Homilia do 27º domingo do Tempo Comum o matrimônio cristão

Por Pe. Tarcísio Avelino, TF
Apesar de não parecer haver nexo entre matrimônio e a criança que Nosso Senhor toma no colo no final do  Evangelho deste dia, percebemos que ha total ligação entre o tema do matrimônio que é o tema destacado na liturgia  deste domingo, pois somente quem tiver um coração de criança, consciente de sua total dependência de todos para tudo,  poderá entender tanto quanto possível neste mundo o verdadeiro sentido do matrimônio cristão. 
Assim nosso Senhor diz que quem não receber o reino do céus como uma criança nele não entrará, referindo-se não somente a entrada no céu Como também ao fato de que só poderá desfrutar, Ja aqui  neste mundo, um pouco da paz e da alegria que experimentaremos no céu, quem tiver um coração de criança, ou seja, se acolhermos a proposta que Ele vem nos trazer com um coração de criança.
O céu é uma família Pai, Filho e Espírito Santo e o Filho de Deus veio a nós numa família para nos mostrar que a família é a porta do céu. Só vai saber viver em Deus quem aqui neste mundo souber viver em família. Nunca  a família esteve tão ameaçada como nos tempos atuais e para mostrar como é a família no sentido do matrimônio cristão, devolve o verdadeiro sentido da união conjugal recordando-nos como era desde o princípio e cita justamente o capítulo de genesis correspondente a primeira leitura da missa de hoje , onde vemos que a mulher foi tirada do homem para que, no tempo determinado por Deus, se unam para formar uma só carne e isto significa que desde toda eternidade quando Deus cria um homem com a vocação matrimonial o prepara de tal maneira que só encontrará sua completude  numa mulher também criada e para ele preparada.
Podemos  comprovar isso no capítulo primeiro versículo quinto do profeta Jeremias onde lemos que antes de termos sido gerados  no ventre de nossa mãe Deus já nos conhecia e nos havia consagrado; ou seja, havia nos separado para uma determinada vocação e consequentemente nos capacitado a exerce-la. Com a pessoa destinada à vocação matrimonial não encontra sua completude em si mesma podemos concluir que desde o momento em que é criada, é criada uma para a outra destinados a serem uma só carne ou seja, um casal destinado a formar uma família una e indissolúvel para ser sinal, neste mundo, do amor indissolúvel e fiel de Deus por cada um de nós.
Por isso, não separe o homem o que Deus uniu, porque foi unido desde toda eternidade e não apenas no momento da realização do Sacramento matrimonial onde é apenas selado uma união já determinada por deus muito antes de serem gerados um para o outro.
Esta é a lógica do Reino de Deus e só quem tem coração de criança nela poderá entrar porque somente a criança aceita a relação de dependência que há dentro de uma família dependência uns dos outros por amor o que confere prazer e alegria em servir uns aos outros proporcionando, Ja aqui neste mundo, um antegozo do céu.
Assim a Segunda Leitura afirma que convinha que eu filho do homem passasse por muito sofrimento para conduzir muitos filhos à glória porque pecar é romper com Deus, fonte de todo bem, tendo como consequência o sofrimento; sendo que, para sofrer como homem Deus teve que vir até nós como uma criança, ficando claro porque só quem receber o Reino de Deus com uma criança nele entrará. Não ma vez que somente a criança, com sua consciência de sua total dependência de todos da família, aceitará se submeter com alegria, com um amor cheio de gratidão, ainda que inconscientemente para com todos os que lhe desvelam tanto carinho,  atenção cuidado e proteção, mas experimentando já aqui um pouquinho do descanso do Céu onde nada mais nos preocupará.


3 comentários:

  1. Querido Pai Padre Amigo. Saudades a toneladas. Suas palavras repousam em nossos corações. Nossas almas tem sede de Água Viva. Rezo para minha família estar pronta para o chamado. Queremos te seguir...rumo ao Céus, amando e servindo a Deus e ao próximo. Raquel Arthur Thiaguinho Paulo Telma Yeso Chris Maria. Estamos chegando...pelas mãos de Maria por obediência a Jesus com a Força do Espírito.

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