NOSSA SENHORA DO ESCAPULÁRIO VERDE
                                                    
                                                                                




                                                             

I – ORIGEM DO ESCAPULÁRIO VERDE

Escapulário Verde
A 28 de janeiro de 1840, na Casa Mãe das Filhas da Caridade, em Paris, uma Irmã de nome Justina Bisqueyburu foi favorecida com uma visão celeste.
Como se estivesse em oração durante um retiro, apareceu-lhe a Santíssima Virgem, trajando longo vestido branco que quase lhe cobria os pés imaculados. Por sobre o vestido trazia um manto azul claro, estava sem véu, os cabelos lhe caiam sobre os ombros. Segurava nas mãos um coração de onde saíam pela parte de cima chamas abundantes. No porte, reunia à majestade, um esplendor de formosura toda celestial. Esta visão, que se renovou várias vezes no correr do ano, parecia, a princípio, ter como fim exclusivo aumentar a devoção de Justina ao Coração Imaculado de Maria, porém, outra aparição veio mostrar que Nossa Senhora tinha em mira favores de maior alcance.
A 8 de setembro de 1840, estando a Irmã em oração, apareceu-lhe Maria Santíssima, trazendo na mão direita o seu coração encimado de chamas e segurando, na mão esquerda, um escapulário, ou antes, metade de escapulário, pois neste havia um só pedaço de pano verde, ao qual se prendia, pelas duas extremidades, um cordão da mesma cor. Em um lado deste medalhão de pano verde se achava a imagem de Maria Santíssima, tal como se mostrara nas aparições anteriores e no outro lado, “um coração que despendia raios mais brilhantes que o sol e transparentes como cristal”. Ao redor deste coração transpassado de uma espada, estava uma inscrição de forma oval, encimada de uma cruz dourada, com as palavras: “Coração Imaculado de Maria, rogai por nós agora e na hora de nossa morte!” E ao mesmo tempo que Nossa Senhora apresentava o escapulário à Irmã, fez-lhe entender que deveria confeccioná-lo, o quanto antes distribuí-lo, com toda a confiança, aos pecadores para convertê-los e, assim, obter-lhes uma santa morte.

II- COMO SE DEVE USAR ESTE ESCAPULÁRIO

Não sendo este escapulário como os outros bentinhos, hábito próprio de uma confraria, não se emprega fórmula especial para benzê-lo, nem dele se faz imposição, propriamente dita. Basta que, depois de bento por um padre (e todos os padres podem dar esta bênção), seja usado pela pessoa que desejamos submeter à sua feliz influência. Receando-se alguma relutância por parte desta pessoa, o Escapulário pode ser colocado, sem que o saiba, por entre suas vestes, no leito ou no quarto. Quanto às orações, há uma que se deve rezar cada dia, a que se acha escrita sobre o Escapulário “Coração Imaculado de Maria, rogai por nós agora e na hora de nossa morte!”. Se a pessoa interessada não a disser, outra poderá recitá-la em seu nome.

III – APROVAÇÃO ECLESIÁSTICA

Por intermédio do Procurador Geral da Congregação da Missão junto à Santa Sé, as Filhas da Caridade pediram ao Santo Padre Pio XI a licença de confeccionar e distribuir este Escapulário. O Santo Padre, depois de contemplá-lo atentamente, respondeu: “Sim, dou toda a licença para isto. Escrevei a essas boas Irmãs que as autorizo a confeccioná-lo e distribuí-lo”.

OBS.: Encontra-se o Escapulário Verde em todas as Casas da Companhia das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, no Brasil e no mundo inteiro.

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