XXXIV DOMINGO COMUM C
NOSSO SENHOR JESUS CRISTO REI DO UNIVERSO
POR: PE.TARCÍSIO AVELINO, TF
“Este
é o rei dos judeus”. Com certeza não foi por ter visto esta inscrição do motivo
de condenação de Jesus que o bom ladrão acreditou que Jesus é rei pois se
tivesse acreditado que o reinado dEle é neste mundo, de que valeria pedir
qualquer coisa para um rei que estava na agonia da morte se não acreditasse que
seu reino começa depois da morte? Com certeza tal pedido se deveu ao fato de
ter se convertido enquanto via o modo majestoso, paciente, misericordioso e
totalmente livre como sofria Jesus, enquanto juntos subiam para a cruz. No
tempo de Jesus a ressurreição já era crença da maioria do povo, com certeza, na
medida que foi se deixando interpelar pelo mistério de amor que transparecia em
Jesus este ladrão foi purificando seu coração na medida em que se deixava tocar
por este amor e na medida em que ia se abrindo a este amor foi se abrindo ao
Espírito Santo que lhe revelou que este que subia condenado como eles era O Rei
dos Reis.“E
todos me conhecerão” (Lv. 18,5) eis aqui, cumpridas, na vida deste que estava
destinado a ser a primícia da Paixão de Cristo, essa profecia que nos ensina
que, no momento em que Cristo estivesse dando “a maior prova de amor” que é dar
a própria vida todos os que se deixassem interpelar por Ele o conheceriam. Neste
evangelho vemos que o reinado de Cristo não é realmente deste mundo como ele
mesmo já havia dito “o meu reino não é deste mundo” (Jo. 18,36) pois senão não
teria dito” hoje mesmo estarás comigo no Paraíso”, como resposta ao pedido do
bom ladrão: “lembra-te de mim quando estiveres no teu reino”.“O
reino de Deus já está dentro de vós” (Lc.17,21). Já está mais não ainda
plenamente. Embora o Reinado de Cristo tenha sido instituído do alto da Cruz,
somente quando Ele vier em Sua glória é que o Seu Reinado se consumará e lhE
serão devolvidos tudo o que sempre fora dEle, como lemos na Segunda Leitura que
“tudo foi criado por Ele e para Ele”.Não
é a toa que a Igreja coloca este evangelho de Cristo na Cruz para nos fazer
meditar sobre o mistério de Seu reinado no mundo, porque Ele mesmo havia dito: “quando
Eu for elevado da Cruz, atrairei todos a mim” (Jo.12,32), no sentido de que
todos os que se deixassem interpelar por Seu amor revelado nesta maior prova de
amor que se pode dar, seriam por Ele atraídos. Sim! Esta é a explicação porque
a maioria então ainda não aderiu a Este Deus que por nós se fez homem para
morrer em nosso lugar. Porque a maioria não se deixa interpelar pelo amor que
Cristo revela do alto da Cruz, porque, lá no fundo sabem que se o fizerem,
terão que se converter e mudar de vida e toda mudança causa medo e insegurança.
Como Deus nos criou livres, mesmo antes do pecado original, sempre tivemos que
fazer uma escolha, só que no princípio só havia uma escolha, ou obecer a Deus
que proibira comer da árvore da ciencia
do bem e do mal, ou desobedecer para satisfazer a curiosidade do que viria
depois. O homem escolheu obedecer e o preço pagamos até hoje, continuamos tendo
que fazer, a todo momento uma escolha, entre o bom e o melhor, entre u ruim e o
menos ruim, entre o bem e o mal, porém, agora, depois do pecado original, além de
ter se multiplicado as opções diante das quais a todo momento temos que
escolher, juntamente com as escolhas, depois do pecado original, surgiu um novo
elemento que aparece a cada momento que temos que fazer uma escolha: o medo.
Por medo de perder o pouco prazer que se experimenta neste mundo, a maioria escolhe
não arriscar mergulhar em Deus por meio do escuro da fé.Eis
aqui a grande diferença entre o bom e o mal ladrão. Ambos, começaram juntos com Cristo sua subida para o calvário,
no entanto, um se deixou interpelar pelo mistério do amor e da paciencia deste
condenado diferente de todos os que tinha visto, ao passo que o outro, no
momento que percebeu o bem neste seu semelhante escolheu se fechar para Ele sem
se deixar por Ele inerpelar.
Jesus Rei e Senhor da minha vida.
ResponderExcluirIr Maria Letícia do Sagrado Coração OIC