CREIO NA VIDA NA RESSURREIÇÃO DA CARNE E NA VIDA ETERNA
POR
PE. TARCISIO AVELINO, TF
“Já
não poderão morrer pois serão semelhantes aos anjos”. Essa conclusão de Jesus à
questão apresentada a Ele pela seita dos saduceus que não acreditavam na
Ressurreição é, não somente o fundamento do ponto principal de nossa fé, que
rezamos todos os domingos no Credo, que é a Ressurreição final, como também é
um vislumbre de como será a eternidade. ”Creio na ressurreição da carne, na
vida eterna. Amém”. É assim que termina nossa Profissão de fé Católica,
confirmada pelo Evangelho de hoje onde aprendemos que no Céu seremos semelhantes
aos Anjos. E como são os anjos? São puros espíritos que, embora tenham sido
criados aos milhares de milhares, em miríades de miríades, foram criados na
quantidade exata querida por Deus, diferentemente dos homens que necessitam da
procriação para perpetuar sua espécie na face da terra. No entanto, o que
Cristo afirma aqui é que quando chegar o juízo final, quando só existirá a vida
eterna, não se precisará mais do sacramento do Matrimonio, pelo qual um homem e
uma mulher, escolhidos desde toda eternidade por Deus para se unirem para gerar
filhos para Deus formando uma família, não será mais necessário pois terá se
completado o dos seres humanos que Deus pretendia criar.
Fica
claro, pelo modo como os saduceus propõem essa questão a Jesus, que tinham a
intenção de ridicularizá-lO em sua doutrina
sobre a Ressurreição, no entanto, embora tenha sido tardia a crença na
Ressurreição no Antigo Testamento, a Primeira Leitura deixa claro que já havia
elementos para se crer na Ressurreição porém, Jesus não toma o Livro dos Macabeus,
mas um dos livros do Pentateuco, para responder aos saduceus que não aceitavam
o livro de Macabeus como inspirado. Dizendo que “Deus não é Deus dos mortos mas
dos vivos, pois todos vivem para Ele”, Jesus afirma que somos imortais como
Nosso Pai o é. No entanto Jesus também diz assim “Os que forem julgados dignos
de participar da vida futura”, afirmando que se Deus é Deus dos vivos, ou seja,
que não há mortos para Ele, ensina que depois da morte alguns serão julgados
dignos de participar da vida de Deus e outros não. De fato, baseado na Bíblia,
a Igreja ensina que depois que a alma, no momento da morte, se separar do
corpo, nem todos poderemos ouvir do Juiz a mesma coisa como o próprio Jesus
afirma em Mt.25: “dirá aos que estão a Sua direita, vinde benditos de meu Pai,
tomai posse do Reino que vos está preparado desde o início. E dirá aos que
estão a sua esquerda: “afastai-vos de mim malditos. Ide para o fogo eterno,
preparado desde o princípio para Satanás e seus seguidores”.
Todos
os anos a Igreja, nos convida, no mes de Novembro, antes de terminarmos o ano
liturgico, a meditar nos textos que
tratam dos Novíssimos, ou seja, das últimas realidades da vida do homem que
serão a morte, o Juízo, o Purgatório, o Inferno ou o Paraíso. Com isso, somos
preparados, ao final de cada ano, para fazer um balancete de nossa vida e nos
prepararmos para prestar contas de todos os nossos atos a Deus.
No
dia Primeiro, dia de Todos os Santos, somos convidados a meditar sobre o Céu,
ao passo que no dia 2, dia de Finados, somos convidados a meditar sobre o
Purgatório, ao passo que hoje ficamos sabendo que existe uma terceira
possibilidade, que é a de não gozarmos da vida feliz com Deus, quando ouvimos
Jesus dizer: “os que forem julgados dignos de participar da vida futura”. No
entanto, se “Todos vivem para Deus”, significa que alguns ressuscitam para o fogo
eterno como ouvimos acima, e nos perguntamos: Em que consiste o inferno? A
doutrina da Igreja ensina que o Inferno é não somente a ausencia eterna de
Deus, mas o fogo eterno do ódio, pois se Deus é amor, a ausência do amor,
provocada por aqueles que foram, livremente optando por se separar de Deus, se
transforme em ódio, o que antes era apenas rejeição de Deus, já que, não dando
espaço para Deus em nossos corações damos espaço para o Inimigo de Deus e dos
homens. Pecar é desobedecer a Deus e obedecer ao Maligno que, por sua vez,
adquire direitos sobre todos os que o servem.
“Que
O Senhor dirija os vossos corações ao amor de Deus e à firme esperança em
Cristo”. Que este voto de S. Paulo na Segunda Leitura se cumpra em nossa vida
pela obediencia da condição que ele nos está propondo, que é conservar nossa
firme esperança em Cristo, que, morrendo pelos nossos pecados, não só nos
justificou pagando o preço de nossa separação dEle pelo pecado, como também nos
capacitou a alcançarmos a vida eterna pelas graças que conquistou para
vencermos as tentações constantes de Satanás que, seduzindo os homens desde o
princípio, não cessa de reclamar seus direitos sobre eles.
A
prova suprema a que alguém pode passar para entrar no Céu é a tortura pela fé
fé em Cristo, pela qual passaram os irmãos Macabeus como lemos na Primeira Leitura,
que são um estímulo a nunca perder a esperança em Cristo à qual nos exorta a
Segunda Leitura, pois todos estes adolescentes que não conheceram a Cristo nos
mostram o exemplo da força que proporciona quem espera a Vida Eterna: “Do Céu
recebi estes membros; por causa de suas leis os desprezo, pois do Céu espero
recebê-los de novo”. Quanto mais nós que conhecemos a Cristo, que morreu por
nós mostrando o quanto nos ama, e que nos deixou a intercessão de Sua Mãe e de
todos os Santos, a Igreja e os Sacramentos, temos mais razões para dizer a
plenos pulmões toda vez que rezamos o Credo:
“CREIO
NA RESSURREIÇÃO DA CARNE, NA VIDA ETERNA. AMÉM”!!!!!!!!
Linda homilia!
ResponderExcluir"Não morro entro na v ida "Santa Teresinha do Menino Jesus Padre Tarcísio parabéns pela sua fé e perseverança. Ir Maria Letícia do sagrado Coração OIC
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