BENDITA ÉS TU ENTRE AS MULHERES
por: PE. TARCISIO AVELINO, TF
“Bendita és tu entre as mulheres”
Porque? Porque foi escolhida para ser, como a própria Isabel continua dizendo
segundo o Evangelho de hoje, “a mãe do Senhor” e por que foi, entre todas
escolhida para ser a Mãe de Deus? Isabel continua dizendo de Maria, “Feliz
aquela que acreditou porque será cumprido tudo o que O Senhor lhe prometeu”. E
o que Deus prometera a Maria? O mesmo que havia prometido a toda a sua descendência
e que promete a cada um de nós através de Sua Palavra, que Maria em seu cântico
do Magnigificat, tão bem demonstra conhecer. Dentre as muitas promessas que
Deus nos faz em Sua Palavra hoje se dá destaque para aquela que diz: “Ele não
permitirá que o justo conheça a corrupção” (Sl.15,10), ou seja, a decomposição
de seu corpo pois ela é a consequência do pecado, tanto que a Igreja possui
mais de 1200 corpos incorruptos de seus santos que, séculos depois de
sepultados foram encontrados íntegros como podemos comprovar no link do site
ULTIMAS MISERICÓRDIAS. (http://www.ultimasmisericordias.com.br/Pagina/3098/CORPOS-INCORRUPTOS-Apenas-na-Igreja-Catolica-se-registram-mais-de-1200-casos-no-mundo),
no
entanto, com Maria foi diferente pois ela sendo a “Cheia de graça” conforme a
saudação que recebera da boca do próprio Deus através da Anunciação do Arcanjo
S. Gabriel, não teria porque estar aguardando a ressurreição do último dia já
que a Segunda Leitura diz que “Cristo ressuscitou dos mortos como primícias dos
que morreram”, ora, sabemos que primícias significa os primeiros frutos de uma
colheita o que significa que após os primeiros necessariamente seguem-se outros
fruto. Quem poderia seguir logo após Cristo, a ressurreição de seu corpo do que
aquela que chamada pela própria Verdade de “cheia de graça”, foi preservada, em
antecipação aos méritos de Cristo na Cruz da mancha do pecado original que é a
raiz da morte?
De fato, se Maria foi escolhida e
preparada por Deus para ser associada da forma mais intima da obra de nossa
redenção, não teria sentido que ficasse embaixo da terra o corpo daquela que de
seu corpo e sangue deu origem ao corpo e sangue de Nosso Salvador, por isso a
Igreja sempre viu, na Arca da Aliança que João descreve no livro do Apocalipse,
como lemos na Primeira Leitura, a glorificação da Igreja que hoje é que traz a
Nova Arca da Aliança, Cristo que, com Seu Corpo e Sangue, selou A Nova e Eterna
Aliança e quis ficar presente em todos
os Sacrários do Mundo inteiro. Ora, Maria, é figura de toda a Igreja, é a primícia
de toda Igreja pois tudo o que celebramos hoje é o que vai acontecer com todos
os que, como ela acreditam nas Promessas de Deus e cumprem Sua Vontade expressa
em Sua Palavra. Ela é a nova Arca da Aliança que trouxe em si não mais as Palavras de Deus gravadas
em tábuas de pedra mas A Palavra de Deus Encarnada que veio habitar entre nós.
Assim, celebrar a Assunção de Maria é
celebrar o destino final da Igreja, quando, com a ressurreição de nossos corpos se cumprirá “tudo
o que da parte do Senhor foi prometido” a todo aquele que crê porque crer
implica em ação, já que a fé sem obras é morta.
Que possamos, hoje, olhando para Maria,
fixar os olhos na meta que desejamos alcançar para que, trilhando os passos
dela, ou seja, imitando seu exemplo, possamos chegar onde ela chegou. Amém.
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