15 DE JANEIRO: N. SRA. MÃE DOS POBRES
A VIDENTE
Mariette Beco, de 11
anos. Era a mais velha de seus 11 irmãos. A família de Mariette não praticava a religião, sendo seus membros
católicos apenas de nome.
Nesse ambiente, que não era hostil à religião mas vivia num clima
de indiferentismo religioso, a vidente fizera a primeira comunhão e por vezes
rezava, antes de dormir, algumas orações num Rosário que havia encontrado por
acaso.
Aparição, surpresa e receio
Na
noite de 15 de janeiro de 1933, Mariette, enquanto cuidava de um irmãozinho, olhava pela
janela à espera de outro irmão. Viu ela então, através da janela, uma senhora no
jardim da casa. Pensando tratar-se de um reflexo da lâmpada no vidro sobre a
mesa, moveu-o do lugar onde estava. Apesar disso, a visão persistia.
Sentindo medo, chamou a mãe, dizendo que havia uma senhora no
jardim da residência. A mãe ordenou-lhe que se calasse. Mariette insistiu: “Mamãe, parece
que é a Virgem”. A mãe não acreditou mas ficou preocupada, porque a menina não
falava de coisas religiosas. Acercou-se então da janela e nada percebeu. A
criança exclamou: “Mamãe, é a Virgem, Ela está
sorrindo”. A mãe retrucou: “É uma bruxa”.
Mariette continuou vendo a Santíssima
Virgem, que lhe fez um gesto para ir até o jardim. Mas a mãe não a deixou sair e
trancou a porta. Quando Mariette retornou à janela,
Nossa Senhora havia desaparecido.
Assim terminou a primeira aparição. À noite, ao comentar o
episódio em casa, ninguém acreditou na menina.
No dia seguinte, Mariette contou o fato
à sua melhor amiga, que também não acreditou mas aconselhou-a a narrar tudo ao
pároco. Este pensou que o fato fosse conseqüência das
recentes aparições em Beauraing, e, sem negar o
ocorrido, aconselhou prudência. Entretanto, dias depois, o sacerdote ficou
deveras surpreso com a volta de Mariette ao catecismo,
após três meses de ausência. Mais ainda: Mariette,
anteriormente a menos interessada nas aulas, agora respondia bem às perguntas e
interessava-se muito pela religião.
O sacerdote, de modo prudente, chamou discretamente a menina e
pediu-lhe para repetir o que tinha visto. Sem parecer dar importância ao
acontecido, deu-lhe conselhos e mandou um relatório ao bispo.
A segunda aparição
No
dia 18 de janeiro, Nossa Senhora voltou a aparecer.
Era noite e fazia muito frio: 12 graus abaixo de zero. Mariette, vendo novamente a Virgem, venceu o medo e a
escuridão, saiu da casa e dirigiu-se ao jardim. Ajoelhou-se e ficou rezando
aproximadamente 20 minutos em silêncio e olhando a Virgem. O pai foi atrás da
filha, procurando falar com ela. Mas esta parecia não o ouvir. Então foi chamar
o sacerdote do local e, como não o encontrou, deixou-lhe um recado. Voltou à
casa e viu sua filha caminhando, como que seguindo Nossa Senhora, que a conduzia
até uma pequena fonte. A Virgem ordenou-lhe então colocar as mãos na água.
Quando a menina obedeceu, Nossa Senhora disse: “Esta fonte me está reservada.
Até logo, boa noite”. E desapareceu por cima dos pinheiros.
Tendo recebido o recado, o sacerdote, Pe. Luiz Jamin, foi à casa da família Beco.
Estava surpreso, pois sabia que essa família não praticava a religião. Ao
chegar, Mariette já se encontrava dormindo. O pai
relatou o acontecimento ao sacerdote e, ao terminar, pediu para confessar-se e
comungar no dia seguinte. E de fato ele, que não comungava desde sua primeira
comunhão, voltou à prática da religião.
A Virgem, nossa protetora
No
dia seguinte, quinta-feira, 19 de janeiro, Mariette novamente viu a Santíssima Virgem. O pai, que nesse
momento acompanhava a filha, nada percebeu. Mariette
fez uma pergunta, usando uma graciosa fórmula: “Quem a senhora é, minha bela
dama?”
— “Sou a Virgem dos pobres”, respondeu a aparição.
A menina indagou por que a fonte estava reservada a Ela. A Mãe de
Deus explicou que a fonte estava reservada para os enfermos de todas as
nações.
Em oito posteriores aparições, Nossa Senhora afirmou que Ela era
a Mãe do Salvador e pediu para se rezar muito. Revelou um segredo a Mariette, que esta não contou. No local das aparições foi
erigida uma capela, conforme o pedido da Virgem, sendo até hoje local de
contínuas peregrinações.
Lição: rezar pelas conversões
O aspecto que mais chamou a atenção nessas
aparições foram as conversões que elas ocasionaram. Não foram milagres
físicos, mas sim milagres espirituais. Pessoas que haviam abandonado a Religião
católica voltaram a praticá-la. Qual o motivo?
Hoje em dia, devido à propagação dos erros socialistas, quando se
fala de pobres, em geral, as pessoas pensam logo naqueles que não têm dinheiro e
estão com fome. Esquecem-se de que existe uma categoria de pessoas numa situação
muito mais dramática: aqueles que não têm fé. São espiritualmente subnutridos, espiritualmente pobres. Mesmo que sejam muito
ricos materialmente, falta-lhes o necessário à vida espiritual. Foi para esses
que Nossa Senhora apareceu, a fim de alimentar aqueles que têm fome de Deus. Ela
não distribuiu dinheiro, nem cestas-básicas ou
qualquer bem material, mas sim um bem muitíssimo mais elevado e importante: a
fé.
A família Beco voltou à prática da religião, e com isso passou a
desfrutrar de todos os benefícios espirituais.
Nossa Senhora apareceu e disse poucas palavras, mas sua presença
despertou na vidente e em muitas almas o interesse e a alegria pelas coisas do
Céu. Uma lição para nós. Se desejamos que nosso próximo volte à prática da
religião, devemos apresentar-lhe as maravilhas do Céu, as belezas da prática da
virtude, falar-lhe de Nosso Senhor Jesus Cristo e de sua Santíssima Mãe.
Nossa Senhora não é um mito. Ela é uma pessoa de carne e osso,
que viveu nesta Terra e está no Céu em corpo e alma, sempre prestes a nos
ajudar. Portanto, falemos d’Ela em nossas relações
sociais, peçamos ardentemente para nosso próximo graças espirituais. E veremos,
como sucedeu com a vidente Mariette, como muitos
retornarão à prática das virtudes. ?
Falar de Nossa Senhora!
ResponderExcluirExiste coisa melhor? devemos ter muito orgulho de falar de nossa mãe!riqueza da nossa religião!
Salve Maria!
Como é bom saber que temos uma mãe que olha por nós e que socorre os pobres que mais precisam: os pobres de espírito!Não adianta ter conforto e riquezas aqui na terra se terá sofrimento eterno,e nossa senhora nos resgata e cura das doenças espirituais.Gostei muito de conhecer a história de N.S. Mãe dos pobres!
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