II DOMINGO DA QUARESMA
DO TABOR AO CALVÁRIO
POR: PE. TARCISIO AVELINO



Nossa vida neste consiste na subida dolorosa e árdua de um monte cujo coume é o calvário, ou seja, o momento de entregarmos a Deus em holocausto, tudo o que temos e somos, toda nossa vida, simbolizada pelo sacrifício de Isaac, único filho de Abrãao que Deus a ele pede, antes de poder fazer dele o pai de todos os crentes, dando-lhe, como lemos na primeira leitura, uma descendência mais numerosa do que as estrelas do céu.
Nesta subida dolorosa rumo a eternidade, em muitos momentos Deus nos pedirá sacrifícios enormes para ir nos purificando de todo apego, até que estejamos vazios os suficiente para que Ele, O Infinito, ocupe todos os espaços de nossa alma, preenchendo assim, todos os anseios de nosso coração.
O seguimento de Cristo é um caminho de cruz, é o caminho do calvário que ele está para  começar, subindo, antes, no Monte Tabor, para consolar os mesmos três apóstolos que já estavam escandalizados da cruz, que, pouco antes da cena que o Evangelho de hoje narra, Jesus lhes havia apresentado como necessária no cumprimento de Sua missão.
A Transfiguração no Tabor é um antegozo da visão beatífica que preencherá de tal maneira todos os nossos anseios que não queremos mais nada a não ser Deus, como vemos na reação de Pedro, cuja reação imediata foi o pedido para que se prolongasse aquele momento, de tal modo que pudessem armara ali mesmo suas tendas, mas o pobrezinho nem sabia que antes que ele pudesse contemplar a glória de Cristo ainda teria que sofrer muito,  inclusive, derramar lagrimas de arrependimento por suas traições a este Mestre tão bondoso.
“Este é o Meu filho Amado, escutai-O”, quase as mesmas palavras do testemunho que O Pai deu do Filho no inicio de Sua vida pública, e agora as repete, antes que o Filho consuma sua missão que iniciara naquele dia de Seu Batismo o Jordão.
“Escutai-O” é uma advertência do Pai para aguçarmos os ouvidos para o que estão para inciar com Cristo, assim que descerem o Tabor, quando iniciarão a subida para o Monte Calvario, onde será tal o sofrimento que Ele padecerá por nós que, se não fosse esse gozo antecipado que O Pai oferece a estes três disicipulos-chave, certamente não teriam podido chegar até o fim.

“Escutai-O”, quer dizer, não se enganem com toda a fraqueza, debilidade que este homem está para padecer, não se enganem, é O Meu Filho, O Filho de Deus!!! Escutai-o, quer dizer, prestem atenção nos ensinamentos finais da vida de Seu Mestre e entendei que se a porta pela qual de Deus nos separamos é larga, a que para Deus voltamos é estreita e de difícil acesso, porque é nadar contra a correnteza de um mundo que se afastou de Deus.
Nesta subida árdua do monte Calvário, Deus nos consola de tempos em tempos permitindo-nos brevíssimos  momentos de Tabor onde os insights  que temos sobre Cristo e nossa missão nos permitem vencer obstáculos um após o outro pois, como lemos na segunda leitura “se Deus é por nós quem será contra nós (interrogação) Nada nem ninguém, já que maior do que Ele não há e se o temos por protetor, ninguém ousará intentar contra nós e sabemos que Ele  é por nós porque se quando éramos inimigos de Deus, como lemos na segunda leitura, “Deus não poupou Seu Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos daria tudo junto com Ele (pergunta). Se quando éramos inimigos de Deus Ele se inclinou sobre nós providenciando para nós um cordeiro na pessoa de Seu Filho, quanto mais agora que Ele já morreu no nosso lugar, pagando, com Sua morte o salário do nosso pecado, e rompendo o muro que nos separava de Deus não estará Ele sempre ao nosso lado para nos proteger (pergunta).

Um comentário:

  1. Padre Tarcísio muito profunda a sua Homilia nesse segundo Domingo da Quaresma.
    "No Deserto,o peregrino olha para o alto e somente vê o sol escaldante,olha para os lados e somente vê areia quente.A Unica esperança é confiar em DEUS" "Tudo que Deus permite esconde graça"Quaresma tempo forte de Oração"Ir Maria Letícia do Sagrado Coração OIC

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