IV DOMINGO DO TEMPO PASCAL C
O BOM PASTOR E SUAS OVELHAS
POR: PE. TARCISIO AVELINO
Convinha que neste quarto Dominigo da Páscoa, quando estamos para
encerrar este tempo máximo da fé cristã, a liturgia nos oferecesse uma visão panorâmica
de tudo o que temos celebrado desde o
inicio da Quaresma até aqui para que, compreendendo aonde Deus nos quer
conduzir e o que Ele pede de nós depois de tudo o que sofreu por nós, nos
preparemos agora para fazer a nossa parte.
A Segunda Leitrua nos oferece uma antevisão da gloria que aguarda a
todos os que se deixaram atrair pelo imenso amor revelado por Deus em Seu Filho
crucificado pelo amor de nós: “uma multidão
que ninguém podia contar, de todos as nações, povos, raças e línguas, estavam
trajando vestes brancas e traziam palmas na mão (...) de pé diante do Trono de
Deus e lhe prestavam culto noite e dia”. Esta é a meta a qual Deus veio nos
conduzir e o modo para lá chegar é o que nos ensina hoje, Jesus. Sendo Suas
ovelhas porque Ele é nosso Bom Pastor.
Como vivemos num mundo inflacionado de Palavras e falsas promessas, a
Liturgia coloca essa apresentação de Jesus bem depois daquilo que por nós
sofreu, porque dizendo que não há maior prova de amor do que dar a vida pelos
amigos, depois que o fez por nós, quando, pelo pecado nos havíamos tornado Seus
inimigos, ninguém pode duvidar de Sua idoneidade e de Seu amor total e absoluto
por cada um de nós, apresentando sua duvida como desculpa para não segui-Lo.
Hoje Ele se apresenta como Bom Pastor para se diferenciar dos maus pastores que
eram aqueles que só cuidavam das ovelhas por causa do salário que receberiam no
fim do mês, totalmente diferentes dos pastores pobrezinhos que não podendo
pagar salario para funcionários, eles próprios cuidavam de suas ovelhinhas e
ajudavam no parto de cada uma delas colocando-lhes o nome de acordo com as características
próprias com as quais cada ovelha nasce ou de acordo com as circunstancias que
envolveram o dia de seu nascimento. Os pastores mercenários não tiveram a
chance de ver nascer, e de ministrar os primeiros cuidados nas ovelhas de seu patrão,
por isso não tem afeição por cada uma delas nem lhes conhece o nome.
Jesus é O Bom Pastor que nos conhece pelo nome e que já provou ter dado
a vida a vida por cada um de nós. Ele foi que nos criou e que planejou cada
traço de nossa pessoa, personalidade e temperamento.
Depois de nos revelar aquele que pede nosso seguimento a Liturgia nos
faz saber o que Ele espera de nós para que possamos entender se fazemos ou não parte
do Seu rebanho, ou seja, se realmente fazemos parte do número daqueles que,
agradecidos por tudo o que Ele fez por nós, querem responder pelo seguimento,
ao Seu amor infinito. Assim, para sabermos se de fato somos ou não discípulos,
ovelhas que por Ele se deixam guiar a Palavra de Deus nos revela as características
das ovelhas do Bom Pastor. Diz Ele: “As minhas ovelhas escutam a minha voz, me
seguem”.
Escutar a voz do Bom Pastor é uma comparação com a diferença dos
pastores mercenários que, por não saber o nome de cada uma das ovelhas do
rebanho que cuidavam apenas como funcionários, elas não lhes reconhecem a voz,
mas Jesus afirma que as Suas ovelhas, ou seja, aqueles que fazem parte de Seu
rebanho, reconhecem A Sua voz, não no sentido do timbre da voz mas na busca do
conhecimento de Sua vontade, pela leitura assídua de Sua Palavra, pela escuta
atenta da Palavra proclamada em cada Santa Missa e de uma atenção constante a
tudo o que nos fala em cada acontecimento do dia-dia.
Além de lhE escutar a voz as ovelhas de Jesus O Bom Pastor O seguem, não
basta conhecer a Sua voz no sentido de saber o que Ele pede de nós, é preciso
obedecer o que Ele nos pede, isso é o que significa segui-lO, para termos
certeza de chegarmos aonde Ele nos quer levar, “ás fontes da Água Viva” onde “nunca
mais terão fome nem sede”, ou seja, Ao Próprio Deus que “enxugará todas as
lagrimas de seus olhos”.
Estas pastagens eternas são para todos, por isso S. JOAO viu “uma multidão
imensa de gente de todas as nações, tribos, povos e línguas, que ninguém podia
contar” porem para lá se chegar é necessário passar pela “grande tribulação”,
ou seja, por todas as provações e sofrimentos desta vida, reservados a todos os
que obedecem Ao Bom Pastor cujo fim foi a crucifixão e morte para que todos
tenham vida e vida abundante.
Isto é o que significa pertencer ao rebanho do Bom Pastor Jesus, é ser
seu discípulo que escuta Sua voz, ou seja, que obedece a Sua vontade e a vontade
dEle é que nos amemos como Ele nos amou, dando a vida pela salvação de todos. É
morrer para que todos tenham vida plena. É por isso que Ele deixou bem claro” “Quem
quiser me seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga”.
"O BOM Pastor dá a vida por suas ovelhas"
ResponderExcluirD. Tarcísio é o pastor dos Teresinianos Mensageiros de Nossa Senhora de Fatima,desejo que tods que foram chamados perseverem e "Sejam fíeis a graça" Parabéns pela sua Perseverança nessa Experiência de Amor as almas.Ir Maria Letícia do S.Coração OIC