XXIII DOMINGO COMUM C
CONDIÇÕES PARA SER DISCÍPULO DE JESUS
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF
Ao sair do banquete na casa do fariseu, Jesus,
incia sua subida para Jerusalem, onde consumará a oferta de Sua vida para nossa
salvação e precebe que, muitos dos que estavam no banquete, encantados com Suas
palavras, O estão seguindo, volta-se para eles e põe, de maneira bem clara, as
condições para ser Seu discípulo. São as últimas consequências do Seu
seguimento, nas quais deixa bem claro que, nada devemos antepor ao Seu amor,
porque está se dirigindo para Jerusalém onde O aguardam sofrimentos atrozes e a
morte mais dolorosa que havia em Seu tempo, que Ele, livremente aceitou, desde
o princípio, sofrer em nosso lugar, as consequências de nossos pecados.
Como somos livres para aceitar ou não ser Seu
discípulo, coloca, claramente as condições, não para dizer que não será
admitido aqueles que não preencherem as condições necessárias mas apenas para
advertir-nos no sentido de que não nos intitulemos Seus discípulos sem antes
termos conhecimento das implicações do Seu seguimento e se temos as condições para
tanto ou se pelo menos estamos dispostos a tudo para conseguí-las, co
contrário, pior do que a humilhação de um arquiteto que veja interminada sua
obra por falta de planejamento e pior do que um rei que perde a batalha por não
calcular, previamente se tem condições de fazer frente ao inimigo que vem
contra ele, pior do que tudo isso é o que acontecerá com aqueles pelos quais
veem os escândalos.
Escandalizar alguém significa ser causa de
tropeço e de queda e é exatamente isso que provoca nos desejosos de seguir a
Cristo, aqueles que, dizendo-se cristãos, por sua vida incoerente com a fé que
professam, desanimam completamente aqueles que tentam atrair para o seguimento
de Cristo. Daí a seriedade da advertência de Cristo a nós no Evangelho de hoje
onde Ele, como que, nos coloca contra a parede, ensinando-nos a radicalidade
para que devem ter os Seus discípulos, ou seja, aqueles que desejam aprender
com Ele, exatamente a radicalidade de todas as renuncias às quais teve que nos
submeter para nos salvar.
Exige um total desprendimento de nós próprios, de
tudo e de todos não por mero capricho mas simplesmente porque fora dEle que é O
Amor Encarnado, somos incapazes de amar o nosso próximo seja ele pai, cônjuge ou
amigos, Ele é a fonte de todo amor.
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