HOMILIA DO 11 DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO C

"E HAVERÁ VIDA AONDE CHEGAR O RIO"
POR: PE. TARCISIO AVELINO, OMD
No livro do Profeta Ezequiel capítulo 47,9 nos narra a visão do profeta de um rio que brotava do templo e por onde este rio passava ia brotando árvores frutíferas e abundante fartura de vegetação e vida até chegar no mar morto fazendo este mar se tornar abundante de vida ao encontro destas duas águas. A liturgia de hoje nos fala de dois cortejos, o cortejo da morte daqueles que nesta vida caminham na contra mão de Deus e o cortejo da vida, daqueles que seguem Jesus, como no Evangelho de hoje que narra a entrada dele na cidade de Naim acompanhado por numerosa multidão alegre e feliz com as palavras de vida que Ele comunicava e com os milagres que haviam presenciado. Sabemos que os milagres de Jesus são também chamado de sinais porque para além do fato em si existe uma mensagem muito mais profunda do que a que conseguimos captar, então vejamos a mensagem que o milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim nos tem a dizer neste dia de hoje. 
O Evangelho começa falando que a multidão que seguia Jesus se deparou com o cortejo fúnebre que acompanhava o cadáver do filho da viúva de Naim podemos ver neste o símbolo da vida humana nesta terra que, depois da Encarnação do Verbo de Deus se divide apenas em duas categorias a dos que aderiram à Mensagem de Cristo e a dos que se opõem a ela e seguem o cortejo fúnebre daqueles que pensam que a vida termina no tumulo, como essa multidão que seguia está viúva, no entanto este já era o quarto dia para este povo que cumprira com ela o ritual de funeral conforme o costume da cultura onde Jesus vivia. Para eles a alma do morto permanecia rondando o corpo por quatro dias e após estes, não havia mais esperança de que o morto tornasse a vida. Aquela mulher com o cortejo que com ela chorava estava indo enterrar sua última esperança pois a viúva naquele tempo não tinha direito a nada se ficasse sem filhos, nem sequer aos bens deixados pelo marido então aquele filho era sua ancora de esperança, onde está tua ancora de esperança? Lamento lhe dizer que se não tiver em Jesus, único caminho da vida plena, então pode desistir de tudo pois aquele povo seguira o ritual de funeral com aquela mulher por quatro dias e no entanto, se Jesus não tivesse aparecido na contra mão de seu caminho rumo ao cemitério, esta mulher teria que, talvez recorrer a única solução que lhe restava, a prostituicao para sobreviver pois quando voltasse do velório, nem sua casa lhe pertenceria mais e não havia compaixão para com elas mas graças à misericórdia de Deus esta viúva e a viúva da Primeira Leitura, símbolos da humanidade mergulhada na morte do pecado antes da vinda de Jesus, foram visitadas por Iahweh, sim Deus nos visitou em seu Filho Jesus que disse: "Eu vim para que todos tenham vida é vida em plenitude" e também: "aquele que crê em mim ainda que esteja morto viverá". 
Mesmo para aqueles que conhecem a Jesus terão que passar pela morte para entrar na  vida eterna, mas esta eternidade só será de luz e alegria sem fim para aqueles que, como os do cortejo fúnebre da viúva de Naim obedecerem à sua Palavra: "levante-se!" É o que hoje diz a voce A Palavra viva, Encarnada e eficaz de Deus, Jesus Cristo, Nosso Senhor: "levante se do teu medo, de teu desespero, de teu desanimo, de tua culpa" pois "Um grande profeta apareceu entre nós e Deus veio visitar o seu povo” e deu a vida para nos salvar, e todo aquele que Nele crer viverá para sempre!
A segunda leitura nos narra nos traz o testemunho de outra pessoa que, na contra-mao de Jesus, na estrada de Damasco para onde se encaminhava para matar os Cristãos se encontrou com Cristo e, obedecendo à Sua Palavra, tornou-se o maior ressuscitador de cadáveres da história, Paulo de Tarso, e essa é a mensagem do Evangelho de hoje, se como Elias, Paulo e o povo de Naim obedecermos a Palavra de Deus semearemos vida por onde passarmos e encontraremos a vida plena que só tem quem já conhece a Jesus.




























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