XXV DOMINGO DO TEMPO COMUM A


 OBEDIENCIA, O  REMÉDIO PARA A SUSCEPTIBILIDADE HUMANA
POR: PE. TARCÍSIO AVELINO, TMF
A liturgia de hoje nos ensina o remédio para um dos piores males dentre os que acometeram a humanidade desde o pecado original, a susceptibilidade, que nada mais é do que a inconstância, que faz o homem de hoje faltar com sua palavra sem o mínimo de escrúpulos, sem medir as conseqüências, quase sempre danosas causadas pela irresponsabilidade, esse pode ser um dos vieses pelos quais tomamos o evangelho de hoje, se relacionado com as leituras propostas para a Santa Missa deste vigésimo sexto  domingo do tempo comum, mesmo não tendo sido este o contexto no qual Jesus tenha contado essa parábola dos dois filhos.
Essa parábola foi contada para responder à pergunta dos anciãos e sacerdote a respeito da autoridade com a qual Jesus entrava no território deles, o templo, para ensinar: “com que autoridade fazes essas coisas? Ah se soubessem que estavam diante daquele do qual provém toda autoridade cujo nome faz com que todo joelho se dobre no céu na terra e nos infernos, como lemos na segunda leitura pois Ele é O Senhor! Nosso senhor poderia muito responder dessa maneira a eles, no entanto, a segunda leitura ensina também que Ele é a humildade em pessoa que, sendo de condição divina, não se apegou a essa sua condição mas se aniquilou tornando-se homem como nós para obedecer ao Pai, cuja vontade é a salvação de todos, ao ponto de enviar Seu próprio filho para se tornar homem como nós e, uma vez que Deus é imortal, morrer no nosso lugar, sofrendo em si as conseqüências de nosso pecado pois, “o salário do pecado é a morte” (Rm.6,23).
Essa parábola dos dois filhos traz implícita um terceiro filho, Aquele que, conhecendo como ninguém a vontade do Pai, respondeu sim a Ele desde o principio e sustentou esse sim até à morte de cruz. Por esse sim teve que suar sangue, uma vez que humano como nós também tinha em si o instinto de preservação da vida que Deus plantou dentro de cada ser humano.
Jesus conta essa parábola respondendo com outra pergunta à indagação de seus interlocutores os sacerdotes e anciãos do povo, fazendo com que eles, pelos seus próprios lábios confessassem a sua culpa ao responder que o filho que fez a vontade do pai foi justamente o primeiro que, mesmo depois de ter respondido não ao pai, muda de opinião e vai trabalhar na vinha. Com isso Jesus os provoca a reconhecer o seu pecado de rebeldia pois mesmo sendo parte do povo eleito de Deus, Israel, estavam desobecendo o segundo mandamento de amar o próximo como a si mesmo, desprezando aqueles que não faziam parte de sua raça e apegando-se a uma religião de ritualismo e esquecendo-se do Deus havia dito em Sua Palavra: “Quero a misericórdia, não o sacrifício” (Mt.9,11-13).
Neste sentido os pagãos estavam agradando mais a Deus porque como o centurião Cornélio, cuja fé Jesus havia elogiado dizendo que nem em Israel havia encontrado fé tão grande, reconheciam a autoridade de Cristo que o seu povo se recusava a reconhecer. É neste sentido também que a primeira leitura nos convida à reflexão quando Deus nos diz: “Ouvi, vós casa de Israel: É a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta? Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá, não morrerá”. Sendo assim, o povo de Israel estava se condenando pois mesmo conhecendo a verdade não aceitava se confrontar com ela em pessoa, Cristo, para não ter que se converter e mudar de vida. A ignorância atenua a culpa. Ao passo que quem peca por ignorar a verdade tem mais chance de se converter quando se defrontar com ela do que o que conhecendo a verdade, se obstina em traí-la.
O remédio para essa inconstância humana que nos faz tão vulneráveis às tentações do maligno é a imitação de Cristo que, fazendo-se obediente até à morte venceu por nós a raiz de todos os males do mundo: a desobediência.

2 comentários:

  1. "As ovelhas precisam da Direção do 'pastor"Quem 'obedece não erra'"É melhor a obediência que o sacrifícioa!Desejo que Os Mensageiros Teresinianos de Santa Teresinha Obedeçam com fidelidade ao seu Fundador.Sejam generosos em ajudar essa Obra,peço aos Empresarios que sejam abençoados por Santa Teresinha.irmaleiciaoic@yahoo.com.br

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  2. "Cristo se fez obediente até a morte e morte de CRUZ''Profunda reflexão do Padre Tarcísio na sua homília ele é sábio e santo.Obediente e fiél a Vontade de Deus.Eis-me aqui Senhor para fazer a tua VONTADE.Peço sua bênção irmaleticiaoic@yahoo.com.br

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