HOMILIA 4° DOMINGO DO TEMPO PASCAL



 DOMINGO DO BOM PASTOR
POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF



O quarto domingo do tempo Pascal é chamado de domingo do Bom Pastor porque todos os anos neste domingo nos é proposto pelo Evangelho a figura do Bom Pastor, continuando a interpretar para nós o evento pascal, respondendo à pergunta, por que é que Cristo morreu? O Evangelho de hoje responde dizendo que Ele morreu por que é O Bom Pastor, quer dizer, o pastor ideal e todo pastor, digno deste nome dá a vida por suas ovelhas, diferentemente dos pastores mercenários que trabalham somente pelo salário, não são os donos das ovelhas, que, não tendo dinheiro para pagar quem delas cuide, conhece cada uma pelo nome, pois é ele que, assistindo a ovelha-mãe no momento do parto, dá o nome a cada ovelhinha que passa a amar como filha, e, de fato a Segunda Leitura nos diz que somos filhos de Deus e o somos justamente porque, como lemos na Primeira Leitura, O Filho de Deus se fez homem para nos salvar, "em nenhum outro nome, a não ser o de Jesus há salvação".
A salvação que Cristo vem trazer transcende infinitamente a tudo aquilo que se costuma chamar salvação, pois a cura do paralítico que provocou tanta admiração dos presentes, como vemos na Primeira Leitura, bem como todos os milagres que Jesus realizou, são apenas sinais da verdadeira salvação que Ele veio trazer, a salvação do homem integral.
Pesquisando na internet sobre o significado da palavra SALVAÇÃO, encontrei o seguinte na Wikipédia "A salvação é um termo que genericamente se refere à libertação de um estado ou condição indesejável. O conceito de salvação eterna, salvação celestial ou salvação espiritual faz referência à salvação da alma, pela qual a alma se livraria de uma ameaça eterna (castigo eterno ou condenação eterna) que esperaria depois da morte. Na teologia, o estudo da salvação se chama soteriologia e é um conceito vitalmente importante em várias religiões". Quando João 19: 30 diz: “está consumado”, que é a expressão grega tételestai, ele quer dizer quer tudo está pago. Isto representa a salvação para o cristão. Tudo foi comprado no calvário. Abrange cada fase de nossas necessidades e dura de eternidade a eternidade. Inclui a libertação do pecado no presente e a apresentação contra as invasões do pecado no futuro, Jd 1: 24-25; Tt 2: 11-13.
A salvação significaria um livramento de uma situação de morte bem como a restauração do estado de equilíbrio no qual vivia o homem no Paraíso, mas Cristo, ao morrer no nosso lugar nos elevou a uma condição muito mais elevada do que a que possuíamos antes da queda pois, como lemos na Segunda Leitura nos fez filhos de Deus num estado novo que, ao se consumar nos fará participar de Sua vida divina na medida em que cada um corresponder, neste mundo, aos Seus ensinamentos, até o ponto de sermos semelhantes a Ele e com Ele podermos ser um eternamente. Nos foi dada de graça porque Cristo pagou o preço dos nossos pecados, Ele perdoa TODOS os pecados desde que os confessemos e deles nos arrependamos como lemos em João capítulo vinte e em 1Jo1,8. Todas as práticas acima descritas são as obras que devemos praticar como novas criaturas pois "a fé sem obras é morta" como lemos em Tg.2,14. Isso é o que significa dizer que as ovelhas do Bom Pastor O conhecem como Ele afirma no Evangelho de hoje, quer dizer, vivem em comunhão com Ele já aqui nesta terra deixando se guiar pela Sua voz, ou seja por Seus ensinamentos.

É por isso que a Primeira Leitura diz que em nenhum outro há salvação, porque se tivesse permanecido na obediência bastaria a fidelidade para que o homem fosse trasladado deste mundo ao Céu, depois do tempo determinado por Deus mas, no momento em que o homem pecou, contraiu para com Deus uma dívida infinita que requeria um pagamento de valor infinito, então o Infinito se fez homem e pagou o preço de nossa salvação com uma oferenda de valor infinito, Seu Preciosíssimo Sangue por isso fomos salvos do inferno, ou seja, da eterna separação de Deus, da morte e das trevas e fomos restituídos na comunhão que tínhamos antes mas num grau infinitamente superior, somente por graça e misericórdia de Deus. A Ele a honra, a glória e o Poder para sempre. AMÉM!
                        HOMILIA DO  TERCEIRO DOMINGO DO TEMPO PASCAL ANO B



         PORQUE CRISTO MORREU E RESSUSCITOU?
                  POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF


O Evangelho deste terceiro domingo vem nos ajudar a fazer uma avaliação de todo o evento que foi JESUS CRISTO na História da Humanidade respondendo à pergunta que surge naturalmente depois que se escuta falar de Sua vida, Porque Jesus Cristo morreu e ressuscitou? A resposta está declaradamente clara na Segunda Leitura: "Ele é a vítima de expiação pelos nossos pecados e não só pelos nossos, mas pelos pecados do mundo inteiro". É para isso que Deus se tornou homem, sofreu, morreu e ressuscitou, para satisfazer as exigências de Seu amor infinito que tudo perdoa e, ao mesmo tempo de Sua Justiça que também é infinita. Ora, se a ruptura com o amor infinito de Deus requeria uma reparação de valor infinito, só havia um jeito de satisfazer a descompensação infinita que passou a existir do homem em relação a Deus, desde que, no Paraíso o homem usou sua liberdade  desobedecer a Deus e, consequentemente deixando de dar a Deus a glória que lhe é devida por nos ter criado do nada só por amor, fazendo com que suas criaturas humanas pudessem desfrutar do convívio da amizade com O Infinito, que é Deus.
Assim, para satisfazer essa ruptura com O Amor Infinito, fazia-se necessário uma reparação de valor infinito, procedente da parte do homem que livremente optara por romper com Deus. Como infinito só é Deus só havia um jeito de compensar a justiça infinita de Deus, que o próprio Deus desse aos homens uma oferenda de valor infinito para que pelo homem fosse a Ele oferecida, então Deus se faz homem e se entrega na mão do homem para que o homem O ofereça livremente a Deus pedindo perdão pelos nossos pecados isso é que quer dizer que Cristo é a vítima de expiação pelos nossos pecados, por isso, no Evangelho Ele pode comunicar o principal fruto de Sua Paixão, morte e Ressurreição, a paz, fruto da reconciliação do homem com Deus e dos homens entre si e não só isso, constitui àqueles mesmos que O haviam traído e fugido, com excessão de S. João que, com Maria e as mulheres permaneceu firme, de pé ao pé da cruz, constitui a estes, ministros de Sua paz pelo sacramento da Reconciliação, "como o Pai me enviou assim também eu vos envio, os pecados daqueles que vocês perdoarem serão perdoados".
Porque Cristo morreu? Por nossos pecados. Mas se mesmo depois de Ele ter pagado o preço dos pecados passados alguém pecar? Esta resposta nos é dada pela Segunda Leitura, por S. João, o  único apóstolo que ficou fiel até o fim diante da cruz: "Filhinhos, isso vos escrevo para que não pequeis, mas se alguém pecar, temos junto do Pai um defensor, Jesus Cristo". João que foi o único que permaneceu fiel com as mulheres ao pé da cruz viu como Cristo morreu perdoando Seus algozes e é daí que afirma com certeza até que ponto Ele defende os pecadores, até o fim. Se alguém pecar, ou seja, atrair o justo castigo de um Pai que castiga para salvar, Cristo nos defende perante O Pai exibindo eternamente as chagas que foram o preço de nossos pecados que já pagou por nós, basta que confessemos a Ele nossos pecados que o preço de todos eles Ele já pagou e é pelo Sacramento da Penitencia que Ele comunica a paz da reconciliação com Deus e restitui nossa comunhão com O Pai. Se alguém pecar a Primeira Leitura diz; "arrependei-vos e convertei-vos para que os vossos pecados sejam perdoados", essa conversão implica a confissão como Jesus afirma aos apóstolos que os pecados que eles perdoarem serão perdoados mas como os ministros de Deus podem perdoar pecados que não conhecem? Ouvindo-os em confissão. Essa conversão implica também o propósito de não mais pecar e o cumprimento da penitencia imposta pelo confessor como satisfação pelos danos causados pelos nossos pecados não só em nós próprios como em todo o mundo, por mínimo que possa parecer o pecado em questão.
Assim, a Primeira Leitura afirma que a ressurreição e Cristo é o cumprimento de todas as profecias de Deus. E, como se não bastasse o testemunho de tantos que conviveram, tocaram e comeram com Ele esta Primeira Leitura é no contexto da cura do paralítico que pedia esmolas à porta do templo, o que serve como um sinal de confirmação. Mas o que mais impressiona é que depois que Pedro afirma que eles ao mandar crucificar Jesus agiram por ignorância aconselha que se convertam para alcançarem o perdão dos pecados, mas que pecado se só há pecado quando se tem consciência e Pedro afirma que agiram por ignorância? É que o pecado que Pedro afirma aqui não é o de terem matado o autor da vida e sim o de terem se recusado a crer Nele porque se a fé é um dom de Deus, este é despertado e sustentado pela vontade e pela razão.

Assim o que nos pede a Mensagem deste Terceiro domingo pascal é a nossa arrependimento e conversão para obtermos o perdão dos pecados. É preciso pedir a Deus esse arrependimento e excitá-lo em nós pela meditação frequente na Paixão de Cristo que desmascara para nós o que é o pecado, até onde vai a maldade do homem sem Deus e até onde vai o amor de Deus pelo homem, o que, com certeza aumentará em nós o amor por Deus, requisito básico para sermos Suas testemunhas que é a terceira coisa concreta que nos é pedido hoje, porque a segunda, que é a conversão requer atitudes concretas que expressem nosso arrependimento dentre as quais sugiro fugir das ocasiões de queda.






HISTÓRIA DA FESTA DA DIVINA MISERICÓRDIA


Hoje eu gostaria de instruir a quem não sabe, em que consiste a Fésta da Misericórdia para que ninguém fique de fora desta Grande Promessa.


Vejam também esta maravilhosa aula sobre a Divina Misericórdia e não percam a chance de receber as graças da maior promessa de Deus depois da Redenção e dos Sacramentos, o perdão não só das culpas como recebemos no Sacramento da Confissão mas também das penas de todos os nosso pecados!!!





HOMILIA DO SÁBADO - 8° DO  T. PASCAL


"NAO PODEMOS NOS CALAR!"
POR PE. TARCISIO AVELINO, TF

Temos no Evangelho deste sábado da oitava da Páscoa duas vezes a cena de anúncio e recusa do anúncio tanto por parte de Maria Madalena quanto por parte dos dois discípulos de Emaús a resposta dos discípulos foi a mesma, a recusa em acreditar pelo que O Próprio Jesus lhes aparece e, conforme lemos, "repreendeu-os por causa da falta de fé e pela dureza de seu coração porque não tinham acreditado naqueles que o tinham visto ressuscitado." A pergunta que me vem imediatamente é esta, até quando o mundo vai continuar resistindo a essa evidência de que Deus se encarnou, morreu por nós, ressuscitou, está vivo e atuante em nossa história? E o Evangelho de hoje conclui com a consequência natural dos que viram Jesus ressuscitado, com Ele dizendo: "Ide por todo o mundo e anunciai o Evangelho a toda criatura". Ora, se EVANGELHO significa BOA NOTÍCIA, logo perguntamos que boa notícia devemos anunciar? E a resposta está na Primeira Leitura quando vemos que desde o princípio a perseguição foi imensa para que estes homens convardes que haviam fugido no momento da prisão de Jesus se calassem justamente a respeito do que eles deviam anunciar, que "este Jesus que vós crucificastes, Deus o ressuscitou dentre os mortos" (At.2,32). E não nos impressine que o que Jesus ordena no Evangelho o vejamos cumprido na Primeira Leitura, logo em seguida, de maneira tão audaciosa como lemos na resposta dada por Pedro, o covarde que negara Jesus por tres vezes e João deram às autoridades, os mesmos que haviam crucificado Seu mestre, no momento em que os coagiam "Julgai vós mesmos, se é justo diante de Deus que obedeçamos a vós e não a Deus! Quanto a nós não podemos calar sobre o que vimos e ouvimos". E o que tinham visto? Um homem que amou como ninguém jamais amou, que curou os doentes, tocou nos leprosos, perdoou os pecadores, ressuscitou os mortos, por todos se interessou e de todos cuidou e que, no entanto foi submetido às mais cruéis torturas e morte violenta de cruz e lhes apareceu ressuscitado. NÃO PODEMOS NOS CALAR. Porque Aquele que lhes amou como ninguém deu a vida pelo mundo, lhes apareceu e lhes censurou por sua incredulidade e lhes ordenou que anunciassem O Evangelho a toda criatura! Mas não só por isso como também porque haviam experimentado um antes e um depois do convivio com Jesus, um antes e um depois de Sua ressurreição, haviam experimentado a diferença imensa que há entre viver sem esperança e sem sentido na vida e viver sabendo porque vive, para dar aos outros experimentar um pouquinho daquele Imenso Amor que lhes fez conhecer sua verdadeira dignidade de Filhos de Deus porque se o fizermos, teremos que dar conta da alma de cada ser humano que se suicidou e por causa de nosso comodismo não encontrou  a alegria que encontraram ao descobrir que Deus se interessa por nós e se interessou ao ponto de assumir nossa condição humana para sofrer em si as consequencias de nossa ruptura com Ele pelo pecado e nos deixar livres das consequencias desta ruptura, abrindo-nos as portas de uma eternidade que consistirá num abraço de amor gratuito e total que nos aceita como somos, nos completa cura, restaura e nos assemelha a Si. Isto é celebrar a Fésta da Misericórdia que lembramos neste 2° Domingo da Páscoa. FELIZ PÁSCOA!!!
HOMILIA PARA O DOMINGO DA MISERICÓRDIA
POR PE. TARCISIO AVELINO, TF

Republico aqui a homilia que postei a alguns anos atrás pretendo publicar a homilia de hoje sábado não sei se conseguirei. Deus abençoe a todos.

“Bendito seja Deus, que em Sua infinita MISERICÓRDIA nos fez nascer de novo”, este versículo com o qual se inicia a primeira leitura de hoje evoca a MISERICÓRDIA de Deus, revelada e derramada sobre o mundo através das chagas do Crucificado, especialmente da chaga do Seu  Amorosíssimo Coração do qual, em 1931, numa aparição a Santa Faustina Kowalska, jorrava um feixe de luz vermelha e um feixe de luz branca que representa o sangue e a água que jorrou de Seu lado aberto pela lança do soldado.
Essa MISERICÓRDIA se manifesta, especialmente, no sacramento da Confissão, onde todo pecador arrependido, pode renascer de novo pela purificação de seus pecados que nos sujam e nos afastam da Vida que é o Próprio Deus como lemos em Sua Palavra que “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23) e “vós estáveis mortos por causa de vossos pecados” (Cl.2,13-14). É por isso que, no mesmo dia de Sua Ressurreição Nosso Senhor comunica o primeiro fruto de Sua Paixão e Morte: a paz que provém da reconciliação dos homens com Deus e entre si: “a paz esteja convosco (...) os pecados daqueles que vocês perdoarem serão perdoados, os pecados daqueles que vocês não perdoarem não serão perdoados”. Deus quer comunicar a paz que provem de Seu perdão gratuito, através dos seus ministros escolhidos, desde o tempo dos apóstolos, até nós hoje, pelos sacerdotes.
Não foi à toa que Jesus escolheu justamente o Segundo Domingo da Páscoa, quando o Evangelho narra a instituição do Sacramento da Penitência, como o DIA DA MISERICÓRDIA, confirmado e instituído pelo saudoso Papa da Divina Misericórdia, o Papa João Paulo II, hoje foi beatificado em Roma pelo seu sucessor e amigo pessoal o Papa Bento XVI.
No entanto, hoje é também o dia de S. José Operário do qual Deus quis fazer depender as condições de que Seu Filho se Encarnasse, sofresse e morresse, para, do alto da cruz, atrair todos a si, pela manifestação mais eloquente de Sua Misericórdia. Foi S. José que, com sua obediência, salvou da morte a vida ameaçada do Menino Jesus, que, se ceifada na infância não teria chegado até o momento da crucifixão quando, de Seu lado aberto revelou Sua Misericórdia ao mundo. Se não fosse também pela providência de S. José Operário, este menino não teria atingido a fase adulta para consumar sua obra de redenção, porque foi SÃO JOSÉ que, com o trabalho de suas mãos santas, providenciou o sustento para a Sagrada Família de Nazaré. Que hoje ele rogue por todos os trabalhadores para que, com seu trabalho possam colaborar com Deus na obra da criação e, como ele, oferecendo seus cansaços e suores Ao Pai, possam colaborar com Cristo na redenção do mundo.
Hoje, festa da Divina Misericórdia, nenhum católico poderia perder a oportunidade de alcançar o que Cristo prometeu para todos os que estivessem em estado de graça. Comungassem e rezassem pelo Santo Padre o Papa: “aquele que, neste dia se aproximar da Fonte da Vida, alcançará perdão total das culpas e das penas” (Diário,420), ou seja, se na confissão recebemos o perdão das culpas, ou seja, pelos pecados confessados, por maiores que sejam, não iremos mais para o inferno, no entanto, o dano que eles continuam causando no mundo exigem as penas que só podem ser reparadas por um arrependimento perfeito, muito difícil de se alcançar, bem como pelos sofrimentos, penitencias e trabalhos livremente aceitos e oferecidos a Deus nesta intenção e, para aqueles que não conseguirem, através destas obras, reparar perfeitamente os estragos causados por seus pecados, restará uma segunda chance depois da morte: O Purgatório. O PERDÃO TOTAL DAS PENAS que Jesus promete para o dia de hoje, é justamente o livramento do Purgatório o qual, foi descrito pelos santos que tiveram a graça de ver, disseram que um segundo no Purgatório é mais terrível do que toda uma vida longa neste mundo acometida pelas piores enfermidades e sofrimentos.
No entanto, ser devoto da Divina Misericórdia não é somente venerar o quadro, ler o Diário de Santa Faustina e rezar o terço da Misericórdia às 15 horas como Jesus pediu, é preciso também praticar as obras de misericórdia conforme descritas por Jesus a Santa Faustina: “Estou exigindo de ti atos de misericórdia, que devem decorrer do amor para comigo. Deves mostrar-te misericordiosa com os outros sempre e em qualquer lugar (...) Eu te indico três maneiras de praticar a misericórdia para com o próximo: a primeira é a ação, a segunda a palavra e a terceira a oração. Nesses três graus repousa a plenitude da misericórdia, pois constituem um prova irrefutável do amor por Mim.” (Diário,742).
Isto se deve ao fato de que é impossível alcançar o perdão de Deus sem mudança de vida, ou seja, sem a conversão, como lemos na primeira leitura os atos concretos praticados pelos primeiros que aderiam à fé testemunhada pelos apóstolos: “ os que se haviam convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas orações.”
Não podemos mais esperar para amanhã o dia de nossa conversão pois estes são os últimos momentos que antecedem ao retorno glorioso de Jesus. Então terá cessado o tempo da MISERICÓRDIA pois Ele voltará como Juiz. Ele prolonga o Seu regresso para dar chance de salvação a um número maior de pecadores. Vejamos o que Ele próprio diz a este respeito para que Santa Faustina o dê a conhecer ao mundo: "prepara o mundo para minha vinda. Fala ao mundo da minha Misericórdia. Este é o sinal para os últimos tempos; depois dele virá o dia da justiça (...) Antes de vir como Justo Juiz, venho como Rei da Misericórdia. Antes de vir o dia da justiça, nos céus será dado aos homens este sinal: apagar-se-á todas as luzes no céu e haverá uma grande escuridão sobre a terra. Então, aparecerá o sinal da cruz no céu e dos orifícios onde foram pregadas as mãos e os pés do Salvador sairão grandes luzes, que por algum tempo iluminarão a terra. Isto acontecerá pouco antes do último dia" (Diário,83).
FINALMENTE! NOTIÍCIA DA
BÊNÇÃO DA PEDRA FUNDAMENTAL DE NOSSA ESCOLINHA TERESINIANOS PROFISSIONALIZANTE DO MENOR APRENDIZ CRISTÃO!! confira abaixo as fotos!
O fundador Pe. Tarcísio agradece a todos os que colaboraram para chegarmos até aqui, na segunda fase do Projeto, a bênção da Pedra Fundamental, embora já tenhamos murado todo o terreno de cem por cinquenta metros e já termos concretado toda a fundação do Primeiro Bloco para cinco oficinas e dez salas de aula distribuídos em dois pisos no Primeiro Pavimento, sendo que o segundo bloco será constituído por cozinha e refeitório para duzentas pessoas, o Terceiro Bloco será constituído por uma capelinha do Santíssimo com um Auditório multifuncional, e o quarto Bloco será constituído por área de lazer e Secretaria-diretoria.

Coroinhas  que atuaram na Santa Missa.

Pedra Fundamental já com a caixa lacrada e placa provisória.

O Exmo. Revmo. Sr. Bispo D. Vital, no momento da Bênção da Pedra Fundamental.

A Pedra Fundamental juntamente com a Cápsula do tempo contendo os Estatutos da FRATERNIDADE TERESINIANOS, um jornal do dia, etc. para constar da história deste dia memorável.

Momento da colocação da Pedra Fundamental e uma idéia do público presente, umas duzentas pessoas juntamente com autoridades públicas, por exemplo o Vereador Guido Mutran.
Obrigado de todo o coração aos que nos ajudaram até o presente momento. Estamos passando por um momento de crise financeira que ameça parar as obras mas cremos na Palavra de Deus que foi o lema de minha Ordenação Diaconal há vinte anos atrás:"Ebenezer, até aqui nos ajudou O Senhor" (2Sm.7,12). Faça parte desta história! Seja também um sócio-colaborador e entre em contato conosco! Deus lhes pague com o cumprimento de sua palavra que diz que "a caridade cobre uma multidão de pecados" (1Pd.4,8).

Fraternidade Teresinianos Mensageiros de N. Sra. de Fátima

Fraternidade Teresinianos Mensageiros de N. Sra. de Fátima

RESSUSCITOU! A MELHOR NOTÍCIA DO MUNDO

            
HOMILIA DA MISSA DA VIGÍLIA PASCAL
 

RESSUSCITOU! A MELHOR  NOTÍCIA DO MUNDO


“Um grande silêncio reina hoje na terra, um grande silêncio e uma grande solidão. Um grande silêncio, porque o Rei dorme. A terra tremeu e acalmou-se porque Deus adormeceu na carne e foi acordar os que dormiam desde séculos… Ele vai procurar Adão, nosso primeiro Pai, como uma ovelha perdida. Quer ir visitar todos os que se assentaram nas trevas e à sombra da morte. Vai libertar de suas dores aqueles dos quais é filho e para os quais é Deus: Adão acorrentado e Eva com ele cativa. ‘Eu sou teu Deus, e por causa de ti me tornei teu filho. Levanta-te, tu que dormes, pois não te criei para que fiques prisioneiro do Inferno. Levanta-te dentre os mortos, eu sou a Vida dos mortos’” (Antiga homilia para o Sábado Santo) (1).
Sábado Santo. Dia do grande silêncio. “Permaneça mudo todo mortal e fique com temor e tremor; não medite em nada que seja terreno” (liturgia bizantina do Sábado Santo). Às vezes temos a impressão de viver numa nova Sexta-feira Santa, mas o mistério a ser vivido é diferente. É dia de silêncio, de meditação, de perdão, de reconciliação. “A Igreja fica parada junto ao sepulcro do Senhor, meditando a sua paixão e morte” (2). Os sinos e os instrumentos se calam. As igrejas estão despidas. O altar está despojado. O sacrário está aberto e vazio. É o dia da ausência, em que o Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de solidão. O próprio Cristo está calado. “No seu projeto de salvação, Deus dispôs que seu Filho não somente ‘morresse pelos nossos pecados’, mas também que ele ‘provasse a morte’, isto é, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento que expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida aos Infernos. É o mistério do Sábado Santo em que o Cristo colocado no túmulo manifesta o grande descanso sabático de Deus depois da realização da salvação dos homens, que coloca em paz o universo inteiro”. (1) Celebramos também a descida de Jesus aos Infernos.
Muitos cristãos não entendem essa expressão, mas Inferno aqui significa a Morada dos Mortos, ou como diziam os judeus, o Sheol ou o Hades, pois antes da Ressurreição de Cristo (que abriu as portas do Céu), todos os que haviam morrido, inclusive os justos, os não condenados, estavam privados da visão de Deus. “Mas foi para lá como Salvador, proclamando a boa notícia aos espíritos que ali estavam aprisionados… Jesus não desceu aos Infernos para ali libertar os condenados nem para destruir o Inferno da condenação, mas para libertar os justos que o haviam precedido”. “Cristo desceu, portanto às profundezas da morte a fim de que ‘os mortos ouçam a voz do Filho do Homem e os que a ouvirem vivam’ (Jo 5,25). Jesus, ‘o Príncipe da vida’ (At 3,15), ‘destruiu pela (sua) morte o dominador da morte, isto é, o Diabo; e libertou os que passaram toda vida em estado de servidão, pelo temor da morte’ (Hb 2,14-15). A partir de agora Cristo ressuscitado ‘detém a chave da morte e do Hades’ e ‘ao nome de Jesus todo joelho se dobra no Céu, na Terra e nos Infernos’ (Fl 2,10)”. Aí está o mistério a ser vivido no Sábado Santo, que culmina com a Vigília Pascal.
A Vigília Pascal é o cume do Tríduo Pascal. Poucos sabem, mas liturgicamente ela faz parte do 3º dia do Tríduo, e não do sábado, e até por isso o termo Sábado de Aleluia é um tanto quanto questionável. A palavra vigília vem do latim, vigilia, e significa um estado ordinário de consciência. É também chamada Vigília do Senhor, Grande Vigília, Mãe de todas as vigílias. Tantos nomes solenes para esta que é a celebração mais importante do calendário litúrgico cristão.
Um pouco de história… Até o século IV, a celebração da Páscoa na Igreja era totalmente centrada na Vigília Pascal. Não havia outras festas litúrgicas durante o ano, nem mesmo o Natal ou o Tríduo Pascal. Por isso, era uma data ansiosamente esperada pelos cristãos. Ainda não existia o tempo da Quaresma, sendo a Vigília precedida por um ou mais dias de jejum. Esta era celebrada na noite do sábado para o domingo, iniciando-se somente após o pôr-do-sol do sábado e terminando na aurora do domingo, com a celebração da Eucaristia. Isso mesmo, a celebração durava a noite inteira. Isso porque todos os eventos pascais eram celebrados juntos, na mesma noite, como um único mistério: instituição da Eucaristia, Paixão, Crucifixão, Morte, Ressurreição, Ascensão e até mesmo Pentecostes. Somente a partir do século IV é que essas festas começaram a ser celebradas em dias separados, nos dias da semana em que realmente ocorreram, dando origem ao ciclo da Páscoa, distribuindo-se, assim, o rico conteúdo da celebração da Páscoa, o que ajudava a compreender melhor todos esses mistérios. Todavia, essa divisão fez com que a celebração da Vigília perdesse parte da sua força primitiva. Era uma data especial, principalmente para os catecúmenos (pagãos que desejavam ser batizados, chegando a se preparar por 2 ou 3 anos para o Batismo), pois era ordinariamente a data do ano em que as pessoas recebiam os sacramentos da Iniciação Cristã (Batismo, Confirmação e Eucaristia), o que também contribuía para que a celebração fosse longa.
O Batismo geralmente não era celebrado no lugar do culto. Os catecúmenos saíam do local da celebração da Vigília e eram conduzidos a rios ou lagos, enquanto a comunidade permanecia em oração e invocando os santos. Repetiam muitas vezes: “Senhor, tende piedade de nós! Cristo, tende piedade de nós! Senhor, tende piedade de nós!” Depois de um longo tempo, os neo-batizados retornavam, agora revestidos com vestes brancas, sendo recebidos pela comunidade com a solene acolhida: “O Senhor esteja convosco!”, ao que respondiam com alegria e júbilo: “Ele está no meio de nós!”
Hoje, em muitas celebrações da Vigília, vemos predominar um caráter mais moral e ascético. Mas naqueles tempos do início da Igreja, a Vigília Pascal tinha um conteúdo profundamente cristológico. Isso porque os primeiros cristãos conseguiam entender e celebrar a Vigília Pascal como uma “vigília do Senhor”, e não uma vigília do homem.
São Cromácio de Aquiléia nos explica: “Todas as vigílias que são celebradas em honra do Senhor são agradáveis e aceitas por Deus; mas esta vigília está acima de todas as vigílias. Ela foi chamada, por antonomásia, ‘a vigília do Senhor’. Está escrito de fato: Esta é a vigília do Senhor a ser observada por todos os filhos de Israel (Ex 12,42). Muito justamente esta noite é chamada ‘vigília do Senhor’; Ele de fato fez vigília em vida, para que nós não adormecêssemos na morte. No mistério da paixão, ele se submeteu por nós ao sono da morte, mas tal sono do Senhor tornou-se a vigília de todo o mundo, porque a morte de Cristo afastou de nós o sono da morte eterna. É isto que ele mesmo diz por meio do profeta: Depois disto, eu adormeci e despertei, e o meu sono tornou-se suave para mim (Sl 3,6; Jr 31,26). Certamente, este sono de Cristo tornou-se suave porque nos chamou da amarga noite para a doce vida. Esta noite, enfim, é chamada ‘vigília do Senhor’ porque ele vigiou mesmo dormindo o sono da morte. É o que indica ele mesmo pela boca de Salomão quando diz: Eu durmo, mas meu coração vigia (Ct 5,2), aludindo abertamente ao mistério da sua divindade e da sua carne. Ele dormiu na carne, mas vigiou na divindade que não podia dormir. Sobre a divindade de Cristo lemos: Não dorme nem adormece o vigia de Israel. (Sl 121,4). Por isso, pois, disse: Eu durmo, mas meu coração vigia. No sono da sua morte, de fato, ele dormiu segundo a carne, mas com sua divindade percorria os infernos, para arrancar o homem que ali era mantido prisioneiro.
O nosso Senhor e Salvador quer visitar todos os lugares para ter piedade de todos. Do céu desceu à terra para visitar o mundo; da terra, em seguida, desceu aos infernos para iluminar os que estavam presos nos infernos, segundo o que diz a profecia: Uma luz se levantou para vós que estais nas trevas e nas sombras da morte (Is 9,2). É justo, pois, que seja chamada ‘vigília do Senhor’ esta noite em que ele iluminou não só este mundo, mas também aqueles que estavam entre os mortos” (Sermão XVI para a grande noite).
O Pe. Raniero Cantalamessa também nos explica: “Em dois sentidos, a vigília pascal é ‘vigília do Senhor’: primeiro porque o sono da morte do Senhor procurou a vigília, isto é, a vida para todos; segundo, porque enquanto a sua humanidade ‘dormia’ na morte, a sua divindade – seu coração! – vigiava, estava viva. O mistério pascal aparece, ainda uma vez, ancorado no mistério cristológico, isto é, na estrutura da pessoa de Cristo, homem e Deus. Porque Cristo era Deus e homem, Ele podia ao mesmo tempo dormir e vigiar, morrer e estar vivo: dormir como homem e vigiar como Deus, sofrer a morte como homem e dar a vida como Deus”.
Contudo, todo homem é também chamado a estar em vigília, pois, assim como Jesus teve a sua Páscoa, o homem também deve ter a sua. “Há, pois, uma Páscoa a ser celebrada na liturgia e uma Páscoa a ser celebrada na vida. Elas são inseparáveis entre si: a Páscoa da liturgia deve alimentar a Páscoa da vida, e esta, tornar autêntica a Páscoa litúrgica.” (3) Por isso, na celebração da Vigília Pascal a Igreja faz vigília junto ao fogo novo abençoado, onde é aceso o Círio Pascal, símbolo de Cristo que ressurge glorioso, proclamando: “Lumen Christi!”, ou seja, “eis a luz de Cristo”, que liturgicamente chama-se Breve Lucernário. Canta o Exultet (uma verdadeira catequese mistagógica sobre a Páscoa). Lê as Escrituras e medita sobre a grande promessa da libertação definitiva do pecado e da morte (Liturgia da Palavra). Celebra o Batismo dos catecúmenos, para sublinhar a participação dos cristãos no mistério da Morte e da Ressurreição de Cristo (Liturgia Batismal). E por fim, celebra a Eucaristia, atingindo o clímax da Celebração Pascal, onde o Cordeiro é exaltado, momento cheio de alegria, louvor e ação de graças, no qual Cristo se faz presente pessoalmente (Liturgia Eucarística).
Por fim, é Bento XVI que nos exorta, numa homilia para a Páscoa de 2007: “Rezemos, portanto, nesta noite: Senhor, mostra hoje também que o amor é mais forte do que o ódio. Que é mais forte do que a morte. Desce também nas noites e na mansão dos mortos deste nosso tempo moderno e segura pela mão aqueles que esperam. Leva-os para a luz! Fica também comigo nas minhas noites escuras e conduz-me para fora! Ajuda-me, ajuda-nos a descer contigo na escuridão daqueles que estão à espera, que das profundezas gritam por ti! Ajuda-nos a levar-lhes a tua luz! Ajuda-nos a chegar ao “sim” do amor, que nos faz descer e por isso mesmo subir junto contigo! Amém.”

 (extraído do blog Comunidade Católica Pantokrator)