Homilia do domingo de Ramos e da Paixão do Senhor.


 Dimas ou Barrabás?

Por: padre Tarcísio Avelino 

 Como não existe uma forma mais excelente de dar glórias a Deus do que a Santa missa onde oferecemos altar e o corpo e o sangue de seu filho em agradecimento por todo seus benefícios em expiação dos nossos pecados, para que a paixão do senhor não ficasse sem a Santa missa como forma de agradecer a Deus Pelos sorimentos E seu filho que foram causa de nossa salvação, o domingo de Ramos celebra também a paixão de nosso Senhor Jesus Cristo porque na sexta-feira santa e no sábado Santo são os únicos dias em que não se celebra o Santo sacrifício da missa já que a missa é a celebração da paixão morte ressurreição do Senhor E se a celebrássemos nesses dias estaremos antecipando o mistério da ressurreição reservado para ser celebrado no dia da páscoa.
 Neste sentido podemos dizer que a celebração do domingo de Ramos é a celebração de um resumo da semana santa na qual todos nós somos convidados a contemplar o modelo com qual devemos nos conformar que é o nosso mestre Jesus Cristo para confrontarmos nossa vida com a dele e corrigirmos aquilo que porventura não esteja correspondendo ao nosso modelo. É neste sentido que a segunda Leitura escrita aos Filipenses nos convida nesse dia de hoje: a carta aos Filipenses foi escrita para corrigir a sua consciência acostumada na vida farta e rica com a qual vive a sua população que devido ao apego as coisas materiais          tinha se distanciado muito de seu modelo Jesus Cristo fazendo se necessário que São Paulo-lhes recordasse que Cristo Jesus nosso mestre sendo de condição divina não se apegou a sua divindade com uma usurpação mas se essas you tornando-se homem como nós e se rebaixou ainda mais para sofrer a morte destinada os piores criminosos, porque ele se identificou com todos pecadores do mundo para sofrer vence as consequências de nossa ruptura com Deus restaurando nossa comunhão com ele para que pudéssemos viver a Sua vida eterna. Isto é que é a salvação e a redenção, mistérios que vamos meditar nessa Semana Santa que hoje se inicia.
 E a interessante que a liturgia de hoje coloca o inocente Jesus encontraste com três criminosos que podemos ver como a representação da humanidade, de como se encontrava humanidade no momento está encarnação de Jesus, que não é muito diferente de como se encontra hoje, pois Barrabás e os dois ladrões no meio dos quais Jesus foi crucificado forma um contraste tão grande que nos dá a ideia do abismo que não separava de Deus. Do mesmo modo que Barrabás foi solto e Cristo foi condenado, A humanidade foi libertada das cadeias do pecado porque Cristo se ofereceu para pagar a fiança da nossa libertação.
 Dimas ou Barrabás? Com este tema eu proponho uma reflexão que todos nós devemos fazer: se Cristo se entregou para que Barrabás fosse solto, e Barrabás somos todos nós resta a pergunta: o que fazer para deixarmos de ser Barrabás? Causa da condenação de Jesus? Porque se ele morreu por nós,  não podemos continuar os mesmos pecados que foram causa de sua condenação e morte. E é justamente aqui que entram os outros dois criminosos com os quais ai liturgia de hoje nos convida anos confrotar: o bom ladrão que a tradição chamou de dimas e o mal ladrão que mesmo na cruz não cessava de acusar Jesus prefigurando a maioria dos homens que perfazem a humanidade atual.
 A primeira leitura é uma descrição que nos ajuda a imaginar os sentimentos interiores que animavam a Cristo durante a sua paixão e o que se sobressai nesta primeira leitura é justamente o sentimento de entrega voluntária onde o profeta anônimo, figura de Cristo, diz:    “Todas as manhãs Ele desperta os meus ouvidos,
para eu escutar, como escutam os discípulos.
O Senhor Deus abriu-me os ouvidos
e eu não resisti nem recuei um passo.
Apresentei as costas àqueles que me batiam
e a face aos que me arrancavam a barba;
não desviei o meu rosto dos que me insultavam e cuspiam.” Esse sentimento de voluntariedade de nosso Senhor Jesus Cristo pode ser comparado hipotética mente aos sentimentos do bom ladrão dimas que com certeza foi sendo catequizado desde o momento em que esteve diante de Jesus, com certeza olhando como Jesus sofria com paciência mansidão sem xingamentos perdoando seus inimigos, com certeza, foi sendo tocado pelo exemplo deste homem até ter condições de receber a revelação de que diante dele estava O próprio Deus encarnado Foi assim que tocado pela graça o último assalto do ladrão Dimas foi o Céu; roubou céu por assim dizer porque mesmo tendo vivido uma vida inteira de pecado no instante conseguiu O perdão e a recompensa destinada aos justos. Quando digo que podemos comparar a atitude do profeta anônima da primeira leitura com a situação hipotética do bom ladrão Dimas É porque assim como o profeta da primeira leitura diz que Deus líder um ouvido de discípulo e ele não resistiu nem voltou atrás, assim também nós para não nos tornarmos, mais uma vez partir desta multidão que todos os anos da igreja nos faz gritar Hosanas e pouco tempo depois gritar “crucifica-O” É preciso que como Tim mas não resistamos da palavra de Deus como fizeram os judeus que como ninguém estavam preparados para perceber a vinda do Messias já que ninguém no mundo conhece as escrituras como este povo principalmente as autoridades religiosas que condenaram Jesus que sabiam que quando Messias chegasse os sinais que o acompanhariam serio exatamente os mesmos que Jesus realizara. Mas como Jesus disse na parábola do Bom semeador aquele povo O  escutava de má  vontade, Como fazemos nós toda vez que constatamos conhecer tanto da Palavra de Deus e no entanto não nos convertemos, porque eu ouvimos essa Palavra de má  vontade, sem deixar que ela nos interpele, nos questione, nos impulsione a mudança.
 No mundo dominado pelo egoísmo e orgulho de uma humanidade que ainda não teve a graça do batismo onde livre do pecado original possa se comportar como filhos de Deus nós, os discípulos de Cristo, somos convidados a nos deixar envolver por essa lógica de Deus que, por ser amor, se rebaixa para se dar e servir como lemos na segunda leitura e na cruz nos mostra até onde deve ter nosso amor pelo próximo: até dar a vida para que todos tenham vida plena, contrário não podemos nos chamar de cristãos porque cristão é discípulo de Cristo Cristo é o amor que se entrega voluntariamente, que da sua vida para que a nossa vida seja eterna.  





                                                                                                          





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