PORQUE A COMUNHÃO NA BOCA

Queridos leitores, extraí este belíssimo texto do blog SALVEM A LITURGIA, porque esta entrevista com o PE. Paulo Ricardo expressa inteiramente todo o meu pensamento sobre a Liturgia Católica e explica porque em nossa comunidade dos Teresinianos a Santa Missa será celebrada conforme o rito antigo onde tanto o sacerdote quanto o povo estão voltados para a mesma direção, ou seja, para Deus.
Que o Espírito Santo lhes faça compreender.
DEUS LHES ABENÇOE.                    Pe. Tarcísio Avelino
Recordando: Entrevista com Pe. Paulo Ricardo
por Francisco Dockhorn

Salvem a Liturgia


Prosseguindo a nossa série de entrevistas sobre a situação litúrgica atual do Brasil e do mundo, após a nossa entrevista com Dom Antonio Keller (Bispo de Frederico Westphalen-RS), nosso entrevistado agora é o Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior.

Ele é Reitor do Seminário Cristo Rei, de Cuiabá (MT), além de ser o único brasileiro que é consultor do Vaticano para assuntos de catequese. Tornou-se muito conhecido nos últimos anos pela sua participação frequente na programação da Canção Nova e pelo site que mantém -
http://www.padrepauloricardo.org -, onde podemos acessar suas palestras e artigos.

Segue a entrevista abaixo...

1. Como V. Revma vê hoje a questão da Liturgia no Brasil e no mundo?

Nós estamos vivendo uma fase nova na história da Liturgia. Nós tivemos durante todo o século 20 um movimento litúrgico extraordinário de retorno as fontes; um progresso imenso no estudo da liturgia. Depois, com execução da Reforma Litúrgica do vaticano II, houve infelizmente uma aplicação muito errada da Reforma. Ela foi, de certa forma, positiva, mas muito mal aplicada. Agora vivemos uma terceira fase: a fase em que retomamos aquilo que poderíamos chamar de o “bonde perdido", retomamos o "trem perdido". Nós estávamos no movimento litúrgico, que foi interrompido por um processo revolucionário da década de 70 e 80, e agora estamos retomando aquele processo litúrgico anterior, para colher os frutos de um verdadeiro movimento litúrgico. É isso que o Papa Bento XVI, pelo menos espera colocar em ato, e aquilo que ele prevê no seu livro "introdução ao Espírito da Liturgia".


2. O saudoso Papa João Paulo II, na sua encíclica Ecclesia de Eucharistia, falava de "sombras" no modo com a Santa Missa é celebrada. Como interpretar essa expressão?

A meu ver essa sombras são exatamente isso: são frutos da má aplicação da Reforma Litúrgica. Nós vemos que, de alguma forma, entrou dentro do processo litúrgico da Igreja Católica uma mentalidade estranha e alheia a Igreja, que nós poderíamos chamar de mentalidade revolucionária, onde as pessoas fazem a Liturgia subjetiva, a partir dos seus gostos, de suas veleidades subjetivas. O Papa alerta para isso, e é necessário então nós retornarmos a forma tradicional da Igreja celebrar a Liturgia, mesmo que tenhamos os ritos litúrgicos do Vaticano II. Mas a Reforma Litúrgica do Vaticano II deve ser executada em sintonia com a tradição de 20 séculos.

3. Qual a importância do latim na celebração litúrgica? E do canto gregoriano?

A Liturgia só tem sentido quando ela é recebida do passado. Nós precisamos compreender que um rito litúrgico é algo recebido da tradição, recebido dos nossos pais. E é essa a importância do latim e do canto gregoriano. Ao se fazer orações em latim na Liturgia e ao se cantar cantos que foram cantados por gerações e gerações de cristãos antes de nós, nós tomando a consciência de que estamos vivendo algo que não foi inventado por nós, mas que nos une a uma multidão de santos e santas que viveram antes de nós, e que santificarem com aqueles textos e com aqueles cantos; se eles chegaram a se salvar e estar junto de Deus, também nós podemos fazer.

4. É possível resgatar um uso mais regular da língua latina mesmo na forma ordinária do Rito Romano, ou seja, na forma aprova pelo Papa Paulo VI? Como dar os passos para isso?

Não somente é possível como é desejável. Aliás, o próprio Papa Paulo VI e o Concílio Vaticano II sua constituição Sacrassanctum Concilium pediam isso: que os fiéis soubessem recitar e cantar orações em latim e usando o canto gregoriano. Agora, é evidente que tudo isso pode e deve ser feito dentro um processo, de um movimento gradual. Eu costumo sempre dizer que eu odeio tanto revoluções que as rejeito até quando elas são a meu favor. Uma revolução que de repente coloque tudo em latim e em gregoriano seria tão detestável quando a revolução da qual nós estamos querendo nos livrar. O povo de Deus não se move por decreto. O povo de Deus deve ser respeitado e educado lenta e gradualmente, trazido para a plenitude da fé católica e da beleza da Liturgia Católica, porque do contrario seria violentar o povo.

5. Quanto a Santa Missa “orientada” ou celebrada em “Versus Deum” (“Voltados para Deus”, isto é, com sacerdotes e fiéis voltados para a mesma direção), que o Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, recomenda que se faça no seu livro “Introdução ao Espírito da Liturgia”: essa disposição pode ser utilizada mesmo na forma do Rito Romano aprovada pelo Papa Paulo VI? Qual o seu significado?”

Na verdade as rubricas do Missal aprovado por Paulo VI foram escritas pensando nas duas possibilidades: a Missa voltada para o povo ou a Missa voltada para Deus (também chamada de Missa orientada, já que as Igrejas eram construídas de tal forma que o sacerdote pudesse celebrar voltado para o lugar onde nasce o sol). Muita gente fala da Missa voltada para o povo como sendo uma das “conquistas” do Vaticano II. A verdade é que os documentos do Concílio nem tratam do assunto.

A Missa voltada para o povo foi uma adaptação introduzida pelos padres alemães celebravam assim em seus acampamentos com jovens e escoteiros. Isto que era uma situação completamente excepcional tornou-se regra quando da implantação da Reforma Litúrgica.

Na minha opinião a Missa voltada para o povo não tem nenhum fundamento teológico, psicológico ou pastoral, se considerarmos a verdadeira natureza da Missa. Sendo assim, a situação atual rompe completamente com a tradição de dois mil anos. Não há nenhum outro Rito Litúrgico que tenha este tipo de prática.

A Missa orientada tem a importante “missão” de tirar o sacerdote e colocar Deus no centro da celebração. Todos voltados para a mesma direção, sacerdote e assembléia, dirigem-se como Igreja para Deus e oferecem a ele o Divino Sacrifício Eucarístico.

O que fazer então? Segundo o Papa Bento XVI, no livro que você citou, a caminho de retorno, sem que o povo sofra violências, é colocar a cruz de volta no centro do altar. Desta forma o sacerdote celebrante pode olhar claramente para o Crucificado durante a Liturgia Eucarística e não dar ao povo a errada impressão de que está falando com a assembleia.

6. O Santo Padre Bento restaurou, recentemente, a Comunhão de joelhos e na boca em suas Missas celebradas em Roma. Muitos se surpreenderam com essa atitude do Papa. O que pensar disso?

Eu devo confessar uma coisa: eu, durante vários anos como padre, insisti terminantemente que as pessoas comungassem na mão, devido aos meus estudos. Eu estudei as catequeses mistagógicas de São Cirilo, e lá ele ensina a comungar na mão. E eu insistia nisso, porque afinal das contas, são os Santos Padres que estão nos ensinando; é a volta às fontes. E eu insistia nisso, e ficava até com raiva quando um seminarista vinha comungar na boca. Mas vejam: eu sou canonista, e também sabia que o seminarista tinha o direito de receber a comunhão na boca. Por isso, eu não proibia, só ficava incomodado. Tudo isso era o que eu lutava e cria até a pouco tempo atrás, até que Bento XVI me deu uma rasteira.

Bento XVI começou a dar a comunhão na Liturgia do Papa para os fiéis de joelhos, num genuflexório e na boca. Eu fiquei inicialmente chocado com aquilo, até que eu fui estudar. Por que ele é Papa! Se ele está tomando uma atitude, alguma razão tem. Então eu fui estudar quais são as razões, e como é que surgiu a comunhão na mão.

A primeira coisa que me espantou: descobri que a comunhão na mão - que é algo que podemos fazer, porque foi permitido – ela é uma excessão, segundo a lei canônica; ou seja, canonicamente a forma normal, comum, corriqueira , de se comungar, é na boca. É isso que foi colocado na legislação por Paulo VI e está nas várias legislações de João Paulo II. Mas desde que Paulo VI concedeu a comunhão na mão, ela é claramente uma exceção, permitam-me a redundância, excepcionalíssima. Vamos ficar com a verdade: a atual legislação da Igreja diz que a comunhão normal é na boca.

No Missal de Paulo VI , quando ele foi aprovado em 1969 e 1970 – são as primeiras aprovações do Missal que nós celebramos – não existe nenhuma referência à comunhão na mão. A coisa surgiu depois. E investigando, eu descobri que nos países do Norte da Europa – Holanda, Alemanha... – o pessoal começou a comungar na mão por iniciativa própria, por desobediência. O Papa ficou sabendo, e o Vaticano disse: parem com isso! Mas o pessoal continuou. Então chegou uma hora em que, para não ter uma rebelião em massa, o Vaticano deu uma autorização as Conferências Episcopais – como a CNBB, aqui no Brasil, por exemplo – para que elas, se acharem oportuno, peçam permissão a Santa Sé e a Santa Sé então dá permissão para a Conferência receber a comunhão na mão; mas o normal continua sendo a comunhão na boca. E isso eu descobri lendo um livro de um Arcebispo que foi responsável por toda a Reforma Litúrgica: Dom Annibale Bugnini (La Riforma Liturgica 1948 – 1975, Roma: CVL). Foi ele o chefe da comissão responsável por elaborar o Missal que nós temos hoje. E isso ele disse claramente, é ele que narra; eu não ouvi isso de uma fofoca.

Quais são as razões de Bento XVI agora estar dando a comunhão na boca e de joelhos? O Papa já falou algumas vezes, quando ele era cardeal, e ultimamente ele tem falado através dos seus ajudantes. Portanto, as informações que vou passar aqui são de ajudantes do Papa, como seu mestre de cerimônias, Mons. Guido Marini; o ex-secretario da Congregação para o Culto Divino, Dom Ranjith, e o atual Prefeito da Congregação para o Culto Divino, cardeal Cañizares. O Papa acha que nós estamos correndo um risco muito grande de perder a devoção e a fé na Eucaristia. Infelizmente, em alguns lugares da Igreja, a Presença Real de Jesus na Eucaristia está se tornando uma piada: ninguém acredita mais.

São Cirilo de Jerusalém, em suas Catequeses Mistagógicas, recomendava aos seus fiéis que recebessem a comunhão nas mãos, e eu não estou recriminando isso: não é pecado receber a comunhão na mão. Mas São Cirilo não vive nos nossos dias, e eu duvido que na época dele houvesse esse tipo de escândalo que existe hoje, de gente que perdeu a fé na Presença Real de Jesus na Eucaristia. Isso é muito grave e nós precisamos fazer alguma coisa.

Não é uma questão de arqueologia litúrgica: se formos fazer arqueologia, é evidente que a comunhão na mão é muito mais antiga, é muito mais tradicional, do que a comunhão de joelhos e na boca. Mas o problema é que nós estamos em uma época em que a Presença Real de Jesus na Eucaristia está sendo esquecida, deixada de lado, e isso mudou a minha opinião: o Papa tem razão. Uma pessoa que recebe a comunhão de joelhos está se inclinando diante da Majestade de Deus: Deus é Deus, eu não sou nada. A pessoa que está recebendo a Comunhão na boca porque até a migalha mais pequenina da Hóstia Consagrada é preciosa; não somente é pedagógico, mas é verdadeiramente adoração, é verdadeira devoção eucarística, é verdadeira entrega a Deus.

Nos tempos que correm, nós não podemos nos dar ao luxo de arqueologismos litúrgicos. No primeiro milênio não tinha comunhão na boca, mas também não tinha herege que não acreditava na Presença Real de Jesus na Eucaristia. Nós estamos em um tempo diferente, e a Igreja evolui também na sua forma de demonstrar devoção a Cristo. Foi de mil anos para cá que começaram aquelas heresias que negaram a Presença de Cristo na Eucaristia que culminaram com a reforma protestante, que a negou de vez, e agora estamos nessa situação.

O Papa está nos dando exemplo de devoção eucarística, de verdadeira união a tradição da Igreja, mas uma tradição que sabe evoluir ao longo dos tempos; a Igreja sabe, como mãe e mestra, colocar o remédio certo na hora certa. E em um tempo em que, infelizmente, acontecem abusos e padres que perdem a fé na Presença de Jesus na Eucaristia, a Igreja como mãe e mestra quer renovar essa fé.

7. Em muitas dioceses há sacerdotes e ministros extraordinários que negam ministrar a Comunhão para o fiel que deseja comungar de joelhos, fazendo que os fiéis passem por situações constrangedoras e gerando escândalo. Como V. Revma. esse fenômeno, e o que fazer em relação a isso?

Eu sou professor de Direito Canônico, e uma das observações que eu faço em aula para os meus alunos é o seguinte: que de uma forma geral os padres e bispos tem alergia ao Direito Canônico, exatamente porque 90% das normas canônicas estão lá para defender os fiéis, os sacramentos e a Palavra de Deus do alvitre dos padres e bispos. Então é evidente que aqueles que são os mais tolhidos pelo Direito Canônico são aqueles que mais recalcitram contra ele. No entanto, o Direito Canônico é necessário. A Igreja dá poder aos padres e bispos, e ao mesmo tempo se apressa em limitá-lo. Porque sabe que pelo nosso pecado original nós temos uma tendência de abusar do poder. Negar a comunhão ao fiel que legitimamente deseja recebê-la de joelhos e na boca é sem dúvida alguma um abuso de poder. Para resolver o problema, eu recomendo aos fiéis prudência e determinação. Prudência para ver se com 10 mil homens você consegue vencer um exercito que vem contra você com 20 mil. E determinação para não abandonar a reverencia e a sacralidade da forma com nós recebemos a Sagrada Comunhão. Penso que é importante que os fiéis insistam num movimento litúrgico em que o verdadeiro espírito da Liturgia seja resgatado, mesmo que esse movimento tenha que pacientemente esperar décadas.

8. E quanto à forma extraordinária do rito romano, a ”Missa Tridentina"? Como vê V. Revma. esse aumento dos pedidos dos leigos para que se a celebre?

O Missal anterior aquele que nós celebramos hoje é um Missal que santificou gerações e gerações de cristãos. As pessoas vêem que existe algo de errado na forma de se celebrar hoje em dia, e por isso tem a tendência de imputar essas dificuldades ao Missal de Paulo VI. Ou seja, "se a Liturgia vai mal, é porque o Missal de Paulo VI é mau". Eu respeitosamente discordo dessa opinião. Eu acho que se nós executássemos o Missal de Paulo VI, se nós obedecêssemos a ele, teríamos uma Liturgia esplendorosa e magnífica. O problema é que não o fazemos. Então existem muitos equívocos com relação ao Missal de Paulo VI. Nós vemos, por exemplo, na internet, com freqüência, abusos litúrgicos que são fotografados e colocados dizendo: “Vejam o Missal de Paulo VI!” Quando isso é incorreto, ou seja, aquilo não é o Missal de Paulo VI, aquilo é o abuso dele. Não posso imputar ao Missal de Paulo VI os atos daqueles que estão destruíndo este Missal. Agora, esses pedidos que aumentam cada vez mais de se celebrar a Liturgia conforme o Rito Extraordinário são pedidos de pessoas bem intencionadas que querem voltar a tradição da Igreja, e por isso devem ser valorizados e respeitados, ao mesmo tempo em que essas pessoas deveriam ser esclarecidas, para que se compreendesse que a atual situação de desrespeito da Liturgia não é devida ao Missal, mas exatamente a ausência de respeito ao Missal.

A APARIÇÃO DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS


1ª Aparição
Na noite de 18 para 19 de julho de 1830, em Paris (Rue du Bac), Nossa Senhora apareceu a irmã Catarina Labouré, filha da Caridade de São Vicente de Paulo. Por volta das onze e meia da noite, Catarina, que dormia, foi acordada por um chamado insistente: "Irmã, Irmã, Irmã!" Olhou para o lado de onde vinha a voz, e viu um menino vestido de branco, a quem reconheceu como seu anjo da guarda. Ele lhe disse: "Venha à capela, a Santa Virgem te espera". Conduzida à capela, Catarina espera e reza. Passada uma meia hora, o anjo anunciou de súbito "Eis a Santíssima Virgem". Ao lado do altar, onde normalmente se lê a epístola, Maria desceu, dobrou o joelho diante do Santíssimo Sacramento e vai sentar-se numa cadeira no coro dos sacerdotes. Num abrir e fechar de olhos a vidente se atirou aos seus pés, apoiando suas mãos sobre os joelhos maternais de Nossa Senhora. Foi esse o momento mais belo de sua vida. Durante duas horas Maria falou com Catarina duma missão que Deus queria confiá-la e também das dificuldades que iria encontrar na realização da mesma. Depois Maria desapareceu, e o anjo a reconduz ao dormitório.
2ª Aparição
Em 27 de novembro de 1830, ela aparece novamente e encarrega Catarina de mandar cunhar uma medalha e depois difundi-la. Nessa aparição, Nossa Senhora apresentou-se vestida de seda branca como a aurora. Suas mãos erguidas à altura do peito, seguravam um globo dourado, encimado por uma cruz. Tinha os olhos elevados ao céu, e seu rosto iluminava -se enquanto oferecia o globo ao Senhor. Em seguida as mãos da Virgem pareceram carregar-se de anéis preciosos. Os raios que partiam de suas mãos alargavam-se à medida que desciam, a ponto de não deixarem ver os pés de Nossa Senhora.
Enquanto contemplava Maria, Catarina ouviu interiormente: "Este globo que vês representa o mundo inteiro e especialmente a França, e cada pessoa em particular. Os raios são o símbolo das Graças que derramo sobre as pessoas que me pedem".
Enquanto Maria estava rodeada duma luz brilhante, o globo desaparece de suas mãos. Forma-se então um quadro de forma oval em que havia em letras de ouro as seguintes palavras: "Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós".
Então Nossa Senhora revelou: "Faze cunhar uma medalha conforme este modelo. As pessoas que a trouxerem ao pescoço receberão grandes graças. As graças serão abundantes para os que a trouxerem com inteira confiança". No mesmo instante, a imagem luminosa transformou-se. As mãos carregadas de anéis, que seguravam o globo, abaixaram-se, abrindo e despejando raios, sobre o globo agora abaixo dos pés da Virgem, esmagando a serpente infernal.
Depois o quadro voltou-se, mostrando no reverso um conjunto de emblemas. No centro um grande M, o monograma de Maria, encimado por uma cruz sobre uma barra, e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos, o da direita transpassado por uma espada. Eram os Sagrados Corações de Jesus e Maria. Cercando esse conjunto, uma constelação de 12 estrelas, em forma oval. A Santa tinha de fato uma grandiosa missão pela frente. Como o padre confessor Gian Maria Aladel não lhe deu crédito (nisso residiriam as dificuldades prenunciadas por Maria), Nossa Senhora apareceu novamente e insistiu para que se fizesse a medalha. Catarina fala novamente com o confessor, que se reúne com o bispo tendo em vista uma decisão. Finalmente, em 1832 seria cunhada a medalha de acordo com as instruções da Virgem Maria.
Prodígios e propagação da Medalha Milagrosa
Quando iam ser cunhadas as primeiras medalhas, uma terrível epidemia de cólera, proveniente da Europa oriental, atingia Paris. O flagelo se manifestou a 26 de março de 1832 e se estendeu até meados do ano. A 1º de abril, faleceram 79 pessoas; no dia 2, 168; no dia seguinte, 216, e assim foram aumentando os óbitos, até atingirem 861 no dia 9. No total, faleceram 18.400 pessoas, oficialmente; na realidade, esse número foi maior, dado que as estatísticas oficiais e a imprensa diminuíram os números para evitar a intensificação do pânico popular. No dia 30 de junho, foram entregues as primeiras 1500 medalhas que haviam sido encomendadas à Casa Vachette, e as religiosas Filhas da Caridade começaram a distribuí-las entre os flagelados. Na mesma hora refluiu a peste e começaram, em série, os prodígios de conversão, proteção e cura, que em poucos anos tornaram a Medalha Milagrosa mundialmente conhecida. Perante os fatos, o Arcebispo de Paris, Monsenhor de Quélen, ordenou um inquérito oficial sobre a origem e os efeitos da Medalha da Rue du Bac. Deste concluiu-se que "A rápida propagação, o grande número de medalhas cunhadas e distribuidas, os admiráveis benefícios e as graças singulares obtidas, parecem sinais do Céu, que confirmam a realidade das aparições, a veracidade das narrativas da vidente e a difusão da medalha."
A Medalha Milagrosa continua sendo distribuída aos milhares. Maximiliano Kolbe, fundador da Milícia da Imaculada, morto num campo de extermínio nazista, foi um grande propagador da Medalha Milagrosa. A medalha é um sinal de que seu portador pertence à Virgem Maria. Por isso, Maria tem por ele um carinho de Mãe, todo especial

A MULTIPLICAÇÃO DOS PÃES XVIII DOM. COM. A

  “OUVI-ME E ALIMENTAI-VOS”

POR: PE. Tarcísio Avelino

A exortação que dá o título a esta homilia que aparece na primeira leitura, nos ajuda a compreender bem porque Nosso Senhor precisou ser lembrado que aquele povo precisava se alimentar pois já estava entardecendo, é que Jesus sabe que “não só de pão vive o homem mas de toda a palavra que sai da boca de Deus”, por isso Jesus não se preocupa com o alimento corporal, porque sabe muito bem que este alimento não é capaz de manter uma pessoa com vida. Quantos por aí há que mesmo tendo alimento e dinheiro de sobra estão definhando de depressão numa cama!! E quantos morrendo de overdose e outros tantos jovens de famílias abastadas se suicidando por falta de sentido na vida!! É por isso que Nosso Senhor responde aos seus discípulos que chamam a atenção dEle para o sentido de que Ele precisava despedi-los para que pudessem ir comprar alimento: “Eles não precisam ir embora” é como se Jesus atentasse para o absurdo das pessoas que buscam alimento fora dEle, como diz a primeira leitura “porque gastar dinheiro com outra coisa que não O Pão?” Fiz questão de escrever “O Pão” com letra maiúscula porque este Pão da Vida é Jesus, o único capaz de preencher todos os anseios do coração humano.
Na verdade o ser humano tem mesmo é fome de amor. A Dra. Rentate Jost de Moraes, brasileira gaúcha, fundadora do revolucionário método psicológico da Abordagem Direta do Inconsciente, ADI, diz que o inconsciente analisado de todos os seus pacientes até hoje, tem confirmado que todos os problemas do mundo se resumem na falta de amor!!!! Todo cristão tem, por isso, a obrigação de evangelizar, é nossa missão de batizados anunciar Jesus a todos os que ainda jazem nas trevas da solidão e da depressão, sem saber como preencher o vazio imenso que experimentam em seu coração, essa fome sem saberem do que que os devora e consome. É por isso que Nosso Senhor diz: “dai-lhes vós mesmos de comer”, porque o milagre que estava para realizar não era somente uma lição no sentido de que partilhando o que temos não faltará nada para ninguém, (pois O Pai de todos não calculou mal o que é necessário para saciar dignamente todos os seus filhos), mas sim a prefiguração do banquete eucarístico que inauguraria na última ceia e que se perpetuaria em cada Santa Missa até o fim do mundo. Neste banquete O Próprio Deus se dá a nós como que antecipando a sede que tem  de se dar a Seus filhos, ao ponto de não poder esperar o fim do mundo para se unir a nós eternamente.
“Criastes-nos para Vós e o nosso coração está constantemente inquieto enquanto não repousar em vós”, essa célebre frase de Santo Agostinho em seu livro “CONFISSÕES” expressam muito bem a sede e a fome da humanidade afastada de Deus que seria saciada com a encarnação do Verbo. Por Ele, Palavra Eficaz do Pai, tudo foi criado e recriado e é também pelas Suas Palavras que nossos cinco “pães e dois peixinhos” ou seja, o pão e o vinho, símbolo do trabalho do homem se  tornam o único alimento capaz de nos saciar completamente.
E se o problema é realmente a fome que assola 70% da população mundial, na qual 11 milhões passa fome, a segunda leitura nos garante que nada, nem mesmo a fome “poderá nos separar do amor de Deus por nós, manifestado em Jesus Cristo, Nosso Senhor pois onde Ele chega acontece o amor que tudo partilha como vemos no Evangelho de hoje, os insignificantes 5 pães e dois peixinhos, perfazem o número 7 para dizer, não só que Deus põe alimento no mundo para saciar a todos o seus filhos, como também que na Eucaristia todos podem saciar plenamente todos os anseios de sua alma e que nela, Deus se oferece a todos mas que os únicos que nos podem separar de Seu amor somos nós próprios com nossos pecados.
“Porque desperdiçar o salário com aquilo que não traz satisfação completa?” Essa inquietante pergunta da primeira leitura é um alerta para aqueles que estão desperdiçando sua vida com falsas alegrias e prazeres que não somente passam depressa como também aumentam cada vez mais a fome que tentam enganar, a fome de Deus e a primeira leitura dá o consolo completo quando afirma para aqueles que descobrirem Este Único Alimento capaz de saciar-nos plenamente, que este alimento está disponível para todos vinte e quatro horas por dia e para sempre!!! E além do mais é de graça: “Ó todos vós que estais com sede vinde às águas... vinde e comei, comprai sem dinheiro”.

O TESOURO ESCONDIDO E A PÉROLA

POR: Pe. Tarcísio Avelino
A liturgia de hoje atenta para o valor absoluto do Reino de Deus, conscientizando-nos sobre como fazer para ter a certeza de que o possuiremos quando ele atingir, no último dia a sua plenitude. O segredo é pedir sempre, como fez  o rei Salomão, na primeira leitura, a sabedoria que nos capacita a discernir entre o bem e o mal.
Somente a pessoa sábia saberá esperar sem desanimar a consumação do Reino no último dia, na certeza de que mesmo quando pareça que o mal impera, Deus continua no comando e, como lemos na segunda leitura faz tudo concorrer para o nosso bem. Só quem é sábio e tem essa consciência terá coragem de deixar tudo pelo tudo que é O Reino. O Reino de Deus é o próprio Cristo que, pelo Seu Espírito habita em nós, como Ele próprio havia dito “o Reino de Deus está dentro de vós” (Lc.17,20).
Quando alguém descobre que a felicidade mora dentro dele a pessoa descansa em Deus e começa, desde então a desfrutar da imensa paz que só Deus pode dar e para de ficar apostando sua vida em tantas coisas passageiras e se torna muito mais abnegado com as adversidades, pois sabe o que realmente vale a pena.
Se O Reino é o Próprio Jesus entendemos porque tantos santos deram a vida para testemunhá-lo, entendemos porque tantas pessoas ainda hoje, deixam tudo para ter a honra de se tornar unicamente Seu servo. É que quando realmente se compreende o quanto Deus nos ama ama a cada um pessoalmente como se eu fosse seu único filho, a pessoa encontra o seu centro e para de se identificar com a imagem que ela mesma tem de si introjetada por tantas coisas que dela fora dito ao longo de sua vida.
Já ouvimos Jesus dizer que “onde está o teu tesouro aí está o teu coração” (Mt.6,21), então, quando a pessoa se descobre amada por Deus com um amor total e incondicional ela sentirá dentro de si um apelo enorme, embora permaneça totalmente livre, de aderir e colocar todo o seu objetivo em agradar a Deus e para tanto, não hesitará em investir tudo neste único objetivo de descansar eternamente Nele que a faz se perceber inteira e completa.
Somente quem se decide assim por Deus, vai dando, em seu interior, mais e mais espaço para que O Espírito Santo a vá transformando progressivamente em à imagem e semelhança de Cristo até que no último dia seja separada com os peixes bons para se unir eternamente com Deus ao passo que aqueles que tiverem se recusado a aderir a Cristo, arderão eternamente no fogo em que sempre viveram, o fogo do ódio a Deus e ao próximo.
É preciso investir tudo em nossa santificação pessoal para que assemelhando-nos mais e mais a Cristo estejamos em condições de, como Ele, discernir tudo o que no Antigo Testamento tinha valor transitório, ocmo a circuncisão, por exemplo, e tudo o que é de valor eterno, como o pai de família que sabe separar em seu tesouro, as coisas novas e velhas.
Fixemos, portanto, nossos olhos em nossa meta e dirijamos para lá nossos passos na certeza de que lá, chegaremos por mais que as vezes nos pareça muito distante, por causa dos muitos contratempos os quais Deus faz concorrer para o nosso bem.

ONDE ESTAVA DEUS??????


 A Mãe deu um pulo assim que viu o cirurgião a sair da sala de operações.
Perguntou:
- Como é que está o meu filho? Ele vai ficar bom?
- Quando é que eu posso vê-lo?
O cirurgião respondeu:
 - Tenho pena. Fizémos tudo mas o seu filho não resistiu.
Sally perguntou:
- Porque razão é que as crianças pequenas tem câncer? Será que Deus não se preocupa?
- Aonde estavas Tu, Deus, quando o meu filho necessitava?...
O cirurgião perguntou:
- Quer algum tempo com o seu filho? Uma das enfermeiras irá trazê-lo dentro de alguns minutos e depois será transportado para a Universidade.
Sally pediu à enfermeira para ficar com ela enquanto se despedia do seu filho. Passou os dedos pelo cabelo ruivo do seu filho.
- Quer um cachinho dele? Perguntou a enfermeira.
Sally abanou a cabeça afirmativamente.
A enfermeira cortou o cabelo e colocou-o num saco de plástico, entregando-o a Sally.
- Foi idéia do Jimmy doar o seu corpo à Universidade porque assim talvez pudesse ajudar outra pessoa, disse Sally. No início eu disse que não, mas o Jimmy respondeu:
- Mãe, eu não vou necessitar do meu corpo depois de morrer. Talvez possa ajudar outro menino a ficar mais um dia com a sua mãe.
Ela continuou:
- O meu Jimmy tinha um coração de ouro. Estava sempre a pensar nos outros. Sempre disposto a ajudar, se pudesse.
Depois de aí ter passado a maior parte dos últimos seis meses, Sally saiu do "Hospital Children's Mercy" pela última vez.
Colocou o saco com as coisas do seu filho no banco do carro ao lado dela.
A viagem para casa foi muito difícil.
Foi ainda mais difícil entrar na casa vazia.
Levou o saco com as coisas do Jimmy, incluindo o cabelo, para o quarto do seu filho.
Começou a colocar os carros e as outras coisas no quarto exatamente nos locais onde ele sempre os teve.
Deitou-se na cama dele, agarrou a almofada e chorou até que adormeceu.
Era quase meia-noite quando acordou e ao lado dela estava uma carta.
A carta dizia:
-Querida Mãe,
Sei que vais ter muitas saudades minhas; mas não penses que me vou esquecer de ti, ou que vou deixar de te amar só porque não estou por perto para dizer:"AMO-TE".
Eu vou sempre amar-te cada vez mais, Mãe, por cada dia que passe.
Um dia vamos estar juntos de novo. Mas até chegar esse dia, se quiseres adotar um menino para não ficares tão sozinha, por mim está bem.
Ele pode ficar com o meu quarto e as minhas coisas para brincar. Mas se preferires uma menina, ela talvez não vá gostar das mesmas coisas que nós, rapazes, gostamos. 
Vais ter que comprar bonecas e outras coisas que as  meninas gostam, tu sabes.
Não fiques triste a pensar em mim. Este lugar é mesmo fantástico!
Os avós vieram me receber assim que eu cheguei para me mostrar tudo, mas vai demorar muito tempo para eu poder ver tudo.
Os Anjos são mesmo lindos! Adoro vê-los a voar! 
E sabes uma coisa?...
O Jesus não parece nada como se vê nas fotos, embora quando o vi o tenha conhecido logo.
Ele levou-me a visitar Deus!
E sabes uma coisa?...
Sentei-me no colo d'Ele e falei com Ele, como se eu fosse uma pessoa importante. Foi quando lhe disse que queria escrever-te esta carta, para te dizer adeus e tudo mais.
Mas eu já sabia que não era permitido.
Mas sabes uma coisa Mãe?...
Deus entregou-me papel e a sua caneta pessoal para eu poder escrever-te esta carta.
Acho que Gabriel é o anjo que te vai entregar a carta.
Deus disse para eu responder a uma das perguntas que tu Lhe fizeste,
"Aonde estava Ele quando eu mais precisava?"...
Deus disse que estava no mesmo sítio, tal e qual, quando o filho dele,
Jesus, foi crucificado. Ele estava presente, tal e qual como está com todos os filhos dele.
Mãe, só tu é que consegues ver o que eu escrevi, mais ninguém.
As outras pessoas veem este papel em branco.
É mesmo maravilhoso não é!?...
Eu tenho que dar a caneta de volta a Deus para ele poder continuar a escrever no seu Livro da Vida.
Esta noite vou jantar na mesma mesa com Jesus.
Tenho a certeza que a comida vai ser boa.
Estava quase a esquecer-me: já não tenho dores, o câncer já se foi embora.
Ainda bem, porque já não podia mais e Deus também não podia ver-me assim.
Foi quando ele enviou o Anjo da Misericórdia para me vir buscar.
O anjo disse que eu era uma encomenda especial! O que dizes a isto?...
Assinado com Amor de Deus, Jesus e de Mim.
 Queridos leitores, foi exatamente isso o que respondeu um sacerdote quando argüido por um repórter quando este visitava o campo de concentração de AUSCWITZ, onde S. Maximiliano Maria Kolbe morreu juntamente com centenas de judeus cuja fumaça de seus cadáveres encinerados podiam ser vistos por semanas se elevando do céu. O repórter perguntou onde estava Deus no momento em que essas vítmas inocentes eram submetidas a tão bárbaras torturas? O padre respondeu: Deus estava exatamente em cada um daqueles que eram torturados.
Eis a resposta que dou para tantos que veem o sofrimento no mundo como um impecilho para acreditar que Deus é amor. Lembrem-se que Jesus disse: "tudo o  que fizeres a um destes pequeninos foi a mim mesmo que o fizestes", e,  por favor, não percam mais tempo em se lançar confiantemente nos braços de Jesus pois maior prova de que Ele te ama Ele não poderia dar do que morrerr barbáramente naquela cruz.

Com o carinho e a bênção de Pe. Tarcísio Avelino.

XVI DOMINGO DO TEMPO COMUM A

PORQUE DEUS NÃO EXTERMINA OS MAUS?
por: Pe. Tarcísio Avelino

As leituras de hoje nos ajudam a responder à pergunta mais inquietante sobre Deus que poderia imergir do coração humano: Porque Deus permite que os maus continuem a causar tanto dano aos justos? Dentre as parábolas sobre o Reino de Deus está uma que nos ajuda a compreender porque Deus tem permitido, por exemplo, tantos escândalos no seio de Sua Amada Igreja, basta atentarmos para o fato de que Jesus tenha escolhido, Judas um ladrão para fazer parte deste edifício que começou insignificante, com apenas doze bispos e que, como uma pequenina semente, imperceptivelmente vai se transformando numa arvore imensa e frondosa, se transformou na maior Igreja do mundo, a Católica Apostólica Romana, em cujos ramos se abriga povos de todas as raças e nações. Mas porque Cristo teria edificado este edifícil tão imenso em cima de um alicerse tão frágil que foram os seus primeiros apóstolos, homens ignorantes e covardes como Pedro que Jesus escolheu como nosso primeiro Papa? Porque  “Deus escolhe o que é vil e desprezível aos olhos do mundo” para que fique mais patente que a obra é dele e não nossa.
Assim, a Parábola do joio e do trigo vem nos falar desta imensa paciência de Deus que nos é descrita na primeira leitura, Deus permite que no seio de sua Igreja coexista os maus com os bons para que os bons os transformem, como o fermento age na massa, em verdadeiros seguidores de Cristo.
Na verdade, quando nos deparamos com o maus no mundo não sabemos como devemos orar pois quando a maldade é muito grande somos tentados a agir como os servos do dono do campo nesta Parábola do joio e do trigo, no entanto O Dono do campo nos ensina que a paciência dEle dura até o fim do mundo esperando pacientemente a conversão de cada pessoa que Ele ama como se fosse seu filho único. Diante do mal no mundo “não sabemos como orar nem pedir o que convem, mas O Espírito ora em nós com gemidos inefáveis”. Somente o Espírito Santo que recebemos no dia do Batismo sabe como Deus tirará um bem de todo mal que nos rodeia por isso, Ele ora em nós e por nós pedindo o que melhor
Convém não com a nossa limitada visão que muitas vezes deseja soluções imediatas mas “segundo Deus” cujo objetivo máximo é a salvação senão de todos, (pois a muitos O rejeitam e Ele respeita nossa liberdade), pelo menos da maioria.
“Como o joio é recolhido e queimado ao fogo, assim também acontecerá no fim dos tempos: O Filho do Homem enviará seus anjos e eles retirarão do seu Reino todos os que fazem os outros pecar”. Fazer os outros pecar significa todos os que se tornam pedra de tropeço ou causa de escândalo para os outros, eis a nossa imensa responsabilidade sobre nossos atos e comportamentos. Sim, somos livres para usar as roupas que quisermos e para dizer o que queremos, desde que estejamos dispostos a assumir as consequências de nossos atos. Jesus lançará ao fogo aqueles que são joio, ou seja que impedem o crescimento dos outros, não como vingança mas apenas como consumação da liberdade daqueles que escolheram durante sua vida não a habitar como o Fogo de Amor que é Deus, que como a sarça arde mas não consome, escolheram, pelo pecado a viver longe do Fogo do amor para habitar no fogo do ódio que corrói sem, contudo, destruir.
“Então os justos brilharão como o sol no Reino de seu Pai”. Cada um temos o direito de escolher quem quer ter como pai eternamente.

NOSSA SEGUNDA PADROEIRA


QUEM FOI SANTA TERESINHA DO MENINO JESUS
Teresa Martin nasceu em Aleçon (Orne), pequeno lugarejo da Normandia francesa, no dia 2 de janeiro de 1873 d uma familia abastada mas de profunda e intensa prática da  fé católica. Última de oito filhos, 3 destes morreram pequenos, porque naquele tempo a mortalidade infatil não tinha sido vencida. Todavia apesar das tragédias na familia Martin reina uma sólida fé que os lhes possibilita sofrer com resignação qualquer provação na  presença de Deus.
O pai Luis Martin nascido no dia 22 de Agosto em Bordeaux, era relojoeiro, tinha aprendido o seu trabalho na Suiça. Desde menino tinha seguido seu pai em Avignone, Strasburgo e assim conheceu a vida dos campos militares até que este se aposentou e se transferiram a Aleçon no ano de 1830. Luis aos 22 anos sonha uma vida religiosa e se apresenta ao mosteiro do Grande São Bernardo mas não foi aceito porque não conhecia o latim, todavia por oito anos conduz uma vida quase monástica, toda dedicada ao trabalho, a oração e a leitura.
A mãe Zélia Guérin, nascida o dia 23 de Dezembro de 1831 em uma familia de origem humilde, foi educada por um pai autoritário e por uma mãe muito severa, também ela pensa à vida religiosa, mas o seu pedido de ser acolhida nas freiras do Hotel Dieu d’Aleçon foi negado e então se lança na fabricação do "Ponto de Aleçon" abre uma loja e se transforma em uma hábil trabalhadora e terá sucesso.
Já desde o seu nascimento, Teresa conhece o sofrimento: a somente quinze dias de vida corre o risco  de morrer devido a uma enterite aguda. Com dois meses Teresa supera uma crise porém a mãe foi obrigada, sob conselho médico, de separar-se da filha e dá-la por um período a uma ama de leite pois não tinha leite para amamentar a filhinha.
Com quatro anos Teresa perde a mãe, devido a um cancer no seio, todavia as irmãs fazem do melhor para educar a pequena Teresa, e, no mesmo período se transferem a Lisieux (Calvados).
Aos nove anos, sofre um outro choque muito grande quando sua irmã Paulina, (a quem havia adotado por mãe assim que soube do falecimento de Zélia o qual já a havia feito sofrer tanto), ingressa numa das Ordens mais rigorosas da Igreja, o  Carmelo, de onde nunca mais se saía para visitar os familiares, então, Teresa cai gravemente doente. Ninguém sabe diagnosticar a doença. Teresa, familiares e amigos oram muito, até que no dia 13 de Maio de 1883, quando já parecia inevitável a morte, a Imagem de Nossa Senhora tão venerada pela família, trazida para sua cabeceira lhe sorri, restabelecendo-lhe, imediatamente, sua saúde.
 A cura repentina e aquele sorriso materno de Maria a fazem ainda mais determinada a realizar o seu tão antigo sonho, consagrar-se totalmente a Deus como carmelita, nas pegadas de sua mãezinha Paulina.
 Na primeira comunhão (8 de Maio de 1884) Teresa experimentou de sentir-se amada como nunca, por Deus,  "foi um beijo de amor, me sentia amada e dizia também: Te amo, me dou a ti para sempre".
Sucessivamente também sua irmã mais velha, Maria, entra no Carmelo, o que, também a faz sofrer por ser muito afetuosa e tão apegada ficou nesta sua irmã tão querida, nos momentos de provação.
Então, finalmente, sem poder esperar mais, aos 14 anos, Teresa anuncia ao pai a intenção de entrar no Carmelo, dando-se início, verdadeiras peripécias do pai que profundamente conhecia a sua dileta filha com a qual tão abertamente sempre se confidenciaram, e que, passará agora, a percorrer com ela um intenso itinerário para que fosse antecipada a idade com a qual se podia ser admitido na vida do carmelo. Assim, depois de terem falado com a superiora do carmelo e com o bispo local, sem êxito, partem em peregrinação para Roma, onde ela, corajosamente põe em prática o seu plano de romper o protocolo de não poder falar ao Papa quando este receberia sua peregrinaçao para  a cerimônia do beija-mão. Segreda então seu pedido ao Papa que lhe responde que se fôr da vontade de Deus ingressaria no carmelo aos 15 anos e, de fato, aos 15 anos, no 9 abril 1888 passa pelo portão da clausura, depois de ter obtido – considerada a sua jovem idade – uma autorização particular do papa Leão XIII, com o qual havia se encontrado, no dia 20 de novembro de 1887 em Roma. No Carmelo era calmíssima e reencontrou a paz, que não a abandonou mais, nem durante a prova. A madre Gonzaga, apesar da jovem idade de Teresa a tratava com severidade, todavia ela nunca se lamentou.
No entanto as condições do pai pioravam. A arterioesclerose devastou o pai de Teresa que foi interdito e internado por três anos em um hospital. Este fato lhe deu uma terrível dor.
Mas as provas maiores para ela não foram aquela da saúde, mas a "noite" do espirito, que consiste numa verdadeira agonia por não se sentir mais a fé e por uma profunda ausência de Deus, que a coenvolveu por 18 meses nos quais compreendeu o que se passa na alma dos ateus: "Deus permitiu que a  minha alma fosse invadida pelas trevas e pelo pensamento de que o Céu, sempre dulcíssimo para mim, não existia, mas era somente uma ilusão, luta e tormento".
A sua saúde sempre tão debilitada, todavia não resistia muito tempo ao rigor da Regra de Vida carmelitana e no dia 30 de setembro de1897, à idade de 24 anos, morrerá de tubercolose, vivendo dia a dia os seus sofrimentos em perfeita união a Jesus Cristo morto em cruz, para a salvação dos homens.
Este período de nove anos transcorridos em uma vida de religiosa, aparentemente sem importância, terão um maravilhoso significado espiritual, tanto mais forte se se considera que naquela época muitas pessoas simples, graças ao seu exemplo, se sentem capazes de  imitar e alcançar o mesmo nível desta alma sem pretender nada ou sem complicações, mas todavia muito exigente que é "a Via da infância evangélica", ou "Pequena Via" que faz reconhecer a própria miséria e se abandona com total confiança à bondade de Deus como uma criança nos braços de sua mãe.
Na vida de Teresa tudo é um contraste. A sua linguagem é pobre e frequentemente infantil, mas o seu pensamento é genial. A sua vida aparentemente sem dramas é, ao invés, uma tragédia de fé. A sua existência se é passada entre quatro paredes do Carmelo, no entanto a sua mensagem é universal.
Teresa escreveu muito. Compôs tres manuscritos, um no ano de 1895, "Historia de uma alma" (chamado manuscrito A), autobiografia escrita porque pedida pela irmã Paulina (madre Inês). Em outubro no ano 1897 o  (chamado manuscrito B), ano em que escreve para obedecer à sua priora.
As suas irmãs depois recolheram as suas "últimas conversações" em maio de 1897 no dia da sua morte (este chamado manuscrito C). Para completar os seus escritos temos um grande número de cartas enviadas à familia e das numerosas poesias que compôs. Teresa sofreu muito. As provas espirituais que passou no curso desta vida escondida (noite da fé, vazio espiritual, tentação de não crer) a fazem muito próxima daqueles que duvidam e não creem.
Teresa mal era conhecida quando morre em 1897, mas quando foi canonizada, vinte e oito anos mais tarde, em 1925, a fama da sua santidade já se havia espalhado  rapidamente pelo  mundo inteiro: Lisieux será uma das destinações mais procuradas da grande massa de fiéis de todas as partes do mundo. Teresa foi proclamada,  pelo papa Pio XI padroeira universal das Missões, uma vez  que ela rezou sempre sem trégua, pelos missionários e, foi proclamada, juntamente com santa Joana D'Arc, padroeira da França.
Em 1997, centenário da sua morte, Teresa é declarada "Doutora da Igreja", a terceira mulher que alcança o máximo de consideração teológica em dois mil anos de Cristianismo, depois de Santa Catarina de Sena e Santa Teresa d’Avila.
Assim, dentre todas as virtudes de S. Teresinha, poderíamos destacar a sua profunda humildade que, mesmo tendo ouvido da boca do próprio confessor que jamais cometera sequer um pecado mortal sempre se considerou tão necessitada da misericórdia como S. Maria Madalena, dizendo com esta A Misericórdia perdoou seus muitos pecados e com ela, A Misericórdia sustentou para ser preservada do pecado.
Santa Teresinha do Menino Jesus, rogai por todos nós os Teresinianos, para que sejamos dignos filhos vossos asiim seja.

XV DOMINGO DO TEMPO COMUM - A


A EFICÁCIA DA PALAVRA DE DEUS

Por: Pe. Tarcísio Avelino
Quando comparamos a primeira e segunda leituras da missa de hoje com o Evangelho, de cara, nos deparamos com uma aparente contradição pois se na primeira leitura lemos que A Palavra que sai da boca de Deus é como a chuva que cai e fecunda a terra fazendo-a produzir frutos, e não retorna a Deus sem ter, antes, cumprido Sua Vontade, lemos na segunda leitura que a criação geme como em dores de parto aguardando a manifestação dos filhos de Deus e a sua libertação, poderíamos então concluir que Cristo, Palavra, Verbo Encarnado, semeado como uma sementinha na terra boa do ventre e do coração de Maria tenha retornado ao Pai no dia de Sua Ascenção sem ter cumprido a vontade do Pai de que todos se salvem, uma vez que vemos cada vez mais aumentando cada vez mais a iniquidade no mundo, no entanto, quando lemos atentamente o Evangelho de hoje percebemos que o problema dos parcos resultados e frutos da semeadura, não está na semente, que é A Palavra, mas no tipo de solo onde ela é semeada.
Que tipo de solo é o teu coração? Como eu tenho acolhido a Palavra de Deus? Permito que ela me interpele e me obrigue a mudar de vida??
No Evangelho de hoje vemos Jesus dizendo que os solos maus são os corações que se tornaram insensíveis pela maneira como escutam a Palavra de Deus “com má vontade”.
A vontade de Deus é que todos se salvem escolhendo livremente voltar-se para Ele, ou seja convertendo-se a Ele, o problema é que esta liberdade na qual Ele nos criou à  Sua imagem e semelhança está sendo usada para caminhar longe de Deus que jamais irá nos obrigar a servi-Lo.
Assim, a conclusão a que chegamos é que da nossa acolhida da Palavra de Deus depende a salvação de um maior ou menor número de pessoas, nosso testemunho terá eficácia na transformação dos outros, na medida em que perimitirmos que essa Palavra que é “viva e eficaz” (Hb. 4), transforme as nossas vidas.