Saletianos - Fraternidade Ordem da Mãe de Deus

VI DOMINGO DO TEMPO COMUM A

                     

A VERDADEIRA JUSTIÇA

POR PE. TARCISIO AVELINO, TF

"Se a vossa justiça não for maior do que a dos mestres da lei  fariseus nao podereis entrar no Reino dos Céus". Esse versículo condensa toda a mensagem deste sexto domingo, que pderíamos chamar de A verdadeira Justiça pois depois que receberam os dez Mandamentos de Deus, os judeus, povo por Ele escolhido, aos quais havia revelado o Seu Nome,  começaram a pensar que só pelo fato de fazerem parte deste povo já estavam salvos simplesmente por serem descendentes de Abrãao e a Moisés no entanto Cristo diz para nós hoje que a nossa justiça, ou seja, o modo de tentarmos nos justificarmos, ou melhor de nos tornarmos justos perante Deus tinha que exceder a esta justiça de nossos antepassados do mesmo modo que dizia isto aos seus apóstolo com relação à justiça dos fariseus e doutores da lei que achavam que simplesmente pelo fato de obedecerem aos preceitos da Lei já estariam salvos, se tornavam justos perante Deus, não obstante todos os pecados que cometiam.

Assim o modo de Jesus dizer nos revela que Ele é O Senhor também da Lei, que só Ele pode interpretá-la de maneira correta e ainda mais, só Ele está acima da Lei: assim Ele sobrepõe ao "ouvistes o que foi dito" com o "Eu porem vos digo", mostrando-nos que o que dá valor aos nossos atos externos são as intenções com as quais os praticamos e que não basta agir corretamente se consentimos com intenções contrárias às nossas ações e cita como exemplo: "ouvistes o que foi dito: 'não cometerás adultério'. Eu porém vos digo que todo aquele que olhar para uma mulher com o desejo de possuí-la, já cometeu adultério com ela em seu coração". Eis a perfeição que Deus exige de nós pois a meta de nossa perfeição é aquela do Pai, "sede santos como o vosso Pai Celeste é santo" pois se queremos viver em Comunhão eterna com o Santo dos Santos precisamos nos conformar com Ele ou seja, ir nos assemelhando pouco a pouco com Ele até estarmos em condições de nos unirmos com Ele eternamente. 

Somente o que é semelhante é que realmente pode se unir verdadeiramente em profundidade, essa é a comunhão que Deus deseja ter conosco pois qual é o pai que ama seu  filho que não deseje estar sempre com ele?

A Primeira Leitura é um hino à liberdade humana onde fica claro que todo o mal que há no mundo é consequência de nossas escolhas e identifica a obediência aos caminhos de Deus com a vida, que significa uma vida plena já aqui neste mundo mas que será plena na eternidade. É por isso que vale a pena obedecer, para nunca rompermos a comunhão com Aquele que nos criou somente para nos fazer felizes. Como nos ensina a Segunda Leitura, apontando para essa recompensa eterna que  espera aqueles que nunca de Deus se separa terá Ele mesmo por recompensa: “O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram nem os ouvidos ouviram nem coração algum jamais pressentiu”, porque é o Próprio Deus!

Que abramos nossos olhos para percebermos o que realmente estamos buscando porque se fôr a felicidade, então optemos por Aquele que  do nada nos criou por amor!