Biologia Evolutiva X Bíblia Sagrada

 

A ORIGEM DAS ESPÉCIES:

                               Biologia Evolutiva X Bíblia Sagrada

Prof. Dr. Patrick Menezes

A discussão acerca das relações entre religião e ciência tem penetrado no âmbito da educação científica, mais freqüentemente, pela porta da polêmica em torno do ensino de evolução. A natureza dessas relações tem sido um dos problemas intelectuais mais profundos dos últimos séculos.
O pensamento científico dominante explica a vida na Terra pela Evolução Biológica das Espécies, o que desagrada certas religiões baseadas na Gênese Bíblica.
Nos EUA, estados sulistas como Arkansas, Mississippi e Oklahoma, de maiores índices de racismo e subdesenvolvimento, proibiam o ensino escolar de conceitos evolutivos até os anos 60, quando a Suprema Corte concluiu ser uma violação de sua Primeira Emenda Constitucional, que proíbe a influência religiosa no Estado e Educação. ( MARCUS VALÉRIO,2008)
As diferenças entre o modelo evolutivo científico e o modelo criacionista bíblico são gritantes e dificilmente poderiam ser maiores.
O objetivo de minha tese de doutorado foi investigar as estratégias que empregam para administrar a convivência entre conhecimento científico e conhecimento religioso em sua visão de mundo onde a ciência e a tecnologia são realmente fascinantes.
Tão logo o ser humano, após o seu nascimento, se dá conta de que não está só nesse mundo, e que se encontra em um ambiente mutável do qual faz parte integrante, sofrendo ele mesmo também constante alteração, vem-lhe à mente a pergunta inexorável: “De onde viemos, para onde vamos?” (VIEIRA, 1997).


Com relação à origem do Universo e da vida, as pessoas se posicionam, basicamente, em três grupos: os evolucionistas ateístas (ou materialistas), os evolucionistas teístas e os criacionistas. Para fins práticos, entretanto, ou as pessoas são evolucionistas ou são criacionistas.
Em 1859, Charles T. Darwin participou de uma viagem pelo mundo a bordo do navio H.M.S. Beagle. Em 27 de dezembro de 1831, o Beagle zarpou de Plymouth com destino à América do Sul e só voltou para a Inglaterra em outubro de 1836. Com base nas observações da fauna e flora de alguns continentes e ilhas (especialmente das ilhas Galápagos, a oeste da América do Sul), Darwin foi aos poucos formulando sua teoria.
Embora quase sempre associemos evolucionismo com darwinismo, às idéias evolucionistas são bem mais antigas. ANAXIMANDRO, EMPÉDOCLES (que chegou a sugerir o processo de seleção natural), TALES DE MILETO e ARISTÓTELES, por exemplo, filósofos gregos do século VI a.C.., todos falaram um pouco sobre essa idéia.
Já ouvi várias vezes a seguinte pergunta: “Se o criacionismo e o evolucionismo não passam de teorias, por que o evolucionismo predomina nos círculos científicos?” Para entender o porquê, é preciso que façamos uma viagem ao século passado. Cerca de um ano após o lançamento do famoso livro de Charles Darwin, A Origem das Espécies.
No século XIX o clima cultural do racionalismo e do materialismo acabou implantado para muitos o fundamento dessas novidades, não importando para muitos o funcionamento dessas novidades. Assim, o pensamento evolucionista acabou se infiltrando nas demais ciências e vem sendo amplamente difundido nas escolas e nos meios de comunicação. E uma idéia muitas vezes repetida acaba adquirindo caráter de verdade.
Infelizmente, para os evolucionistas, quando a teoria da evolução foi desenvolvida, os cientistas tinham apenas uma vaga idéia da fantástica complexidade de uma célula viva. E cada ser humano é constituído de trilhões delas! Criacionismo pressupõe o Deus Criador como a fonte de informação que existe por trás da vida. E Deus, por definição, é extramaterial e transcendental, estando, por conseguinte, além dos domínios da pesquisa cientifica sem precisar de provas científicas.
Gradualmente, porém, após a publicação do livro de Darwin, a opinião pública começou a mudar. Primeiro foram os círculos científicos, depois as rodas intelectuais e então, indistintamente, todas as camadas sociais.
Desde então, a filosofia dominante tem sido a evolucionista. Em escolas e universidades, em jornais e revistas, o evolucionismo é apresentado, não como uma hipótese, mas como um fato cientificamente comprovado, impenetrável a qualquer outra forma de pensamento.
Apesar disso, nas últimas décadas, alguns cientistas têm corajosamente feito oposição ao evolucionismo: são os criacionistas, que afirmam poder sustentar cientificamente esta posição. Tais homens de ciência afirmam não estar longe o dia em que a evolução será ensinada nas escolas, não como um fato, mas como a grande falácia dos séculos XIX e XX.
Temos, portanto, dois modelos das origens, o criacionista e o evolucionista, que se propõem a explicar o surgimento da vida, a diversidade de formas em que esta se apresenta, o nascimento do sistema solar, das galáxias, do universo como um todo....
(Extraído do Blog FÉ E COMPREENSÃO)

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