XI° DOMINGO DO T. COMUM ESPERANÇA E PACIENCIA COM O AGIR DE DEUS

AS PÁRABOLAS DA SEMNTE E DO GRÃO DE MOSTARDA

 
Por: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF

Para prevenir os discípulos de Jesus de todos os tempos contra a mentalidade do messianismo triunfalista e da mentalidade eficacista reinante no meio de Seu povo e sempre presente no interior do coração humano, a Liturgia de hoje nos apresenta tres paráboloas para nos ensinar o modo do agir de Deus. Neste sentido  as duas parábolas do Evangelho de hoje a que está contida na Primeira Leitura incitam-nos a viver de esperança, uma esperança que não nos decepciona, “porque Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu” (Rm5,5). O que significa dizer que O Espirito Santo presente em nós é que nos vai mostrando o agir de Deus na história apesar da aparente demora de Deus em intervir em questões muitas vezes dramáticas como aquela na qual se encontrava o povo judeu na Primeira Leitura, exilados na Babilonia sem nenhuma esperança da intervenção de Deus pois sabiam que se lá se encontravam era por culpa propria, por terem, pelo pecado se separado de Deus, mas o Profeta Ezequiel vem reavivar sua esperança dizendo que apesar de terem que se purificar um pouco mais de sua falta Deus nunca nos abandona nem desiste de nós conforme lemos em Is 54,10: “Mesmo que as montanhas oscilassem e as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará e jamais meu pacto de paz vacilará, diz o Senhor que se compadeceu de ti.” Com estas duas Parábolas o Evangelho vem confirmar o ensinamento da Primeira Leitura dizendo-nos que o modo de Deus agir na história é muito diferente daquele que nós esperamos conforme Ele mesmo nos adverte: “porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos os meus caminhos, diz o Senhor.” (Is.55,8). O modo de Deus fazer acontecer Seu Reino na história é como o semeador que lança a semente na terra, apesar de todos os seus esforços em preparar o terreno e em molhar a semente depois de semeada e de mante-la livre das ervas daninhas, o crescimento não depende dele mas de Deus por isso quer ele vele ou durma, o resultado é o mesmo, pois naquele tempo ainda nao existia os implementos agricolas de aceleramento de crescimento das plantas como temos hoje, assim também é o desenvolvimento do Reino de Deus no mundo, começou com doze apóstolos rudes e hoje a Igreja e os Cristãos se espalharam pelo mundo todo como o arbusto maior entre todos os arbustos da terra de Jesus que se forma justamente da menor semente que eles conheciam, a da mostarda, com essa segunda parábola Nosso Senhor mostra qu assim como há uma imensa desproporção que há entre a semente de mostarda e a planta que dela provém, assim há uma desproporção imensa entre os instrumentos que Deus escolhe para Sua obra, os esforços que fazemos para levar O Evangelho e converter as pessoas para O Caminho da Verdade e da Vida que é Cristo, e os resultados alcançados, como lemos em São Paulo: “Paulo plantou, Apolo regou, mas é Deus quem dá o crescimento” (Icor.,3,6).
Alem de tudo isso o ensinamento da Liturgia de hoje para nós é que tenhamos paciencia no ritmo de Deus, até porque a consumação do Reino que Cristo semeou entre nós para que nós regássemos a semente, não terá sua plena consumação aqui mas, conforme lemos na Segunda Leitura: “ 6Estamos sempre cheios de confiança e bem lembrados de que, enquanto moramos no corpo, somos peregrinos longe do Senhor; 7pois caminhamos na fé e não na visão clara. 8Mas estamos cheios de confiança e preferimos deixar a moradia do nosso corpo, para ir morar junto do Senhor. 9Por isso, também nos empenhamos em ser agradáveis a ele, quer estejamos no corpo, quer já tenhamos deixado essa morada. 10Aliás, todos nós temos de comparecer às claras perante o tribunal de Cristo, para cada um receber a devida recompensa – prêmio ou castigo – do que tiver feito ao longo de sua vida corporal.” O que significa dizer que embora não dependa de nós os resultados de nossa missão, ninguém está dispensado dela porque teremos que prestar conta de tudo o que tivermos feito durante nossa vida nesta terra, sendo que Deus quer contar com cada batizado para torná-lo conhecido e amado de todos conforme Cristo nos ordena em Mateus,28,19: “Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho e do Espirito Santo”.




 

Um comentário:

  1. As sementes estão florescendo no Jardim dos Teresinianos MEnsageiros e Nossa Senhora de Fatima
    Santa perseverança aos Vocacionados

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