XXVIII DOMINGO DO TEMPO COMUM A

O BANQUETE ESTÁ PRONTO!!
POR: PE. TARCISIO AVELINO


“Ide pelas encruzilhadas e chamai os coxos, os aleijados e os estropiados”.
Amados irmãos esse versículo acima nos colocam de cheio dentro do espírito da liturgia de hoje. Um Deus cujas entranhas de misericórdia nos explica o brado de Jesus na cruz: “tenho sede”, sede de se dar! Foi para isso que Ele nos criou, para se derramar em nós. Se Deus é amor e se a doação é a característica principal do amor, então não poderia ser diferente, a fonte eterna, constante e ininterrupta do amor do Pai pelo Filho e do Filho pelo Pai no Espírito Santo, não poderia ficar contida em si haveria que transbordar para fora de si!!!!!! Esse versículo acima expressa o brado de um Deus que tem sede de amar!!! Desde a encarnação do Verbo Deus desposou a nossa humanidade, inaugurando Sua festa de bodas que só se consumará na eternidade.
Os mil cuidados na preparação do banquete expresso na primeira leitura expressam todos os cuidados que Deus prodigalizou para atrair a Si os homens desde a criação, culminando com o envio de Seu filho para assumir nossa humanidade e sofrer em si as conseqüências do mal uso de nossa liberdade que optou por dEle se separar pelo pecado.
Os convidados que rejeitaram Seu convite são os judeus que, desde o princípio rejeitaram a Jesus, mas representam todos aqueles que, ao longo da história, apresentam mil desculpas para não aceitar esse convite que implica em mudança de vida, expressa pelo traje nupcial que o próprio Deus preparou para que sejamos admitidos em Seu banquete.
Essa veste nupcial trata-se da mesma veste batismal que recebemos imaculada, alvejada no Sangue do Cordeiro, e que assim devemos conservar se quizermos habitar com O Fogo devorador que é Deus. Somente quem em fogo tiver se transformado pela aceitação deste convite de Deus é que poderá suportar tanta luz, brilho e calor de amor que emanam Sua presença.
A severidade com a qual O Dono do banquete, Deus, trata o que não tinha o traje nupcial expressa a indignação de Alguem que, amando cada pesso como a Seu filho único não suporta a negligencia daqueles que, pelo Batismo aceitaram a incumbência de ir pelo mundo inteiro e a todos pregar o Evangelho, ou seja de “sair pelas encruzilhadas e chamar os coxos, os cegos e estropiados.
Sendo assim, aprendemos nas leituras desta Missa que os requisitos para respondermos adequadamente a Esse Amor são:
1.       A humildade de reconhecer-se “cego, coxo e estropiado”, ou seja, doente porque Cristo, O Médico dos Médicos não veio para os sãos mas para os doentes, não veio chamar os justos, mas os pecadores.
2.       Um coração de pobre como o de Paulo citado na segunda leitura que afirma saber viver tanto na fartura quanto na penúria dizendo: “tudo posso nAquele que me fortalece. Somente quem tem coração de pobre se abandona em Deus ao ponto de jamais nada antepor a Ele, muito menos nossas ocupações diárias com as coisas que vão passar.
3.       Um coração de missionário que busque se assemelhar Aquele com o qual queremos nos unir eternamente e que sendo O Próprio amor, sai de si para ir ao concontro dos outros, principalmente dos mais necessitados. Se quizermos nos unir eternamente Ao Pai, por meio do Filho, no Espírito, precisamos nos assemelhar a eles por meio desta doação disposta até a dar a própria vida, já que “não há maior prova de amor do que dar a vida”.  Jamais poderá o cristão permanecer indiferente a quem quer que seja, principalmente os milhares de semelhantes que vagueiam pelo mundo como sonâmbulos vivendo uma vida que não é vida, vegetando por não estarem na excencia de sua criação, a de sermos filhos Do Amor.

2 comentários:

  1. Muito bonita a homilia,que Deus ilumine a "todos" nós para que tenhamos as graças necessárias para vivermos a Palavra.
    Esta letra verde não é confortável à leitura.

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  2. Muito oportuno este comentário Padre!

    Sabe que estive na quinta e sexta aí no Pará (Carajás, Curionópolis, Parauapebas e passei por Eldorado e Marabá) e pude perceber a riqueza da minha vida, em todos os sentidos!!! Desejo mesmo que cada vez mais eu me revista do Cristo, para estar com os "trajes" adequados para desfrutar de tamanha Festividade...

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