Na Liturgia de hoje Jesus continua sua catequese enquanto sobe a Jerusalém onde está para dar a maior prova do amor de Deus pela humanidade jamais vista até então, por isso se aproveita do escnadalo dos fariseus por Seu relacionamento com os pecadores para contar as três Parábolas da Misericórdia de Deus por meio das quais tem o objetivo de nos oferecer as características do amor de Deus por cada um de nós.
Neste sentido todas as parábolas tem algo em comum que é a importância de cada pessoa para Deus a ponto de que Ele seja representado pelo pastor que, ilogicamente, deixa as noventa e nove ovelhas no deserto para ir atrás de uma só que se perde, arriscando sua vida para salvá-la, e Deus está para fazer isso pois Cristo é o Bom Pastor que veio arrancar cada um de nós das garras de um lobo tão feroz que deixa suas marcas profundas no corpo de Cristo na cruz. Jesus também compara Deus a uma mulher que vasculha a casa inteira para procurar uma só moeda que se perde, mostrando a solicitude de Deus em procurar por cada filho seu que se perde. E finalmente na Parbola do Filho Pródigo Cristo ressalta principalmente a festa do reencontro do filho que também aparece nas outras duas parábolas para ressaltar a alegria imensa de Deus quando um só pecador se converte. Mas para que não corramos o risco de interpretar erroneamente essas Parábolas achando, por exemplo, que Deus não seja justo aceitando simplesmente o arrependimento do filho mais novo que, será novamente feito herdeiro em detrimento da herança que deveria ser do filho mais velho, é preciso entender que a misericórdia de Deus não exclui Sua justiça, não é possível que o amor seja injusto pois Deus ama a cada pessoa como se fosse filho único por isso não pode simplesmente perdoar nossas faltas sem exigir justiça aos nossos semelhantes que sempre são prejudicados com nossos pecados porque se Deus ama o que peca e o perdoa, também ama o que foi lesado pelos nossos pecados e deseja lhe fazer justiça. Então como foi possível que o pai da Parábola tenha simplesmente perdoado as terríveis consequências do pecado do filho mais novo é simplesmente o tenha acolhido no banquete que simboliza a Vida Eterna??? E aqui que entra a Primeira Leitura onde vemos a justiça de Deus em ação querendo castigar um povo que, mesmo depois de experimentar Sua intervenção no sentido de liberta-lo da escravidão, o traiu exatamente no momento em que estava selando com ele uma Aliança de amor. No entanto a Primeira Leitura nos ensina que quando Deus intervém com os castigos merecidos por nossos pecados que despreza Seu Amor e Sua justiça e por dois motivos, o primeiro é para acordar as consciências adormecidas no pecado, pelo temor de Deus que provoca o arrependimento que atrai Sua Misericórdia, e, ao mesmo tempo, para despertar a compaixão dos pecadores mais adiantados na perfeição, como Moisés, para os assemelhar mais a Si pelo despertamento da misericórdia que move à intercessão que obtém a salvação para nossos semelhantes e, ao mesmo tempo nos faz uma luz para que outros desejem imitar a misericórdia do Pai. É também neste sentido que na primeira Parábola a da Ovelha Perdida aprendamos que não tem pecado que o Pai não perdoe, bastando somente que nos arrependamos e nos convertamos, como o filho pródigo o fez, deixando-se condenar pela sua consciência e empreendendo do humilhante caminho de retorno. E que O Pai deu Seu Filho, O Bom Pastor para vir atrás de cada um de nós dando sua vida para nos resgatar das garras do Lobo. A justiça que Deus deveria fazer em cada um de nós Ele a fez em Seu Filho que veio pagar nossos pecados. Estamos todos perdoados, desde que aceitemos a Redenção operada pelo Sangue de Cristo e assumamos O Senhorio que Ele já tinha sobre cada um por ser nosso Criador, muito mais agora que se tornou nosso redentor.
A segunda Leitura é um exemplo vivo do filho mais velho que, na parábola representa os fariseus que questionavam a misericórdia de Jesus pois Paulo era um fariseus que perseguia de morte os cristãos mas reconhece que o fato de Deus ter vindo ao Seu encontro na etrada de Damasco foi a pura misericórdia de Deus que queria fazer dele um exemplo do que Deus pode fazer com aqueles que, reconhecendo seus erros pede perdão.
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