HOMILIA PARA O DIA DE PENTECOSTES

POR: PE. TARCISIO AVELINO

Celebrar Pentecostes é celebrar o nascimento da Igreja e sua apresentação ao mundo pois quando Jesus disse a Pedro que sobre a pedra de sua profissão de fé edificaria Sua Igreja estava profetizando o que no dia de Pentecostes foi o início.
Como nos Evangelhos não há nada sobre o dia de Pentecostes a Liturgia serviu se do Evangelho do Domingo de Páscoa no qual no dia da ressurreição do Senhora a noite, Ele sopra sobre seus apóstolos o Espírito Santo comunicando o primeiro fruto da Redenção, que é o Espírito Santo que, dando poder aos escolhidos por Cristo para perdoar os pecados, permite que a paz volte a se alastrar num mundo que, desde Adão e Eva não mais a conhecia.
E agora a conhece? Sim, porque ela começa no interior do coração daqueles que, crendo em Cristo, recebem o perdão que já foi dado e comprado na Cruz tendo como resultado a consciência tranquila de viver reconciliado com Deus e com os irmãos, está é a paz que Jesus dá, totalmente diferente da paz do mundo que é apenas ausência de conflitos externos, que, no entanto, existirão sempre enquanto houver conflitos no coração do homem perturbado pela culpa.
Vem muito a propósito no dia de Pentecostes este evangelho pois somente a reconciliação com Deus através do Sacramento da Confissão instituído por Jesus justamente neste ponto, é que se está aberto para receber o Espírito Santo como hoje vemos os Apóstolos e discípulos recebendo na fundação da Igreja. 
Para que Deus fizesse morada em nós pelo Seu Espírito fazia-se necessário primeiro uma reconciliação daqueles que com Ele haviam rompido pelo pecado e para isso Jesus instituiu o Sacramento da Confissão enviando seus escolhidos com a mesma missão que o Pai lhe enviará: "soprou sobre eles o Espírito e disse: recebei o Espírito Santo, como o Pai me enviou assim também Eu vos envio. Os pecados daqueles que vcs perdoarem serão perdoados os pecados daqueles que vocês retiverem serão retidos.
Sabemos que estar em estado de graça é a condição para mantermos a Presença do Espírito Santo em nós pois o que difere esta Presença de Deus em nós, chamada de Inhabitacao é justamente o Estado de Graça que só se pode receber no Batismo ou na Confissão.
Pentecostes é justamente o oposto de Babel onde o Senhor confundiu a língua daqueles homens que se uniram para tentar edificar uma torre para chegar a Deus, mas sem contar com Deus, a mesma e velha tática de satanás desde o Paraíso, de incitar no homem o desejo de querer ser como Deus mas não para servir melhor a Deus mas para ocupar o lugar de Deus. Deus teve que confundir as línguas porque, se falando línguas diferentes já somos capazes de organizar guerras mundiais imagina se falássemos todos a mesma língua que estrago já não teríamos feito no mundo? Só o homem novo, o homem reconciliado com Deus pode falar a mesma a língua a linguagem do amor na qual todos nós entendemos mesmo que o fenômeno do falar em diversas línguas de Pentecostes não se reproduza da mesma maneira. 
É também neste sentido que S. Paulo na Segunda Leitura lembra à comunidade de Corinto, dividida pelas rivalidades provocadas pelas diferenças dos carismas de cada um que, como Igreja somos um corpo onde os membros precisam uns dos outros, verdadeiro motivo que fez Deus dar carismas diferentes para cada pessoa, para que, precisando uns dos outros possamos nos servir mutuamente excitando em nós o amor que garantindo a presença do Espírito em nós possamos viver unidos a Cristo cabeça que nos constitui novo povo de Deus. Unidos numa mesma linguagem, a linguagem do amor.
















 

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