POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF
Tomando como 1°
Leitura Mb.12,43-46dentre as leituras propostas para a Solenidade de hoje e o
Evangelho de S. Mateus cap. 5,25-26, fica fácil explicar que depois de
celebrarmos a Solenidade de Todos os Santos no dia 1° de novembro a Igreja nos
coloca a celebração do dia de finados para que possamos meditar nos três estados
da Igreja que são a Igreja militante, os que nesta terra se preparam para o
encontro com Deus depois da morte, a Igreja Triunfante que são os que já gozam
da comunhão eterna com Deus que são os Santos, e a Igreja padecente composta
daqueles que, no Purgatório, completam a purificação de seus pecados antes de
entrarem no Céu.
Este trecho do livro dos Macabeus nos mostram a necessidade
de orar pelos mortos: “Porque, se ele não esperasse
que os que tinham morrido haviam de ressuscitar,
teria sido em vão e supérfluo orar pelos mortos.
Além disso, pensava na magnífica recompensa
que está reservada àqueles que morrem piedosamente.
Era um santo e piedoso pensamento.
Por isso é que ele mandou oferecer
um sacrifício de expiação pelos mortos,
para que fossem libertos do seu pecado”. Comparado com o
trecho do Evangelho acima proposto, vemos que, “enquanto estamos em caminho” ou
seja, enquanto estamos nesta vida, temos que nos esforçar para não ficar
devendo nada a ninguém, muito menos o amor que devemos a Deus e ao próximo, do
contrário, Jesus menciona um prisão na qual depois do juízo se poderá “pagar
até o último centavo” de nossas dívidas. São as pessoas que se encontram nessa “prisão”
que nós celebramos hoje, as almas do Purgatório. Mas para entendermos melhor
este Evangelho é preciso que entendamos melhor a doutrina sobre o pecado e a
morte. Vejamos: Sempre que pecamos, rompemos com Deus e com a Comunhão dos
santos, ou seja, com a comunhão de todos os que se encontram nos três estados
da Igreja acima citados e não temos mais acesso aos bens conquistados por
Cristo, que são as graças para nossa própria salvação e para a salvação dos outros; graças estas que
Deus quer fazer chegar as pessoas passando pela mediação de Cristo, de Maria,
de todos os santos e de cada um de nós, pelo que um só pecado venial é mais
prejudicial ao mundo do que uma bomba que destruísse completamente o planeta terra
pois o pecado é a ruína da alma e por uma só alma Cristo derramaria todo o Seu
Sangue mas não o faria por nada neste mundo que não seja os que criou à Sua
imagem e Semelhança.
Cada pecado gera vícios em nós dos quais precisamos ser
completamente purificados para estarmos em condições não só de encarar a Luz
infinita de Deus no dia do Juízo, como também para nos unir com Ele eternamente
no céu.
No Sacramento da confissão recebemos o cancelamento da pena
eterna do pecado mortal e o perdão deles e de todos os pecados veniais porem,
se o nosso arrependimento não for perfeito, permanecerá em nós o apego ao
pecado que nos impedirá de uma comunhão maior com os irmãos nesta vida e com
Deus nesta e na outra. O Purgatório é
para isso, é a última misericórdia de Deus concedendo que os que se esforçaram
em vida para O glorificar com sua vida e o comtemplam de pois da morte reconhecendo-se
manchados e incapazes de suportar toda sua luz, possam completar sua
purificação num fogo semelhante ao do inferno, porém, sofrido de uma maneira
totalmente diferente pela certeza de Sua salvação eterna.
“Esforça-te enquanto estás em caminho” diz o Evangelho,
porque só nesta vida pode se merecer o Céu, no Purgatório as almas não poderão completar a medida dos méritos
necessários para suportar a glória de Deus, serão pagarão suas dívidas pelo que
os vivos por eles oferecerem em orações, esmolas e sacrifícios, dentre os quais
nem um maior existe do que o da Santa Missa.
Se o menor sofrimento no Purgatório é muito maior do que os
maiores sofrimentos desta vida, fica aqui para nós a seguinte mensagem desta
solenidade, a de que devemos evitar o pecado a qualquer custo porque tal como
se vive, tal será nossa morte e destino eternos.
Rezemos pelas santas almas do Purgatório elas intercedem por todos que rezam nas suas intenções. Padre Tarcísio é o Fundador os Teresinianos Mensageiros de Nossa Senhora de Fatima em Marabá Pará Entre em contato para discernir sua vocação
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