Homilia do segundo domingo do Tempo ano C:

A HORA DE DEUS

POR: Pe. tarcísio Avelino, OMD
 Já que toda a vida pública de Jesus se desenrola junto com os apóstolos e discípulos, era natural que que a vida pública de Jesus começasse com o chamado dos apóstolos assim como é também natural que o segundo domingo do Tempo Comum seja a  apresentação do programa de vida, da vida pública de Jesus que se inicia justamente, com o seu primeiro milagre, O milagre das bodas de Caná, um dos milagres de Jesus que João reúne, no seu Evangelho chamando de livro dos sinais. Assim como um sinal indica uma realidade, não é a própria realidade, as bodas de Cana são sinal que aponta um significado muito mais profundo, o amor de Deus pelos homens, que os profetas, não tendo como descrever o tamanho, a profundidade e  a durabilidade, o comparam, muitas vezes, com o amor matrimonial. Estamos portanto não contexto da aliança de Deus com a humanidade.
Para nos ajudar a entender o tamanho, a grandeza do amor de Deus por nós, a liturgia nos apresenta na primeira leitura e na segunda leitura o contexto como estava a humanidade antes de Jesus se encarnar. Na primeira leitura temos o contexto do Israel pós exílico, quando, os poucos habitantes que tinham voltado do exílio, eram pobres e viviam acossados pelos inimigos, numa cidade onde não havia as muralhas e tudo estava por reconstruir inclusive o templo que era Centro da vida do povo. É a este povo sem esperança e humilhado que o profeta Isaías anuncia um tempo de restauração onde Deus desposaria Jerusalém como Um noivo recebe sua noiva em casamento.
No Evangelho, as seis talhas imensas inamovível ex pelo seu grande peso por serem de pedras representam pelo número seis a incompletude que a lei não tinha podido restabelecer a união do homem com Deus quebrada pelo pecado. Fazia se necessário que Deus mesmo vencesse esse abismo que devemos separava, sendo que as bodas de Cana são justamente o sinal que aponta a união íntima que Deus quer ter com seu povo, e o gesto de Jesus transformando a água em vinho é sinal do gesto que Deus fez em nosso favor na cruz do Calvário onde revelando até onde vai o amor de Deus por nós Cristo nos atraiu a si, E sofrendo em si as consequências do nosso pecado, ontem o muro que não separava de Deus e se uniu a nós com amor fiel indissolúvel como é o matrimônio que ele veio restaurar no regime do Novo Testamento.
As seis talhas não indicam somente a incapacidade que a Lei tinha de restabelecer a união entre o homem com Deus como também pela sua imensidão, e por terem sido enchidas até a borda, simbolizam abundância do amor de Deus por nós, já que a abundância era um dos sinais dos tempos messiânicos.
João só chama Maria de mãe de Jesus e de mulher João só em dois lugares denomina Maria de mulher e de mãe de Jesus nas bodas de Cana e no Calvário início e fim da vida pública de Jesus mostrando para nosso papel fundamental de Maria na história da salvação. Mulher que foi o nome dado por Deus a companheira de Adão, significa colaboradora, significando que Maria é a nova Eva que ao contrário da primeira, não conduziu homem a desobediência a vontade Deus, mas conduz o novo homem a fazer tudo o que ele nos diz, Como ela mesma, ao pé  da cruz, diferentemente de Eva ao pé da árvore da ciência do bem e do mal, seduziu homem a desobedecer a Deus, Maria ao contrário, se uniu a vontade de seu filho oferecendo- O ao Pai e se oferecendo, com Ele,  ao pai, pela nossa salvação.
Já na segunda leitura temos a comunidade Corinto onde os carismas dados por Deus para o proveito comum estavam sendo usados como privilégio ser gol estas de satisfação de interesses próprios causando divisão na comunidade. É neste contexto que São Paulo contar a igreja a um corpo onde cada membro tem sua função. E mesmo que algum membro não tenho uma função aparentemente tão nobre quanto a do outro membro, todos precisamos uns dos outros, aqui vemos que mesmo de depois que Jesus se revelou como esposo da humanidade mostrando na cruz o tamanho do amor de Deus por nós, mesmo depois de anos de resgatado com seu sangue, e de nos ter feito filhos de Deus pelo batismo, A tendência do pecado que se acendeu e nós depois de décadas continua presente. Pondo em risco A beleza desta noiva que Deus feio desposar que é a igreja, que,  embora tenha sido top nada sem roupa e sem mancha pelo sangue de Cristo que nos lavou e redimiu, muitas vezes é desfigurada no modo com que é vista pelo mundo, pelo mau comportamento de seus membros.
Assim podemos resumir a mensagem da liturgia de hoje que o amor de Deus por nós é tão grande que não só nos resgatou do pecado que a lei não pode apagar como também conta conosco para sermos como os serventes destas botas, obedientes a Maria santíssima quem tudo fez a vontade do de Deus assim sendo, seremos, como ela, colaboradores do plano do Pai.

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