II DOMINGO DO TEMPO COMUM A

        “CHAMADOS A SER SANTOS”
 POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

Essa pexpressao da segunda Leitura, estraida da I carta aos Coríntios, nos revela o motivo pelo qual o Filho de Deus foi “manifestado a Israel”, como disse João Batista no Evangelho de joje “para tirar o pecado do mundo”, de maneira real e concreta, não apenas simbólia como os cordeiros que eram sacrificados no Antifo Testamento, apenas como sinal da Aliança definitiva de Deus com a humanidade que Cristo veio selar com Seu Sangue.
“Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. É o cumprimento da Profecia de Isaías da qual temos, na Primeira Leitura uma parte: “Eu te farei luz das nações” porque vivendo e morrendo por amor do jeito que Cristo viveu e morreu provocou um choque ao fazer com que cada pessoa que com Ele se depara tome consciência de sua identidade perdida e livremente adira ao Filho de Deus que se fez homem para nos lembrar que somos divinos e que só seremos felizes se nos adequarmos áquilo que realmente somos pois assim como um martelo não será “feliz” se usado para retirar o feijão da panela e nem a colher prestará para bater um prego, também o ser humano só será feliz e realizado, quando assumir sua identidade de filhos de Deus, filhos do Amor, vendo para amar ou seja, para fazer os outros felizes, para se doar, se gastar pelo gem do próximo, totalmente diferente do modo que o mundo vive para tirar proveito dos outros.
“Não basta seres meu servo para reconduzir os remanescentes de Israel; Eu farei de ti luz das nações para que a minha salvação chegue até os confins da terra”. Essa é a missão de Cristo e do Cristão.
Assim, como o Servo de Javé que teve a missão de reconduzir o povo de Israel do exílio da Babilônia de volta à Terra Prometida, Israel teria, como nação, o papel de reconduzir as outras nações ao brilho da Luz de Jesus que veio mostrar o caminho para todos os que jaziam nas trevas do engano e da mentira. Assim como O Precursor de Jesus revela hoje que veio batizar para que se manifestar ao mundo Aquele que já existia antes dele, todo cristão tem como principal tarefa a sua santificação pessoal na qual, combatendo o homem velho com a força do Espírito Santo que nele passou a habitar desde o dia de seu batismo e imitando, também com a força do Espírito, as virtudes ensinadas por Ele.
“Não basta seres meu servo, vou te fazer luz  para as nações”. Quem era, no Antigo Testamento chamado de servo era o chefe das tribos cuja função era doméstica mas agora Deus anuncia que um dos chefes das tribos teria a missão de reconduzir o povo de Israel de volta do exílio para a Terra Prometida mas ao mesmo tempo essa profecia pode ser tomada para o papel de cada cristão dos quais o próprio Cristo havia dito: “não vos chamo mais meus servos mas vos chamo de amigos pois vos dei a conhecer tudo o que o Pai me revelou”. Ora, o cristão é o amigo de Cristo. Todo amigo ama o amigo e S. João da Cruz diz que o amor tem o condão de tornar semelhante aquele que ama ao seu amado. O cristão, no ato mesmo de se fazer amigo de Cristo vai se assemelhando Ao Santo dos Santos e com sua santidade de vida vai irradiando a luz de Cristo a tal ponto que se torna impossível ter um santo sem que este atraia multidões, por mais escondido que tenha sido como uma Santa Teresinha ou um S. Bruno que, mesmo sem nunca terem saído das clausuras estritas de seus mosteiros, mesmo depois de mortos atraem todos os anos por séculos a muitos para Cristo.
“Chamados a ser santos” eis a tarefa mais urgente de todos os cristãos, porque se formos santos aí sim, seremos luz das nações pois assim como é impossível acender uma luz para esconder debaixo da cama, é, absolutamente impossível esconder a Luz que um santo irradia.
“Vós sois o sal da terra, vos sois a luz do mundo,assim brilhem as vossas boas obras para que vendo-as os homens glorifiquem o Pai do Céu”. Disse Jesus.
Que a nossa imitação de Cristo se constitua numa seta como o dedo de João Batista que aponte a todo o momento: “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo”. Segui-O! E então o mundo que jaz nas trevas reencontrará O Caminho. Assim seja.



                                             BATISMO DO SENHOR






EIS O MEU FILHO AMADO NO QUAL PONHO TODO MEU AGRADO” 
POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF


Impressiona sempre a cada ano ver que O Santo dos Santos, que se tornou homem como nós sem deixar de ser Deus se deixa batizar uma vez que o batismo de João era em vista da conversão dos pecados Ele que não tem pecado, porque se deixou batizar?
De início vemos um conflito entre João Batista que reconhece que o Batismo de Cristo é superior ao seu  e resiste em batiza-lo e Cristo que diz que por hora tem que ser assim para que se cumpra toda a justiça que nada mais é do que fazer a Vontade do Pai, sendo que O Pai intervem imediatamente dando testemunho de que Ele, justamente por Sua obediência oposta à desobediência do primeiro Adão é  primícias de todos os que,  aderindo a Ele pelo Batismo se tornariam filhos de Deus. Filhos amados nos quais Deus põe todo o Seu agrado são todos aqueles que imitam a Cristo em Sua perfeita obediência ao Pai.
A Liturgia encerra com essa máxima teofania o tempo do natal já que pouco se tem registrado sobre a infância de Jesus, passaremos imediatamente, com o tempo comum que se inaugurará já na segunda feira, a celebrar Jesus em sua vida adulta que, com o Seu Batismo, também inaugura Sua vida pública com O Pai e O Espírito empenhados em testemunahar a Boa Nova tão esperada: Jesus não é somente filho de Maria pelo Espírito Santo, é O Filho Unigênito do Pai.
O Batismo de Jesus manifesta o grande desejo de Deus de entrar em comunhão com os homens, descendo ao encontro de cada pessoa ali mesmo onde os caminhos tortuosos da vida e seus pecados podem conduzir-lhes. Essa é a escandalosa  condescendência de Deus que hoje se revela.
Mas continha a pergunta  porque Aquele que não tem pecado teve que se batizar se o  Batismo de João era um banho de água no Jordão que se fazia confessando os pecados. O próprio João prega: "Eu vos batizo com água para a conversão...” (v.11a). Quer dizer, quem o aceitasse teria que reconhecer a própria condição de homem pecador e submeter-se a este rito de penitência com a intenção de morrer para a vida de pecado.
Porém, a libertação verdadeira do pecado não era possível enquanto não viesse o que havia de expiar nossos pecados com sua morte na cruz. Com efeito, João Batista disse: "Eu vos batizo com água para a conversão... mas aquele que vem após mim é mais forte do que eu... Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo" (v.11).
É por isso que João, de início se recusa a batizar Jesus mas, atendo ao que Ele responde o batiza pois convinha que fossem santificadas pelo Santo dos Santos as aguas nas quais haveriam de se tornar filhos de Deus todos os que nEle viessem a crer.
Assim, a consagração de Cristo, diz S. Máximo de Turim, é sobretudo, a consagração das águas nas quais haveriam de ser purificados todos os que a Ele fossem consagrados pelo Batismo.
Que a festa de hoje com a qual encerramos o tempo do natal seja o nosso programa de vida como o foi de toda  a vida de Cristo, fazer em tudo a Vontade do Pai, motivo pelo qual o Pai disse ser Ele O Seu Filho amado, para que também nós possamos escutar a cada dia a mesma voz que também ecoou sobre nós no dia de nosso batismo: Tu és meu filho amado no qual ponho todo o meu agrado”. Assim seja.


                        EPIFANIA DO SENHOR
                                          

                                                                   

POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

                                                                                                                   “Levanta-te e acende as luzes”. Essa é a ordem que recebemos da Palavra de Deus logo na Primeira Leitura, uma vez que Epifania significa manifestação de Deus ao mundo. Já que Deus se manifestou somos convidados a acender nossas luzes pois se essa ordem dada por Deus a Jerusalem por meio do Profeta Isaías mais de setecentos anos antes de Cristo, se refere a todos aqueles que por Cristo, Luz do mundo seriam iluminados, quando Ele fosse manifestado a todas as nações.Sim. Os magos representam todas as nações que viriam em cortejo não só a Jerusalém, em peregrinação ao lugar onde nasceu Jesus, como também representam todas as nações que vão a Roma todos os anos conhecer a sede do novo povo que Ele veio inaugurar, a Igreja. Representam também todas as pessoas que, ao longo destes dois mil e quatorze anos desde que Deus se manifestou ao mundo na figura de uma criança, como Igreja, se iluminariam pela prática das virtudes que Ele veio ensinar, simbolizadas pelas oferendas que os reis magos apresentam diante do Trono de Deus no presépio, uma manjedoura onde comem os animais.Sim, porque todas as vezes que matamos em nós algum vício do homem velho pelo exercício de qualquer uma das virtudes ensinadas por Jesus Cristo, não só estamos a Ele oferecendo um presente, como  estamos também acendendo nossas luzes como nos ordena essa primeira Leitura, já que Cristo dissera: “Vós sois a luz do mundo”. Sim, somos a luz do mundo toda vez que, com a nossa vida, seguindo os passos de Cristo indicamos O Caminho para quantos estão errantes nas trevas da mentira, então acendemos nossas luzes, ou seja, nos tornamos testemunhas do amor de Cristo que nos foi revelado neste natal.Temos a missão, todos nós Cristãos, de mostrar O Caminho, que é Cristo para todos que estão perdidos e fazemos isso com o testemunho de nossas vidas mais do que com nossas palavras, quando  praticamos  tudo o que Ele  veio nos ensinar. Nossa missão é a mesma da estrela que guiou os magos, só assim poderemos cumprir o mandato do Senhor: “ide pelo mundo inteiro, a todos pregai o Evangelho”. É preciso pregar mais com a vida do que com palavras esse Evangelho, essa Boa Notícia de que Deus está conosco, e que mesmo que O tenhamos ofendido ao máximo com nossa desobediência e ruptura com Ele que é o pecado, Ele rompeu a distancia infinita que Dele nos separava para nos abrir Seus Braços num jesto de perdão, por isso, embora tivesse todos os motivos para nos acusar e castigar, não veio como um Juiz mas como uma criancinha, para que ninguém se intimidasse de se aproximar para receber Seu abraço de perdão. Quem tem medo de abraçar uma criancinha?Somente quando acendemos as luzes das virtudes de Cristo em nós é que podemos ser como a estrela que guiou os magos e, como eles, oferecer a Deus o que há de mais precioso:1. O ouro que representa a realeza, é o desapego de tudo o que temos, como Ele se fez pobre por amor a nós, em prol do serviço a Ele, pois é O Rei dos reis, na pessoa do próximo.2. O perfume do incenso representa a divindade do Menino, pois só é oferecido a Deus, representa,  justamente o “bom odor de Cristo (I Carta aos Corintios), que exalamos quando amamos como Ele, consumindo-nos como o incenso sobre a brasa exalando perfume e uma fumaça branca que sobe direto ao céu todas as  vezes que servimos desinteressadamente a Deus na pessoa dos irmãos. 3. A mirra que foi oferecida a Cristo na Cruz e que foi usada para embalsamar Seu corpo, indicando que, assim como ela preserva o corpo depois de morto, da deterioração, nossos sacrifícios, unidos aos sofrimentos de Cristo, purificam nossos corpos preparnado-os para ressuscitar como Cristo, no ultimo dia para com Ele vivermos eternamente.Assim, celebrar o dia de reis é celebrar a manifestação de Deus a todos os povos que representam como primeiros da fila de um cortejo que se prolonga por mais de dois mil anos e que durará até o fim do mundo, pois, como nos diz S. Paulo na Segunda Leitura, “os pagãos são admitidos à mesma herança, são membros do mesmo corpo, associados à mesma promessa em Jesus Cristo por meio do Evangelho”, e entre esses pagãos estamos nós que, não fazendo parte do primeiro povo de Deus os judeus, fazemos parte de Seu corpo que é a Igreja, Seu novo povo.
                                                                   1° DE JANEIRO
                                                    SOLENIDADE DA SANTA MÃE DE DEUS
                                                                               
            
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

Se Deus para nos fazer filhos seus contou com o sim de Maria fazendo-se filho dos homens, fica claro que se ao se fazer homem não deixou de ser Deus, então, ela é mãe de Deus. E se é por meio dela que, como lemos na Segunda Leitura, nos tornamos filhos de Deus, já que por meio dela Deus se fez homem tornando-se irmão de todos os homens, então fica claro que não foi simplesmente um título honorífico que lhe deu Seu Filho Jesus, quando na cruz deu-a, na pessoa de João como mãe de todos os homens.
"Quando se completou o tempo previsto, Deus enviou Seu Filho, nascido de uma mulher". Eis aí o mistério que celebramos hoje, o Filho de Deus nasce de uma mulher. Ora, se o Filho de Deus é Deus, então Ela é Mãe de Deus"!!!
"Afim de que recebêssemos a filiação a filiação adotiva". Ora, se foi por meio de Maria qu recebemos a filiação adotiva de Deus, então Ela é  nossa Mãe, uma vez que estávamos mortos pelo pecado quando Ela deu à luz Aquele que veio nos livertar da morte e do pecado. Se foi por meio dEla que recebemos A Vida, e não só os que vieram depois de Cristo, mas tb os que vieram antes da Encarnação do Verbo, então Maria é a nova Eva, Mãe de todos os renascidos pela graça, como Eva foi a mãe de todos os viventes segundo a carne.
Então, celebrar Maria como Mãe de Deus é também celebra-la como Mãe de todos os homens, pois se por esta mulher Deus se fez homem para poder nos fazer filhos Seus, então ao se tornar mãe de Deus, se torna também mãe de todos os homens.
"E Maria ouvia e guardava todos estes fatos no seu coração e neles meditava", fazendo dEla, mãe de Cristo muito mais por te-lO concebido antes no Seu coração do que por te-lO trazido em seu ventre, como Cristo mesmo respondeu àquela mulher que do meio da multidão certa vez lhe gritou: "Feliz os peitos que te amamentaram e o ventre que te trouxeram. Ao que Cristo respondeu: Antes, felizes os que ouvem A Palavra de Deus e a põem em pratica. 
Maria é Mãe do Príncipe da Paz, dAquele que nos reconciliou uns com os outros por isso hoje é o dia mundial da paz porque a bênção de Aarão que proclamava a paz para o povo de Israel, com o nascimento de Cristo se estendeu a todos os homens de boa vontado no mundo ineiro.
É por isso que nunca nos cansamos de  rezar: "Santa Maria Mãe de Deus, rogai por nós pecadores, agora e na hora de nossa morte. Amém."