionais de ciência psíquica, nome dado primordialmente à ciência dos fenômenos paranormais, possuíam o objetivo de classificar e denominar para a ciência os fenômenos paranormais, sendo que o primeiro foi realizado em Copenhague, no ano de 1921, o segundo em Varsóvia no ano de 1923 e o terceiro em Paris, no ano de 1927, presidido por Richet, nome importante da Parapsicologia.
            A Segunda Guerra Mundial desviou os interesses. No início da década de 30, o professor Joseph Banks Rhine criou um laboratório de Parapsicologia na Universidade Duke. Rhine foi o fundador da Parapsicologia moderna.
 FENÔMENOS PARANORMAIS
            Os fenômenos paranormais são inexplicáveis cientificamente, pois não possuem teorias que permitam explica-los e não se verificam repetidas vezes. São de natureza desconhecida, contrariam toda a normalidade e ocorrem sem o controle do homem. A hipótese mais aceita é que sejam ocasionados pelo inconsciente, porém, não existem estudos detalhados e seguros que comprovem esta teoria, devido à complexidade desses fenômenos. Alguns fenômenos classificados por parapsicólogos :
            Fenômeno Psi: é um termo técnico sem nenhuma outra intenção senão a de mencionar o desconhecido mecanismo mental, que não só produz efeitos paranormais, como os próprios fenômenos decorrentes desses efeitos.
            Fenômeno Psi-Gamma: são fenômenos subjetivos, não possuindo nenhum detalhe que implique ação no mundo material de forma objetiva.
            Fenômeno Psi Kappa: são fenômenos objetivos. Compreendem a psicocinesia (ação direta da mente sobre o mundo físico), bem como todos os demais fenômenos paranormais que impliquem ação nos objetos do mundo material.
Os principais fenômenos paranormais são descritos a seguir:
            Hiperestesia Direta: hiperestesia significa exaltação. Hiperestésico é que capta e pode manifestar estímulos mínimos. De algum modo, todos somos hiperestésicos, isto é, todos somos capazes de captar com os sentidos, estímulos mínimos. Às vezes estes estímulos ao tão pequenos que o inconsciente não tem modo de reagir e cair na conta da percepção hiperestésica inconsciente. São sensações inconscientes.
            Hiperestesia Indireta (HIP): todos os nossos atos psíquicos, de qualquer espécie, conscientes ou inconscientes, pensamentos, recordações, sentimentos, se traduzem ou são acompanhados por reflexos físicos de diversas ordens. Através deste mecanismo, os pensamentos de qualquer pessoa passam às demais pessoas presentes no mesmo ambiente. Tudo que nós sentimos e imaginamos, passa e não pode deixar de passar às pessoas que estão presentes. Essas pessoas, inconscientemente, captam de uma forma direta os reflexos sensoriais indiretamente os pensamentos ou os atos psíquicos que os provocaram.
            Pantomnésia: além de sábio, o inconsciente não esquece nada. Outra faculdade inconsciente, comum a todo o gênero humano, é chamada Pantomnésia. Por meio da hipnose ou de associações, testes, drogas, etc; o psiquiatra poderá obter, algumas vezes, do inconsciente, recordações que o auxiliem na recuperação dos pacientes. Pela hipnose se chegou, há bastante profundidade do arquivo inconsciente.
            Xenoglossia: é a faculdade que possui o inconsciente de falar línguas. Nosso inconsciente é a maior escola de línguas. Em Xenoglossia prescindimos da fraude. Por uma simples fraude pode-se atrair a atenção, durante anos de muitos sábios como de fato existiram fatos concretos.
            Telergia: Designava a excitação que devem receber os centros motores e sensoriais da pessoa, de um modo mais ou menos direto, que poderíamos chamar telérgico. Os fenômenos parapsicológicos de efeitos físicos, extranormais, sejam quais forem, não seriam mais que exteriorizações e transformações da energia do organismo do dotado: a essa energia fisiológica exteriorizada e transformado para realizar fenômenos parapsicológicos, chamamos de Telergia.
            Telecinesia: a ação parapsicológica sobre objetos distantes, comandados, às vezes, até pela vontade consciente, porém geralmente pelo inconsciente é um fenômeno que, desde a mais remota antiguidade e em todos os povos se atribui a certos dotados.
            Ectoplasmia: conhecemos a telergia que poderíamos descrever como uma força psicofísica exteriorizada. Algumas vezes esta forma está condensada, como já vimos, apresentando-se até visivelmente. Uma força condensada dirigida pela psicobulia e dependente dela, teoricamente poderia ser modelada. Ao menos a telergia visível possui diversas formas.  A exteriorização desta substância, a sua formação externa, maiôs ou menos modelada recebe o nome de ectoplasmia ou, em concreto, ectoplasma. O termo foi criado por Richet. Ectoplasmia designa o fenômeno. Ectoplasma, a substância.
            Fantasmogênese: entendemos por fantasmogênese a produção ectoplasmática de um fantasma inteiro, ao menos aparentemente de pessoa, animal ou objeto. O verdadeiro fantasma não é uma aparição meramente subjetiva, mas tem certa consistência material, porém mais ou menos tênue, mais ou menos transparente, com peso reduzidíssimo em comparação com o peso do modelo reproduzido.
            Precognição: é toda predição real de um acontecimento futuro, através do conhecimento direto do porvir, sem a utilização dos recursos somáticos normais. As precognições, por suas características se enquadram no grupo dos fenômenos paramentais.
            Telepatia: Define-se a telepatia como a “percepção paranormal do conteúdo de um ato psíquico”. A transmissão de pensamento ou a adivinhação do pensamento é só um aspecto da telepatia, não abrangendo todos os tipos de telepatia. O percepiente capta em meu inconsciente, por exemplo, idéias que eu captei inconscientemente em outra pessoa ou na realidade física. O inconsciente de uma pessoa (A) capta algo por telepatia, mas seu consciente não fica sabendo, Uma outra pessoa (B) que está junto com (A) pode captar por simples HIP em (A) o que (A) captou por telepatia.
            Levitação: por levitação designa-se o levantamento – acompanhado ou não – de um movimento de transladação do corpo humano no espaço. Truques de levitação são inúmeros e com várias técnicas de realização. Mas existe a levitação autêntica. Em nenhuma levitação, considerada autêntica, sem truque, é levanta outra pessoa. Só pode levitar-se o próprio dotado. Outra pessoa só será levitada, se o dotado atuar sobre o instrumento onde aquela estiver sentada, como uma cadeira, por exemplo. É que o ser humano pode atuar parapsicologicamente, por força física sobre si mesmo, não sobre outra pessoa. Casualmente suas levitações foram observadas por uma ou mais pessoas. A levitação poderá ser exercida por alavancas ectoplasmáticas apoiando-se no chão. Por essa Teoria mecânica, a gravidade seria equilibrada por uma força igual dirigida de baixo par cima. Por ectoplasma se endente a energia na qual se tenha visto o ectoplasma. Compreende-se que a levitação venha acompanhada por outros fenômenos se estes de devem à telergia. É comum um fenômeno telérgico vir acompanhado de outro também telérgico, por exemplo: telecinesia, acompanhada de luzes (fotogênese), de pancadas (tiptologia), de odores (osmogênese), etc.
            Clarividência: é o conhecimento psigâmico de coisas objetivas, físicas. Diferente da Telepatia, que consiste em conhecer não diretamente a realidade física, mas o conteúdo de um ato psíquico subjetivo: os pensamentos, imaginações, sentimentos ou desejos de uma pessoa.
 INCONSCIENTE E INCONSCIENTE COLETIVO DE JUNG
             Inconsciente
 O inconsciente não é um órgão nem um lugar no cérebro ao ver da ciência, e sim um método de trabalho mental para lidar com informações sem precisar tomar atitude deliberada. Ele é cada vez mais uma ferramenta de trabalho mental que executa tarefas fundamentais. O inconsciente não funciona somente como uma caixa em que se depositam informações para atividades futuras atividades mecânicas.
Inconsciente por Freud
Freud diz que o inconsciente é uma espécie de porão onde fica guardado o que não se quer mostrar, mas que pode revelar seu conteúdo com a ajuda de uma lanterna. Ele acreditava que essa parte de cérebro guardava fatos e sentimentos que o indivíduo na tem coragem de contar para si mesmo, e por isso, esqueceu. Seria o caso de um garotinho com desejo sexual por sua mãe, mas como a sociedade reprime esse comportamento, ele reprime. Segundo a psicanálise, o material inconsciente não fica escondido para sempre, mas também não pode ser recuperado a qualquer momento. Tudo fica trancafiado e só aflora por meios de sonhos, de piadas e atos falhos. Se forem bem interpretados podem revelar pistas dos male que afligem os pacientes.
 Inconsciente Coletivo de Jung 
            Quando Jung estudava os sonhos de seus pacientes ele procurou dedicar-se pelos meios de expressão do inconsciente. Os sonhos pessoais de cada um de seus pacientes os intrigavam pela semelhança dos temas culturais e mitológicos universais, ainda mais quando o paciente não conhecia nada sobre mitos ou mitologias. Essas semelhanças levaram Jung a descobrir que, além do inconsciente pessoal (inconsciente que pertence ao indivíduo, constituído pelos seus desejos e ímpetos infantis reprimidos e por inúmeras experiências esquecidas, exclusivo de cada um) o ser humano possui o inconsciente coletivo.
            O inconsciente coletivo é um estrato do inconsciente mais profundo que o inconsciente pessoal. É o material desconhecido de onde emerge a nossa consciência. É onde estariam as figuras, símbolos e conteúdos arquétipos de caráter universal. Arquétipo é o conteúdo do inconsciente coletivo. Representa também imagens ou símbolos do inconsciente coletivo. 
            Enquanto o inconsciente pessoal consiste fundamentalmente de material reprimido e de complexos, o inconsciente coletivo é composto fundamentalmente de uma tendência para sensibilizar se com certas imagens, ou melhor, símbolos que representam sentimentos profundos de apelo universal, os arquétipos: da mesma forma que animais e homens parecem possuir atitudes inatas, chamadas de instintos, também é provável que em nosso psiquismo exista um material psíquico com alguma analogia com os instintos. PSICANÁLISE
             É a pseudociência que procura descobrir as origens e as causas dos estados mentais. Saber o porque da razão de tais estados existirem, o motivo, a manifestação, os desejos, emoções o porquê das pessoas simplesmente “esquecerem”. A psicanálise procura descobri o porquê de tais fatos.
            O pioneiro e mais conhecido psicanalista foi Freud. O que será relatado a partir do próximo parágrafo são conceitos e idéias de Freud. Muitas teorias de Freud já foram derrubadas. Apresentaremos conceitos que definirão superficialmente a nossa misteriosa e grandiosa psicanálise.
            A psicanálise parte do princípio de que, para descobrir os diferentes fenômenos mentais, ela terá que recua até o mais remoto passado do indivíduo. As imagens e os, digamos assim, “arquivos” de lembrança que existem em sua mente, são compostos por registros de lembranças desde quando você era bebê até última coisa que você viu. Tudo está em sua mente. Nada é esquecido. Lembranças que você armazenou quanto bebê estão e continuarão em sua mente para o resto de sua vida.
            Os atos que você pratica hoje tem uma relação com tudo que está em seu subconsciente. O que está em seu subconsciente são todas as lembranças que estão armazenadas em toda sua vida. Nada que você imagina é destruído, as lembranças se desaparecem e tornam-se invisíveis por estarem cobertas. Essas lembranças tornaram-se inacessíveis para a consciência por estarem “enterrados” mais no fundo na mente, mas não deixam de existir. O que foi “enterrado” na sua mente pode voltar a ser lembrado através da hipnose. Como provar isso? Como provar que nada foi esquecido? Para provar isso precisamos conhecer todas as impressões que alguma vez armazenamos na memória, ou que alguma vez atuaram sobre o nosso espírito, assim tentando trazer estas “lembranças enterradas” novamente à consciência. Como? A ciência não vê nenhum método possível para este fato ser concretizado.
 INSTINTOS E SENTIMENTOS SEGUNDO FREUD
 Mostraremos aqui a explicação que Freud apresentava em relação aos sentimentos. Imagens que vemos nos faz pensar na seguinte questão: “o que os olhos vêem o coração sente?”. Ou poderemos ir mais fundo: “o que o coração sente os olhos não vêem?”. Infelizmente não enxergamos os sentimentos, assim não podemos estuda-los. Mas para que estudar os sentimentos? Para que estudar o que não vemos? Por que entender o que não vemos? E os nossos instintos? Onde estão? Onde se manifestam? Os sentimentos nada mais são do que manifestações de nossos instintos, instintos que nossa mente nunca entenderá. Os nossos instintos são equilibrados. Quanto mais você ama algo você está disposto a odiá-lo na mesma freqüência.
            Precisamos abrir portas de nossas mentes para que nosso subconsciente armazene imagens e com estas imagens abriremos uma segunda porta, a porta dos sentimentos.
            O Sentimento (instinto) está assimilado a qualquer imagem ou objeto. O subconsciente entende o que os olhos apenas observam, assim fazendo com que o espírito de nossos corpos materiais crie os sentimentos. Estes sentimentos estão relacionados com lembranças capturadas pelos sentidos humanos, que foi entendida pelo subconsciente e transformada, com a ajuda do instinto em sentimentos.
            Então: “o que os olhos não vêem o subconsciente armazena; o que o subconsciente armazena o espírito vê; e o que o espírito vê o coração sente!!! Voltamos a seguinte questão: Devemos seguir nossas vidas apenas com os olhos do espírito? Não podemos esquecer que além de nosso corpo material temos no nosso corpo espiritual. Este segundo e que se responsabiliza por nossos instintos, e, o corpo material, é o manifestador dos sentimentos impulsionados pelo instinto.
 QUERER É PODER
            Aqui mostraremos como a psicanálise entende o fato de “querer é poder”.
            O fato de um homem querer algo já basta para que este mesmo “algo” seja seu objetivo. No seu subconsciente o ser humano armazena pequenas imagens do seu “querer” fazendo com que, com um devido esforço mental, o consciente se preocupe com o objetivo do querer. No seu inconsciente estão o “poder” do “querer”. Esse “poder”, com o devido esforço, passa para o subconsciente, que é lido pelo consciente que, com a força instintiva do espírito, faz com que o “querer” seja realizado em forma de satisfação no mundo material.
            Devemos sempre nos concentrar no objetivo do “querer”, analisarmos ele de todas as formas possíveis, assim abrindo portas para o “poder” que está no inconsciente passar para o consciente, que será realizado pelo corpo material em forma de satisfação ordenada pelo espírito que obedece ao instinto. Tentamos perceber o porque da ganância e satisfação que nosso corpo material nos mostra, mas o quanto mais paramos para pensar nisso mais o tempo se perde. O corpo é uma coisa diferente do espírito que é diferente da mente.
  A NATUREZA INCONSCIENTE DA FUNÇÃO “PSI”
            As experiências realizadas até o presente momento evidenciam que a telepatia , a clarividência, a precognição e a retrocognição não podem mas ser negadas, é o que afirmam os parapsicólogos. Estes fenômenos são explicados como decorrentes de estranhas propriedades ainda ignoradas da mente. A maioria dos psicólogos não se preocupa com a natureza última da mente nem tampouco com a relação entre mente e corpo.
O importante a ser destacado é a natureza inconsciente da função Psi. Isto se evidência pelo fato de que os sensitivos paranormais,na maioria, não tem controle voluntário e consciente sobre suas faculdades paranormais. A inconsciência da função Psi é uma das características mais mas notáveis, tendo despertado a atenção de pesquisadores que consideram a função arcaica de nossa mente.
Com a relação à inconsciência da função Psi, Hernani Andrade propôs um esquema interessante da provável organização da mente em seu livro Parapsicologia Experimental. Neste esquema são representadas duas zonas principais, o consciente e o inconsciente. Cada parte dessas, são subdivididas em mais duas que representam as funções subjetivas e objetivas. Na região do consciente, está a percepção dos sentidos, e na região do inconsciente, existe uma certa relação entre o inconsciente com as funções conscientes segundo o autor.
GNOSE
            A palavra GNOSIS vem do grego e significa, “CONHECIMENTO UNIVERSAL”. É a sabedoria que abrange todos os ramos de estudos existentes: filosofia, psicologia, astrologia, astronomia, medicina, alquimia, metafísica, anatomia oculta, ufologia, antropologia, teosofia, etc. É a síntese entre os conhecimentos exotéricos e esotéricos.  Quando nos referimos a GNOSIS como instituição, encontramos uma Escola de Filosofia que se dedica ao estudo da natureza interna dos seres humanos, visando adquirir o conhecimento de si mesmo e do universo.
            GNOSIS é o conhecimento que apresenta como síntese uma sabedoria transcendental e transformativa, onde se ensina a humanidade a ver, ouvir e apalpar todas as coisas que até o momento se mostraram como grandes mistérios e enigmas. A GNOSIS é o ocultismo prático, filosofia suprema, que possui todos os conhecimentos científicos, cabalísticos, herméticos e sagrados. É guardiã dos grandes mistérios iniciais que outrora possuíam os magos e que só eram ensinados nas Grandes Escolas de Mistérios.
            GNOSIS é funcionalismo natural da CONSCIÊNCIA  que permite o conhecimento de si mesmo, que conecta o homem com o Círculo da Humanidade Consciente. A GNOSIS é tão antiga quanto o homem e tão grande quanto o espaço infinito, pois encerra o conteúdo de toda a sabedoria e conhecimentos múltiplos do nosso planeta, mundo, sóis e galáxias que giram em suas órbitas dentro do espaço sem limite
 CARTAS ZENER
            Foram desenvolvidas pelo Doutor Zener para desenvolver pesquisas de telepatia e clarividência e muito utilizadas pelo professor Rhine. É também chamado de cartas de ESP ou baralho Zener. O baralho é composto por vinte e cinco cartas sendo que só possuem cinco símbolos, desta forma, deve haver cinco cartas repetidas de cada figura. As cartas são embaralhadas à mão. Corta-se o baralho e as duas partes são misturadas. O paciente é colocado longe ou perto das cartas, ele deve enumerar na ordem em que elas estão superpostas, procurando adivinhar cada carta. Segue-se esse processo com as 25 cartas. São feitas anotações de todos os palpites do paciente. Resta indagar qual é a causa dos resultados serem muitas de número de coincidências elevadas. Ao ver científico, pode-se comparar os grandes resultados a apenas simples coincidências.
CIÊNCIA
            A ciência pode ser definida como a investigação metódica, causal e sistemática da realidade, objetivando responder questões e solucionar problemas e desenvolver de modo mais efetivo os procedimentos para se obter respostas e soluções. Um dos aspectos mais importantes é a sua característica de produzir leis e teorias capazes de permitir o domínio ou manipulação da realidade, assim, um conhecimento para ser científico deve possuir leis e teorias capazes de permitir a predição, a explicação, a descrição e o controle dos fenômenos abordados. A replicação dos fenômenos abrangidos pelas leis e teorias é um aspecto importante no conhecimento científico. Os fenômenos paranormais possuem como característica a irrepetitibilidade. Isto implica que para ser científica, a parapsicologia necessitaria produzir testes repetitivos.
            A parapsicologia utiliza de métodos de investigação recolhidos de outras ciências, como a estatística, a eletrônica, a tecnologia da biomedicina, computadores, etc. Pelo rigor dos seus métodos poderia ser considerada uma ciência, mas inexistem teorias.
 CONCLUSÃO
            A ciência e a parapsicologia seguem caminhos totalmente contrários. A ciência já possui seus padrões e características estabelecidas, das quais a parapsicologia é desprovida.
            A ciência somente aceita como científico, o que possui uma teoria, a qual deva se enquadrar nas leis da natureza. As pseudociências em geral, não possuem teorias e a maioria das que foram formuladas não conseguem estabelecer meios físicos para a explicação, defendendo a idéia de que os fenômenos paranormais obedecem às leis naturais e não se enquadram aos meios físicos, argumentando que as leis da natureza que são seguidas, ainda não são compreendidas pelo homem.
            Deste modo, não somente a parapsicologia, mas todas as pseudociências, têm muito ainda o que desenvolver no que diz respeito a seus conceitos, para serem aceitas pela ciência.
BIBLIOGRAFIA
Livros:
ANDRADE, Hernani Guimarães. Parapsicologia Experimental.São Paulo
ARESI, Albino. Fundamentos Científicos da Parapsicologia.São Paulo, 1978
FORDHAM, Frieda.Introdução a parapsicologia de Jung. 1982
JUNG, Carl Gustav. O Pensamento vivo de Jung.1986
MARINUZZI, Raul. Parapsicologia Didática. Rio de Janeiro,1977
QUEVEDO, Oscar Golçalves. O que é Parapsicologia. São Paulo,1974
SILVA, Gastão Pereira do. Parapsicologia, Enciclopédia de Psicologia e Psicanálise. Belo Horizonte,1968
TINOCO,Carlos Albeto. Parapsicologia e Ciência, Origens e limites do conhecimento Parapsicológico. São Paulo, 1993
Sites:
Conceitos de Parapsicologia
Fenômenos Paranormais
Autores (as) do Artigo
Ana Paula Krevoruczka
Bruna Oliveira
Guilhermo Malanca
Larissa Gonçalves
Vicente Carrano
Eduardo Andrade