A PALAVRA DO FUNDADOR:
4° DOMINGO DO ADVENTO ANO B
SEU REINO NÃO TERÁ FIM
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF
Depois do pecado original, a saudade que Adão e Eva
experimentaram do tempo em que vivia numa comunhão com Deus com o qual falava
face a face no jardim foi tal, que inaugurou-se um tempo de espera na vida
humana que durarará até o fim do mundo. Um tempo de espera pela volta desta
comunhão com Deus que, embora restabelecida no natal, com a revelação do
Mistério escondido conforme de S. Paulo na Segunda Leitura, que Deus tinha de
vencer o abismo que dEle nos separava, se encarnando para viver entre nós, durará
até o fim do mundo pois mesmo que Ele tenha inventado a Eucaristia como forma
de perpetuar sua presença física entre nós e por ela, entrar em comunhão
conosco, ainda não preenche o anseio que o homem tem de ser plenamente
compreendido, amado e abraçado que só se consumará na eternidade.
Sendo assim, o domingo de hoje nos fala da fidelidade de
Deus, mostrando que a Encarnação do Verbo conforme anunciado pelo Arcanjo a
Maria, é o cumprimento de todas as promessas que Deus havia feito no Antigo
Testamento, de que abençoaria o mundo através da descendência de Davi.
O Evngelho de hoje é o cumprimento exato da profecia
anunciada na Primeira Leitura, onde o rei Davi, desejando construir uma casa,
um templo para Deus, Deus lhe faz ver, por meio do profeta, que é Ele quem vai
construir uma Casa para Davi. De fato, uma casa para Si, como Davi queria
construir, mas muito mais esplendorosa do que a que qualquer homem poderia
construir, pois trata-se do cume de toda a perfeição de sua obra da Criação,
Maria, que, conforme disse o Anjo no Evangelho encontrou graça aos olhos de
Deus justamente por ser cheia de graça. Todos nós recebemos no dia de nosso
Batismo, todas as graças necessárias
para o cumprimento da missão que, desde toda a eternidade Deus nos confiou,
conforme a vocação de cada um, no entanto, como correspondemos mal a essas
graças, nunca estamos em condições de receber as chamadas graças atuais, que
são aquelas que nos são concedidas para o cumprimento do dever de cada momento
para sermos fiéis ao chamado de Deus. Maria é a única criatura que foi fiel a
todas as graças recebidas de Deus para, mesmo sem o saber, ser a Mãe do
Salvador, a tal ponto que, quando chegou o momento oportuno de Deus lhe revelar
sua vocação foi chamada pelo anjo de “cheia de graça”, porque foi fiel a todas
as graças que lhe concedera o Deus fiel.
É isso o que nos é pedido neste quarto domingo do advento,
uma fidelidade a exemplo de Maria, como resposta à fidelidade deste Deus que
cumpre todas as Suas promessas, mas para isso é preciso a virtude da Esperança,
sem a qual nos desanimamos facilmente diante das aparentes demoras ou descuidos
de Deus quando o sofrimento e a adversidade nos bate à porta. Nestes momentos,
é preciso lançar mão da Bíblia Sagrada para reavivarmos nossa fé e esperança
vendo a fidelidade de Deus em toda a história da humanidade, a tal ponto que a
promessa feita a Davi de que o cetro real jamais se afastaria de sua casa,
muitas vezes tenha parecido ter fracassado mas Deus sempre ratava o fio
rompido.
A Bíblia nos ensina que “tudo concorre para o bem dos que
amam a Deus” e que se ele permite a adversidade é porque o alicerce da
Esperança sobrenatural é composto também pelo fracasso da esperança humana.
“se lhE somos infiéis Ele permanece fiel pois não pode
negar-se a Si mesmo”. Essa é a mensagem deste quarto domingo do Advento no qual
nos é pedida a virtude própria deste tempo, a ESPERANÇA, já que dando-nos Seu
Filho Deus já provou que é fiel, portanto pode esperar de nós que jamais
percamos a Esperança nEle.
Fidelidade de Deus aos chamados a vida Consagrada "Alegrai-vos" Feliz Natal a Todos os Teresinianos Mensageiros de Nossa Senhora de Fatima. São os votos da Irmã Maria Letícia do Sagrado coração OIC
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