XXV DOMINGO COMUM C
O VERDADEIRO ADMINISTRADOR DO REINO
POR PE. TARCISIO AVELINO
O Evangelho de hoje é uma conclusão do Evangelho precedente no qual vimos um pai que tinha dois filhos, um que era pródigo e que esbanjou toda sua herança vindo não só a passar necessidades, como tambem ao ponto de perder sua dignidade de pessoa humana que nem comida de porco podia comer, ao passo que seu irmão mais velho, ao contrário, que era fiel em fazer aumentar os bens do pai sem nunca ter sequer pedido um cabrito para festejar com seus amigos, também tinha uma atitude errada perante o uso dos bens e do dinheiro pois, embora o pai lhe tenha dito que tudo o que é dele é também do filho, este filho mais velho, tendo tudo, não só não desfrutava de nada pois vivia se remoendo em murmurações que vieram a tona no momento em que viu o pai usar de misericórdia para com seu irmão esbanjador. Ora, se em relação ao dinheiro e aos bens nem o mais velho que não esbanja e faz aumentar os bens nem o mais novo que usou de seus bens para se divertir estão certos, então qual é a atitude correta perante o dinheiro e os bens materiais? É o que nos responde este Evangelho de hoje onde vemos Cristo contar a Parábola do administrador infiel que tendo sido demitido por ter sido acusado de esbanjar os bens de seu patrão, se mostrou, ao final de seu mandato, um bom administrador pois soube usar o dinheiro desonesto para fazer amigos. Então Cristo conclui dizendo que “os filhos deste mundo são  mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” e pede-nos para usarmos a mesma esperteza usando o dinheiro injusto para fazer amigos, pois quando acabar eles vos receberão nas moradas eternas”.
São varias lições que Cristo aqui nos ensina:
1.   Que quem quiser ganhar o céu tem que ser tão esperto no uso dos bens materiais quanto o são os filhos deste mundo.
2.   Que em relação aos bens deste mundo somos apenas administradores, nada nos pertence pois nada daqui levaremos, tudo nos foi confiado pelo patrão que é Deus, o dono de tudo, para que administremos, ou seja, para que façamos render ao máximo e tiremos o máximo proveito, é para isso que se requer esperteza para  fazer isso de modo que não venhamos a perder o verdadeiro bem que é a vida eterna. “Pois se não sois fiéis no que é dos outros, quem vos dará aquilo que é vosso?” Ora, se nada aqui nos pertence então o que realmente é nosso? A vida eterna, foi isso que Cristo comprou para nós com o preço de Seu Sangue.
3.   Que “quem é fiel nas pequenas coisas também é fiel nas grandes” ou seja, que para entrar no céu é preciso ser honesto e isto começa nas pequeninas coisas. Honesto é a pessoa que é justa e responsável, dando a cada um aquilo que lhe é devido, no tempo estabelecido.
4.   Que não podemos servir a Deus e ao dinheiro do que se depreende que se em relação ao dinheiro temos uma atitude diferente da de administradores do que não é nosso, viveremos o tempo todo ser donos do dinheiro e daquilo que por ele pode ser comprado, no entanto na verdade ninguém é dono de nada neste mundo já que ninguém conseguirá levar nada daqui consigo depois da morte. Tudo é de Deus e se não usamos o dinheiro para servir a Ele que é O Dono de tudo, estamos servindo ao dinheiro como se fosse um Deus, já que ninguém consegue possuir o dinheiro e toda vez que tenta possuílo, na verdade é por ele possuído.

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