JESUS, O ÚNICO MEDIADOR DA SALVAÇÃO
A Encarnação do Verbo de Deus, veio justamente, por iniciativa de Deus
romper esta distancia infinita que dEle nos separava e que só Aquele que é
infinito poderia romper.
O Evangelho de hoje é justamente a resposta à linda prece de Salomão
que, séculos antes da Encarnação do Verbo já tinha conseguido vencer a
mentalidade exclusivista da salvação de Deus que, como vemos na Segunda
Leitura, nem depois da morte de Cristo tinha sido superada pelos ensinamentos
que Ele já havia deixado de que todo aquele que nEle cresse haveria de ser
salvo. Salomão pede que Deus não deixe de atender a prece de todos os
estrangeiros que por ventura viessem a orar no templo que ele havia construído para
Deus, tinha já uma certa consciência da salvação universal querida pelo Deus
Único mas nem podia imaginar que o templo no qual todos os povos orariam ao Seu
Deus e teriam respondidas suas orações não poderia ser limitado por espaço físico
e geográfico pois chegaria o tempo e Cristo afirma que já chegou, em que os
verdadeiros adoradores adorariam o Pai em Espirito e em verdade, ou seja, nem
no templo de Jerusalém nem no templo de Garizim conforme a samaritana tinha
proposto a Jesus, mas os verdadeiros adoradores, que são aqueles que creem em
Cristo adoram o Pai em qualquer lugar já que pelo Batismo se tornam templos de
Deus, bastando se recolher no interior de seus corações para com Ele
conversarem.
O centurião romano é um exemplo típico da única mediação necessária de
Cristo para a salvação, dando-nos testemunho de uma fé convicta e humilde no
poder ilimitado de Cristo que não está limitado a distancias pois tem consciência
de que o poder de Cristo está subordinado à vontade do Todo Poderoso Deus de
Israel ao qual todos devem obedecer, assim como ele obedece ao seu superior te
tem subordinados que lhe obedecem prontamente em tudo.
O comportamento do Centurião mostra não só o tamanho de sua fé como
também o tamanho de sua humildade pois não somente se considera indigno de ir
ao encontro de Cristo, como também, de que Ele entre em sua morada pois sabia
que um judeu, ainda mais um rabino como Jesus ficava impuro ao entrar na casa
de um pagão, por isso, com sua fé inabalável no poder de Deus que supera todas
as distâncias e limites, suplica e obtem a cura, de seu servo à distancia,
provocando admiração até mesmo em Cristo que exclama: “nem em Israel encontrei
tamanha fé”.
“Ele merece que lhe faças este favor pois nos construiu uma sinagoga”.
Embora os judeus achassem que o centurião merecesse o favor de Cristo o
centurião, em sua humildade de se reconhecer pagão, não pertencente ao povo
escolhido de Deus, não se reconhece merecedor e justamente essa sua humildade é
que atrai as graças de Deus em seu favor.
“Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada mas dizei uma só palavra
e meu servo será curado”. Que possamos,
neste ano da fé cultivar de tal modo nossa fé nas pequeninas coisas para que,
como este centurião possamos conseguir de Deus todas as graças que o mundo
precisa para se salvar, e que possamos nos colocar sempre em verdade diante de
Deus para que exercitando nossa humildade possamos atrair sempre sobre nós o
olhar deste Deus que Salomão na Primeira Leitura apresenta como o Salvador, “braço
forte” para que o mundo inteiro possa conhecer e amar este Amigo que jamais nos
decepciona. Amém.
D. Tarcísio OSB
ResponderExcluirNesse ano da Fé vamos ser fiéis ao nosso Carisma
Jesus é o Senhor da nossa vida e nos ama infinitamente.
Peço sua Bênção
Ir Maria Letícia do sagrado Coração OIC