HOMILIA DO 25 DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C: ADMINISTRADORES DE DEUS

POR: PE. TARCISIO AVELINO, OMD
Em relação à nossa salvação os bens mateiriais representam um perigo tão grande que nos seus últimos ensinamentos na subida para Jerusalém, essa é a segunda vez que Jesus trata deste tema ensinando-nós hoje que ninguém é dono de nada que possui neste mundo. Tudo, pobreza ou fartura, beleza ou feiura é dom de Deus dos quais somos apenas administradores. É neste sentido que Jesus conta hoje a parábola do administrador infiel a qual, para entedendermos bem é preciso saber que no tempo de Jesus os administradores eram escravos apenas dotados para essa função, portanto não tinham direito a salário por isso Nosso Senhor na Parábola de hoje não está elogiando a desonestidade deste administrador e sim sua esperteza em abrir mão de sua comissão para fazer amigos que lhe valerão no momento da adversidade. 
Assim são 5 as atitudes que a liturgia de hoje nos propõe em relação aos bens deste mundo sendo que três são tiradas desta parábola: 1. Os filhos da luz devem ser, na administração de seus bens, tanto quanto ou mais espertos que os filhos deste mundo pois os filhos deste mundo visam somente o bem estar neste mundo ao passo que os filhos da Luz são assim chamados porque são filhos dAquele que se intitulou A Luz do Mundo justamente por ser A Sabedoria encarnada e a fonte de todo conhecimento e visão uma recompensa eterna e não apenas o bem estar passageiro deste mundo que termina com a morte. 2. A segunda atitude proposta por Cristo  com a parábola de hoje está contida neste ensinamento: "Fazei amigos com o dinheiro injusto a fim de que no dia em que faltar, eles vos recebam nos tabernáculos eternos". Nosso Senhor exorta-nós a ter a mesma esperteza que os filhos deste mundo teem em administrar os bens terrenos já que os bens que somos chamados a administrar são eternos, são os únicos bens que poderemos levar deste mundo, que são as boas obras que podemos fazer em favor dos necessitados pois se eles forem para o Céu antes de nós tornar-se-ão nossos intercessores junto à Deus pois no Céu não há ingratidão, já que esta atitude não combina com a condição necessária para lá entrar que é a santidade. 3. terceira atitude proposta por Jesus: "quem é fiel nas pequeninas coisas também o será nas grandes e quem é fiel no pouco também o será no muito". Aqui Nosso Senhor nos convida a não nos convida a ser honestos em tudo porque se relaxarmos naquilo que nos parecer mínimo abriremos precedente para coisas mais graves já que qualquer desonestidade por mínima que possa parecer ser é um pecado venial e que a Bíblia diz que "um abismo atrai outro abismo" para dizer que para cairmos num pecado mortal basta consentirmos num pecado venial que satanás sempre usará como brecha para entrar em nosso coração e nos seduzir com tentações em matérias mais graves. 4. A quarta atitude dos cristãos em relação aos bens deste mundo nos é proposta na Primeira Leitura onde o profeta Amós repreende os ricos que ficam torcendo para passar logo o sábado que pensavam guardar em obediência e honra a Deus maquinando como fazer para traspassar os pobres no dia seguinte. O profeta adverte que Deus jamais esquece as injustiças que se faz aos pobres, porque, como Cristo diz: tudo o que fazemos ao menor dos nossos irmãos é a Ele que o fazemos. O culto que agrada a Deus é a justiça que dá a Deus o que é de Deus e a cada um o que lhe é devido. Se somos todos irmãos, filhos do mesmo Pai devemos nos tratar uns aos outros com o respeito e a honestidade que todos merecem. 5. A quinta lição nós é apresentada pela Segunda Leitura onde O Apóstolo nos exorta a rezar por todos principalmente para os que nos governam dos quais depende o bem-estar da nação inteira. No contexto do Evangelho podemos interpretar que o perigo da corrupção ao qual as riquezas nos expõe e tão grande e forte precisamos rezar uns pelos outros para que a idolatria do dinheiro não nos desvie dos bens eternos, especialmente os governantes que lidam com muito dinheiro, que são um bem público. Como diz o ditado: "a ocasião faz o ladrao"e sabemos que ninguém mais dos que os políticos são expostos às tentações que o dinheiro apresenta.
Sendo assim Cristo conclui o Evangelho de hoje duas perguntas e com um princípio geral: primeira pergunta: "portanto, se não fostes fiéis quanto ao dinheiro iníquo quem vos confiará o verdadeiro bem? Ou seja só vai ganhar o verdadeiro bem que é o Céu quem tiver administrado bem o dinheiro que quase sempre é  sempre iníquo por ser manchado de injustiças, já que nada é nosso, são dons dados por Deus para o bem de todos. A segunda pergunta: "se não fostes fiéis em relação ao dinheiro alheio, quem vos dará o que é vosso". O dinheiro que temos, por mais que tenhamos ganho honestamente não nos pertence, nos foi dado para fazer o bem para os outros a começar em nossa família, o que quer dizer que quem for egoista pensando só em si, não recebera a única coisa que nos cabe por direito, a salvação eterna comprada pelo Sangue de Cristo, pois só suportará a luz dAquele que é Justo quem tiver sido justo neste mundo. 
Finalmente a conclusão geral de Jesus que é um princípio geral, que vale para todas as circuntancias é este: "ninguém pode servir a Deus ao dinheiro" pois só se serve a um Senhor já que Senhor significa aquele que tem direito a dedicação exclusiva e total de seus servos sendo que o Único e verdadeiro Senhor é o Nosso Criador que ainda por cima nos resgatou da escravidão na qual nós havíamos metido por culpa própria, só a Ele então vale a pena servir neste mundo e no outro.


























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