PE. TARCÍSIO AVELINO, TF
O Evangelho de hoje nos diz
que o último gesto de Jesus na terra foi o de abençoar, terminada a Sua missão enquanto
encarnado na terra Jesus abençoa, enviando Seus discípulos a continua-la
prometendo-lhes O Espírito Santo que iria investí-los com o Seu Poder para
anunciar a Boa Nova com os sinais que deveriam acompanha-la “estes milagres
acompanharão os que crerem, falarão novas línguas, se beberem algum veneno
mortal não lhes fará mal algum, imporão as mãos nos doentes e eles ficarão
curados”. Aqui está todo o fundamento da Renovação Carismática Católica,
juntamente com a ordem de que Seus discípulos deviam pregar o Evangelho Jesus
afirma que necessariamente deveriam acompanhar a fé dos que a Ele aderissem, os
sinais carismáticos e não se tem como negar isso, tirar os carismas da Bíblia é
escolher o que nos convém e deixar de lado aquilo que não aceitamos isso é
mutilar o Evangelho.
Recebem de Jesus o poder de
transmitir a vida divina pelo Batismo e o poder de derrubar as barreiras a essa
vida divina que é o pecado, mas será em Pentecostes que serão investidos deste
poder, por isso a Primeira Leitura nos afirma que depois da Ascenção os
Apóstolos juntamente com Maria, a Mãe de Jesus obedeceram a Jesus voltando para
Jerusalém e, no Cenáculo aguardaram o cumprimento da Promessa do derramamento
do Espírito, este é o tempo que inauguramos hoje, uma semana com Maria
Santíssima no cenáculo e temos certeza que em Pentecostes receberemos O Mesmo
Espírito que receberam pois a Liturgia não é apenas recordação de fatos
passados mas é revivenciá-los hoje, recebendo neste tempo os mesmos efeitos dos
fatos que se celebra.
Se a Ascenção de Cristo é
também o envio de Seus discípulos a continuarem a missão de Seu Mestre fica
claro por que o Anjo lhes aparece enquanto maravilhados ficam olhando para o
Céu depois que O vêm se ocultando em meio às nuvens e diz “homens da Galiléia,
porque ficais aí parados a olhar para o Céu? Este Jesus que acaba de subir ao
Céu voltará do mesmo modo que o vistes subir para o Céu”. É como se o anjo
dissesse para eles e para todos aqueles que ao longo dos séculos se dizem discípulos
de Cristo. “avante pusilânimes! Aqui termina a missão de Cristo encarnado e
começa a missão do Cristão enviado! Ele voltará para recompensar a cada um
conforme as obras que tiver praticado!” Se é a fé que salva, no entanto a fé
sem obras é morta e cabe a nós agora continuar a obra de Cristo que, enquanto
pregava nunca cessou de socorrer todos os necessitados.
A vida de Jesus sobre a
terra não termina com a cruz mas com a Ascenção que é o último Mistério da vida
terrena de Cristo, que, juntamente com os Mistérios da Sua Paixão e
ressurreição, constituem o Mistério Pascal.
De fato, convinha que
aqueles que tinham visto o Filho de Deus
na Cruz fossem também testemunhas de Sua ressurreição para darem o testemunho
completo de Sua Missão. É justo que as hierarquias celestes que nunca deixaram
de render homenagem à Sua divindade no Céu também prestassem homenagem á
humanidade que assumira para nossa salvação.
Assim o Mistério da Ascenção
fortalece e estimula nossa esperança do Céu e celebrar este Mistério é celebrar
a glorificação humana dAquele pelo qual tudo fora criado e que assumindo nossa
humanidade tudo resgatou recebendo debaixo de Seus pés, de Sua humanidade
glorificada, a sujeição de tudo o que resgatara com o sacrifício de Sua vida.
Celebra a Ascenção é celebrar
a volta para o Pai dAquele que ao vir a nós dEle nunca havia se separado e que
ao voltar para O pai não se separa de nós mas continua conosco até o fim dos
tempos sob a Presença se inabitação na alma em estado de Graça, pela Presença
Sacramental na Eucaristia, pela Presença de Imensidão em toda a obra da criação.
Celebrar a Ascenção é
celebrar nosso envio como testemunhas de Cristo pela pregação da Palavra mas
sobretudo por uma vida coerente com essa Palavra e pelas obras de serviço e
amor como Nosso Mestre ensinou.
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