IX DOMINGO DO TEMPO COMUM C
JESUS, O ÚNICO MEDIADOR DA SALVAÇÃO
POR: PE. TARCISIO AVELINO, TF

 
A Liturgia de hoje nos ensina que Jesus é o Único mediador de nossa salvação isso é o que S. Paulo está tentando ensinar aos Gálatas que estavam sofrendo influência de uns judeus que achavam ser cristãos mas que na verdade, ainda estavam escravos da mentalidade de sua fé que achava que a Lei que Deus lhes havia dado para orientar sua conduta seria a única mediação da salvação que esperavam receber de Deus, não como um Dom gratuito e sim como um mérito de quem pratica o que Ele ordena. S. Paulo tenta mostrar a eles que agir assim é considerar como inútil a Encarnação de Cristo que, sendo Deus se fez homem, justamente para vencer a distancia infinita que já separava o homem de Sua criatura, mesmo antes do pecado original que alargou mais ainda nossa separação de Deus.

A Encarnação do Verbo de Deus, veio justamente, por iniciativa de Deus romper esta distancia infinita que dEle nos separava e que só Aquele que é infinito poderia romper.

O Evangelho de hoje é justamente a resposta à linda prece de Salomão que, séculos antes da Encarnação do Verbo já tinha conseguido vencer a mentalidade exclusivista da salvação de Deus que, como vemos na Segunda Leitura, nem depois da morte de Cristo tinha sido superada pelos ensinamentos que Ele já havia deixado de que todo aquele que nEle cresse haveria de ser salvo. Salomão pede que Deus não deixe de atender a prece de todos os estrangeiros que por ventura viessem a orar no templo que ele havia construído para Deus, tinha já uma certa consciência da salvação universal querida pelo Deus Único mas nem podia imaginar que o templo no qual todos os povos orariam ao Seu Deus e teriam respondidas suas orações não poderia ser limitado por espaço físico e geográfico pois chegaria o tempo e Cristo afirma que já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorariam o Pai em Espirito e em verdade, ou seja, nem no templo de Jerusalém nem no templo de Garizim conforme a samaritana tinha proposto a Jesus, mas os verdadeiros adoradores, que são aqueles que creem em Cristo adoram o Pai em qualquer lugar já que pelo Batismo se tornam templos de Deus, bastando se recolher no interior de seus corações para com Ele conversarem.

O centurião romano é um exemplo típico da única mediação necessária de Cristo para a salvação, dando-nos testemunho de uma fé convicta e humilde no poder ilimitado de Cristo que não está limitado a distancias pois tem consciência de que o poder de Cristo está subordinado à vontade do Todo Poderoso Deus de Israel ao qual todos devem obedecer, assim como ele obedece ao seu superior te tem subordinados que lhe obedecem prontamente em tudo.

O comportamento do Centurião mostra não só o tamanho de sua fé como também o tamanho de sua humildade pois não somente se considera indigno de ir ao encontro de Cristo, como também, de que Ele entre em sua morada pois sabia que um judeu, ainda mais um rabino como Jesus ficava impuro ao entrar na casa de um pagão, por isso, com sua fé inabalável no poder de Deus que supera todas as distâncias e limites, suplica e obtem a cura, de seu servo à distancia, provocando admiração até mesmo em Cristo que exclama: “nem em Israel encontrei tamanha fé”.

“Ele merece que lhe faças este favor pois nos construiu uma sinagoga”. Embora os judeus achassem que o centurião merecesse o favor de Cristo o centurião, em sua humildade de se reconhecer pagão, não pertencente ao povo escolhido de Deus, não se reconhece merecedor e justamente essa sua humildade é que atrai as graças de Deus em seu favor.

“Senhor, eu não sou digno que entreis em minha morada mas dizei uma só palavra e meu servo será  curado”. Que possamos, neste ano da fé cultivar de tal modo nossa fé nas pequeninas coisas para que, como este centurião possamos conseguir de Deus todas as graças que o mundo precisa para se salvar, e que possamos nos colocar sempre em verdade diante de Deus para que exercitando nossa humildade possamos atrair sempre sobre nós o olhar deste Deus que Salomão na Primeira Leitura apresenta como o Salvador, “braço forte” para que o mundo inteiro possa conhecer e amar este Amigo que jamais nos decepciona. Amém.

Um comentário:

  1. D. Tarcísio OSB
    Nesse ano da Fé vamos ser fiéis ao nosso Carisma
    Jesus é o Senhor da nossa vida e nos ama infinitamente.
    Peço sua Bênção
    Ir Maria Letícia do sagrado Coração OIC

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