23° DOMINGO DO TEMPO COMUM ANO A

                     SENTINELAS  DO AMOR
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TF


O que é que significa dizer que o profeta é uma “sentinela”? A sentinela é o vigilante atento que, enquanto os outros descansam, perscruta o horizonte e procura detectar o perigo que ameaça a sua cidade, os seus concidadãos, os seus camaradas de armas. Quando pressente o perigo, tem a obrigação de dar o alarme. Dessa forma, a comunidade poderá preparar-se para enfrentar o desafio que o inimigo lhe vai colocar. Se a sentinela não vigiar ou se não der o alarme, será responsável pela catástrofe que atingiu o seu Povo.
Assim é o profeta. Ele é esse guarda que Jahwéh colocou no meio da comunidade do Povo de Deus, para perscrutar atentamente o horizonte da história e da vida do Povo e para dar o alarme sempre que a comunidade corre riscos.
Para que o profeta seja uma sentinela eficiente, ele tem de ser, simultaneamente, um homem de Deus e um homem atento ao mundo que o rodeia.
Embora todos sejamos, pelo Batismo, configurados a Cristo Profeta, essa incumbência na primeira Leitura aplica-se àqueles que eram chamados por Deus, escolhidos desde toda eternidade para essa missão de profeta, sendo que no Evangelho, vemos qual é a parcela que cada um de nós, os batizados, temos nesta incumbência profética da correção fraterna que obriga a todos, principalmente os pais, os sacerdotes e todos os que têm alguma responsabilidade sobre outras pessoas: “Se o teu irmão te ofender,
vai ter com ele e repreende-o a sós.
Se te escutar, terás ganho o teu irmão.
Se não te escutar, toma contigo mais uma ou duas pessoas,
para que toda a questão fique resolvida
pela palavra de duas ou três testemunhas.
Mas se ele não lhes der ouvidos, comunica o caso à Igreja;
e se também não der ouvidos à Igreja,
considera-o como um pagão ou um publicano”. Aqui Cristo mostra, claramente a responsabilidade que todos temos uns pela salvação dos outros, ao ponto de colocar como dever de cada um de nós corrigir os irmãos que vemos no pecado, mas mostra também que é à Igreja que Cristo concedeu a missão de ratificar a opção feita pelo pecador, a tal ponto que concedeu a Ela o poder de ligar ou desligar na terra sendo o que a Igreja faz, confirmado no Céu porque todo pecado, por mais pessoal que possa parecer, tem consequência no corpo inteiro da Igreja, pois somos membros uns dos outros e, como diz S. Paulo na Carta aos Coríntios, se um membros sofre, todos os membros sofrem com eles, por isso à Igreja é que compete ligar ou desligar, pelo Sacramento da Confissão o pecador a Deus ou desliga-lo da Comunhão caso ele recuse-se a se converter de seu pecado depois de devidamente exortado, primeiramente, em particular para só então recorrermos à Igreja, não para puni-lo mas para usar de seu múnus especial recebido de Deus para convencer o pecador de seu erro por meio de Sua Sábia exortação, pois quando um ministro ordenado pela Igreja, fala em um Sacramento, é O Próprio Cristo que fala. Se depois de tudo não quiser se converter a Igreja simplesmente torna pública sua livre opção de estar fora da comunhão pelo pecado pois “quem come e bebe indignamente o Corpo e o Sangue do Senhor, come e bebe a sua própria condenação” (1Cor. 11) e não se pode comungar com Deus estando separado dos irmãos.
É neste sentido que entra a Segunda Leitura, nos exorta.: “Não fiqueis devendo coisa alguma a ninguém,
a não ser o amor mútuo,
pois, quem ama o próximo, cumpre toda a Lei”.


Ou seja amar,  e por mais que amemos nunca conseguiremos amar a altura que merece ser amado nosso próximo pois o preço que cada pessoa custou foi o sangue de Cristo



Um comentário:

  1. Padre Tarcísio Profeta do Amor e da Esperança!" Tudo que Deus permite esconde graça"
    Desejo que sua Comunidade floresça como a Primavera. Aguardo sua resposta!
    Vocacionados(a) escrevam para o Fundador
    avelino41s@gmail.com Peço sua bênção Irmã Maria Letícia OIC

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