DOMINGO DE RAMOS E DA PAIXÃO DO SENHOR

POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

A cada ano a Igreja nos oferece, no Domingo de Ramos a oportunidade de revivenciar, pela liturgia, os últimos acontecimientos da vida de Jesus, já que os dois Evangelhos desta Missa são um resumo de toda a Semana Santa que hoje iniciamos, desde Sua entrada triunfal em Jerusalém até Sua morte e sepultamento. Sendo assim, neste dia nos vemos na pele de cada pessoa ou categoria de pessoas que estiveram mais perto de Jesus nestes ultimos momentos que antecederam Sua morte, mas a maioria de nós representa, na liturgia a grande multidão que em tão breve espaço de tempo aclama a Jesus com louvores, hosanas, ramos e estendo suas roupas a Sua passagem, e grita crucifica-O quando Ele se ve diante de um tribunal, com isto, somos levados, através do mal-estar que isso nos causa, a meditar no quao inconstantes e covardes somos todos nós, exatamente como os discípulos, especialmente Pedro que promete em alto e bom som : "jamais te abandonarei" e, pouco tempo depois se vê forçado a chorar lagrimas de amargo arrependimento por sua traição.
O lençol que o discípulo deixa para trás quando  se vê obrigado a furgir quando tentam prendê-lo, juntamente com Seu mestre, nos mostra que quando, pelo pecado, traimos a Cristo, perdemos a dignidade de discípulo, uma vez que DISCÍPULO é todo aquele que aprende com Seu mestre e uma coisa que Cristo jamais nos ensinou foi a covardia, como vemos especialmente nestes dias em que chega aos extremos as tentações de Nosso Senhor, na qual se constituiu toda sua vida pública, desde o início até o fim.
Contemplar a Cristo no Horto das Oliveiras suando sangue nos é o exemplo máximo para nós do que deve ser a vida de seus discípulos, uma constante luta e resistencia as tentações como nos adverte S. Paulo quando diz: "ainda não resististes até ao sangue na luta contra o pecado" (Hb.12,4).
Ao contemplar a Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo o que mais nos impressiona além da maldade do homem sem Deus é como Ele pôde suportar tanto sofrimento, o que fica fácil de entender quando vemos na primeira e segunda leituras a atitude interior com a qual Ele enfrentou as tentações que se caracteriza por:
1.Sua DOCILIDADE á vontade do Pai como lemos na Primeira leitura: " O Senhor deu-me uma linguagem de discípulo (...)  a cada manhã Ele desperta meu ouvido para que eu escute como discípulo (...) e eu não resisti nem recuei". Somente porque Cristo foi um dócil discípulo do Pai é que  se tornou nosso mestre, justamente na arte que, por termos descurado, nos fez encontrar todo o sofrimento que Ele assumiu sobre si, como consequencia de nossa ruptura com Deus, esta arte se chama OBEDIÊNCIA, como lemos na segunda leitura: "E, achado na condição humana, humilhou-se e foi obediente a´te a morte e morte de cruz!".
Seu ouvido e Sua língua de discípulo nos revelam o que deveriam ter sido Adão e Eva para que O Filho de Deus não tivesse que sofrer tanto em nosso lugar. Somente quem tem ouvido de discípulo, ou seja, sempre disposto a aprender e a obedecer; sempre atento à voz do Mestre é que poderá ter a linguagem de discípulo, ou seja daquele que fala não em seu próprio nome mas em nome daquele que o enviou preservando-nos da arrogancia de querer ensinar como coisa nossa a sabedoria que só pode provir do Alto.
2. Sua firmeza confiante e decidida prontidão de obedecer sempre ao Pai: "apresentei o dorso aos que me batiam, não preotegi meu rosto (...) tornei o meu rosto duro como a pedra" o que nos revela sua profunda
3. sua profunda confiança no Pai: " O Senhor Deus virá me socorrer (...) e eu não terei de me envergonhar".
Eis as atitudes do Mestre que devemos imitar todo dia nas pequeninas coisas, se quizermos ter certeza de podermos resistir se algum dia nos aparecer a chance de dar a Deus a maior prova de amor como resposta ao Seu amor por nós revelado na cruz: "não há maior prova de amor do que dar a vida", Ele fez isso po nós então, nos sentimos impelidos a dar uma resposta, já que, por ter nos resgatado ao preço de Seu Sangue se fez Nosso Senhor tendo o direito de nos ter ao serviço agora e por toda eternidade embora respeite inteiramente a liberdade na qual criou.
Que assim, os ramos com o qual aclamaremos hoje O Senhor seja simbolo de nossa gratidão por tudo o que Ele fez por nós mas que os brados de "crucifica-O" da multidão enfurecida seja a constante lembrança de nossa fragilidade, covardia, e incoerência, para que a consciência de sermos criancinhas seja nossa garantia de receber do Pai todo auxílio para perseverarmos até o fim pois só assim poderemos entrar no Reino dos Céus. Amém!!










Um comentário:

  1. Domingo de Ramos vamos acompanhar o Mestre na fidelidade e no Amor até o Calvário abraçados a Cruz.Padre Tarcísio colocou muito bem o Tema dessa Semana santa que se inicia."Não há maior amor do que dar a vida"Estamos nas Mãos do Pai como criancinhas as vezes rebelde cometendo faltas porém o Amamos e somos fiéis a graça.Desejo a Todos os Teresinianos que sigam Jesus no Calvário e no Tabor para sermos Transfigurados pela sua Gloriosa Ressureição

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