12 DE OUTUBRO: NOSSA SENHORA APARECIDA,


RAINHA E PADROEIRA DO BRASIL
POR PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

A solenidade da Padroeira de nosso Brasil vem nos ensinar que desde o princípio, pelo mal uso que o homem fez de sua liberedade, escolhendo obedecer outra voz que não a de Seu Criador, que, no Paraíso o fazia plenamente feliz, é uma constante batalha, por isso o livro do Apocalipse que lemos na Segunda Leitura, nos fala de uma mulher vestida de Sol, tendo  a lua sob os pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas. Essa mulher é a Igreja que recebeu de Deus o poder de vencer todas as ciladas do Maligno prometendo que “as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Mas essa mulher é também Maria pois, assim como a Igreja recebeu de Deus o poder de ligar e desligar na terra e no céu, a lua sob os pes de Maria representa a autoridade de Rainha do Céu e da Terra que Ela recebeu de Deus ao constituí-la Mãe de Seu Filho, e, por consequencia, mae de todos os que Dele viriam a nascer pela graça. Se foi pelo sim de Maria que nasceu um novo povo de Deus pelo nascimento de Seu Filho que veio morrer pelos nossos pecados, dizemos que Maria é nossa mãe não simplesmente por título de adoção, mas de fato, pois ao no-la dar do alto da cruz na pessoa do discipulo amado, figura de todo discípulo de Cristo, Ele está apenas nos informando que, no momento em que está para consumar o Seu Sim ao Pai, morrendo por nós, Ela se torna mãe de todos os renascidos pela graça dAquele que dEla nasceu!
Sim. A Liturgia de hoje vem nos lembrar que desde o início, pelo não da primeira Eva se iniciou para a humanidade uma batalha que só terminará no fim do mundo quando O Filho do Homem vier destruir Satanás “com o sopro de Sua boca”, como lemos também no livro do Apocalipse.
Assim como a vitória de Cristo na Cruz já é nossa vitória conforme lemos em Romanos 8,28, o dragão que persegue a mulher, conforme vemos na Segunda Leitura, é uma perseguição de uma batalha que já está ganha pelo sim de Maria. Desde o Sim que Ela deu Ao Pai no dia da Anunciação que recebera do Arcanjo Gabriel, essa batalha já foi ganha, para todos os que, como discípulos de Cristo a reconhecerem como Mãe.
No entanto, se a Liturgia de hoje vem nos lembrar que nossa vida neste mundo consiste numa batalha, desde o início até o fim, também a Liturgia de hoje nos ensina que nesta batalha não estamos sozinhos pois em todas as nossas vicissitudes temos a Mãe de Deus e nossa sempre ao nosso lado, tão atenta a nossas necessidades a tal ponto que, mesmo antes de recorrermos a Ela, Ela as conhece uma a uma e roga que Seu Filho aja em nosso favor, quanto mais quando a Ela recorremos com fé e insistencia, como nos ensina S. Bernardo que nenhum dos que a Ela recorreram foram decepcionados.
Assim como a Rainha Ester na Primeira Leitura conseguiu junto ao Rei Assuero a revogação  da morte de seu povo  pelo decreto que ele havia publicado, depois de intensa oração e jejum e esmerada preocupação com suas vestes, atraindo assim sobre si o olhar complacente do Rei que a recebeu com agrado, Maria pela Sua constante intercessão como resposta aos filhos que não cessam de recorrer a Ela, conseguiu, aparecendo negra na rede dos pescadores no Rio Paraíba, a libertação para os seus filhos que, por terem nascido negros viviam oprimidos como escravos, por toda sorte de maus tratos e espancamentos. Essa certeza nos é dada pela prontidão com a qual Seu Filho, mesmo não tendo chegado Sua hora, realizou a transformação da água em vinho, a Seu pedido, nas bodas de Caná como lemos no Evangelho.

Que os católicos jamais se esqueçam de recorrer a Deus por Maria, já que é por meio dEla que Ele escolheu nos conceder todas as graças no Seu Filho Jesus. Amém.

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